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Rapidamente adaptado

30-10-2012 | 04:53
Por Liga Nacional de Basquete

Armador argentino Figueroa fala sobre mudança para Franca, as impressões dele sobre um povo apaixonado por basquete e as expectativas do time para o NBB

Figueroa diz que é a primeira vez que joga em uma cidade que respira basquete por completo (Newton Nogueira)

Da loucura da cidade grande à tranquilidade do interior, só que com um povo apaixonado por basquete. Há dois anos no Brasil, onde jogou pelo Pinheiros/SKY, o armador argentino Figueroa está conhecendo de perto o que é representar as cores do Vivo/Franca. Conhecido pelo seu jeito discreto, de poucas palavras, mas muito trabalho e suor, o jogador afirmou que está gostando muito de viver em um município que respira o esporte da bola laranja.

“A adaptação foi muito boa. É uma cidade mais tranquila, gostei rápido dela, com um pessoal apaixonado por basquete. Você vê isso quase todos os dias pelas ruas. Eles sabem de basquete, sabem das novidades do time”, disse Figueroa, que, apesar de conhecer a história francana, admitiu que a realidade superou a expectativa. “Imaginava isso, mas não esperava tudo isso”, falou.

É a primeira vez que Figueroa joga em uma cidade em que o basquete é o principal esporte. Apesar de ter iniciado a carreira no Atenas de Córdoba, time de tradição na Argentina, o armador explicou que, assim como em grande parte do Brasil, o futebol ainda desperta a maior parte das atenções locais no município argentino.

“O Atenas sempre teve história, mas a cidade é maior, e o primeiro esporte dela é o futebol. Você vê que aqui em Franca, o time de basquete sempre foi representado por grandes jogadores e grandes técnicos. Todo mundo da cidade se apaixonou pela equipe”, declarou.

Um fator muito importante para a ida de Figueroa para Franca foi a indicação do técnico da equipe, Lula Ferreira, mesmo sem os dois nunca terem trabalhado juntos. “Sou muito agradecido a ele, que me deu confiança, foi muito importante para a minha chegada. Só o conhecia de quadra, mas todo mundo falava bem dele. Gosto do jeito dele de trabalhar, de uma forma muito bem organizada”, comentou.

O argentino chegou em Franca com a responsabilidade de ser um dos mais experientes de um time muito renovado, com várias jovens promessas. Por isso, sabe dos obstáculos que a tradicional equipe, que foi eliminada nas quartas de final do Paulista pelo São José/Unimed, terá de superar no NBB, mas quer usar a pressão de jogar em um clube tão conhecido no basquete, com uma torcida fanática, para evoluir e surpreender.

“Temos muitas coisas para melhorar. Estamos desenvolvendo os jogadores, mas estamos aqui para ganhar. Sabemos que os desafios serão grandes, não vai ser fácil. Mas temos confiança de que trabalhando, teremos condições de ganhar jogos”, explicou. “Nós sabemos da pressão da torcida por resultados, e isso é bom. Não vamos nos conformar com nada e vamos querer mais. Temos de saber usar essa pressão ao nosso favor”, concluiu Figueroa.

O primeiro desafio do Franca no NBB 2012/2013 já será um daqueles bem difíceis: o tricampeão Uniceub/BRB/Brasília, em casa, no dia 24 de novembro.