HOJE
Reerguendo a tradição
Por Liga Nacional de Basquete
Ida inédita às Finais e Palestra ‘caldeirão’: Palmeiras faz campanha histórica no NBB, mostra força para seguir crescendo e reviver seus tempos de glória

Sob o comando de Betão, Palmeiras fez sua melhor campanha em sua trajetória no NBB (Fábio Menotti/Palmeiras)
A edição 2013/2014 foi uma espécie de “batismo” para o Palmeiras/Meltex no NBB. Em sua segunda participação no maior campeonato de basquete do país, o clube de Palestra Itália mostrou notória evolução em relação à sua temporada de estreia – em que terminou em 13º e não avançou aos playoffs – e vai se tornando uma equipe cada vez mais respeitada no cenário nacional.
Com elenco reforçado para a sexta edição do NBB, o time começou a temporada com o técnico Ênio Vecchi no comando, porém, com a competição em andamento, o cargo de treinador passou para as mãos do competente Betão, que dirigiu o esquadrão alviverde na histórica e inédita ida às Finais ao encerrar a primeira fase na 11ª colocação – campanha de 15 vitórias em 32 jogos (46,9% de aproveitamento).
Na volta do Palmeiras a um playoff depois de 16 anos, a equipe do técnico Betão foi derrotado nos dois primeiros jogos da série oitavas de final contra o São José/Unimed, fora de casa. Mas foi aí que um dos maiores trunfos alviverdes no campeonato entrou em cena e fez total diferença na recuperação da agremiação de Parque Antártica na disputa das Finais: a torcida.
Transformando o Ginásio Palestra Itália em um verdadeiro caldeirão, os torcedores palmeirenses deram um show nas arquibancadas e tiveram grande parcela de contribuição nas duas imponentes vitórias sobre os joseenses, que empataram a série em 2 a 2 e levaram a decisão da vaga nas quartas para o quinto jogo. Na partida derradeira, a equipe do Vale do Paraíba fez valer o fator casa, venceu o Jogo 5, por 64 a 60, e foi às quartas de final, eliminação que deixou o Palmeiras na 12ª posição geral no campeonato.
“O time cresceu muito durante a competição. Vencemos jogos importantíssimos, como do Brasília fora (77 a 71), contra o Pinheiros por uma larga diferença (90 a 73), resultados que mostraram como o clube conseguiu evoluir no decorrer do campeonato. Nos playoffs fizemos uma bela campanha, vencemos os dois jogos em casa com boa diferença, e os três que fizemos fora foram por placar apertado e mostramos que tínhamos condições de vencer e chegar às quartas”, disse o técnico Betão.
“Tivemos muitos jogos com casa cheia durante a temporada. A importância da torcida para nós foi total. Tanto dentro como fora de casa, sempre tivemos torcida nos apoiando, pois o Palmeiras é um clube de futebol que tem torcida em todos os lugares. Em todos os lugares que somos tínhamos torcedores cantando os 40 minutos, e isso pesa muito, pois eles sempre empurram o time e nos ajudam a não desistir nunca”, completou o treinador.

Como é de praxe, torcida alviverde marcou forte presença na campanha histórica do Palmeiras no NBB (Fábio Menotti/Palmeiras)
Contratado também com o campeonato em andamento, no limite da janela de transferências, em janeiro, o experiente armador argentino Maxi Stanic chegou ao Palmeiras para substituir o também armador norte-americano Caleb Brown, que por opção do treinador, deixou a equipe. O “hermano” de 35 anos mal chegou e já deu grandes mostras não só de seu potencial, mas de sua liderança.
Jogador altamente inteligente e habilidoso, Stanic orquestrou o esquadrão alviverde nas principais vitórias do time e deu uma cara nova ao time, um estilo mais cadenciado, muito por conta de sua leitura de jogo e experiência. Com isso, Maxi foi se tornando um dos maiores destaques do Palmeiras e, de quebra, encerrou o NBB6 com a segunda maior média de assistências do campeonato (7,19 por jogo).
“Eu assumi o time em dezembro e houveram algumas modificações no começo, principalmente táticas. Mudamos muitas coisas do que estavam sendo feitas antes. E surtiu efeito, principalmente defensivamente. Depois houve a mudança do Maxi (Stanic) vindo no lugar do Caleb Brown, o que deu uma boa consistência na armação tática do time e fez com que os atletas rendessem mais. Com a chegada do Maxi eu consegui atingir o padrão que eu queria pro time”, declarou Betão.

Com estilo de diferenciado, Maxi Stanic rapidamente virou ídolo da torcida do Palmeiras (Fábio Menotti/Palmeiras)
Tradicional clube do basquete brasileiro desde o surgimento das primeiras competições da modalidade no país, a S.E. Palmeiras viveu um longo período sem equipes adultas no ramo, mas retomou as atividades no ano de 2011 e iniciou uma caminhada, que mesmo longa, tinha como principal objetivo retornar à elite do esporte da bola laranja no país, onde figurou por diversas décadas, chegando a ser campeão brasileiro em 1977.
Após disputar a Série A-2 do Campeonato Paulista em 2011, o clube de Parque Antártica iniciou sua jornada rumo ao NBB na Copa Brasil Sudeste em 2012, em que foi campeão e colocou fim à um jejum de títulos que já durava 35 anos – o último foi justamente o brasileiro de 77.
Com o título, o Palmeiras ganhou o direito de disputar a Supercopa Brasil, torneio que envolve os campeões de suas respectivas regiões e dava aos finalistas a vaga direta no NBB – hoje a competição dá o acesso à Liga Ouro, divisão de acesso ao NBB. Após vencer os adversários diretos, a equipe, na época comandada pelo técnico João Monteiro, o “Padola”, chegou à decisão contra o Mogi das Cruzes e as duas equipes garantiram lugar na elite do basquete brasileiro.

Após melhor campanha na história do NBB, Palmeiras projeta anos ainda melhores pela frente (Fábio Menotti/Palmeiras)
“Eu joguei no Palmeiras no primeiro ano da Parmalat, em 1992, e foi muito gratificante. Agora, ter a chance de ser técnico e fazer parte desta volta do Palmeiras a um campeonato nacional, a voltar a um playoff depois de 16 anos é muito bom, me sinto muito recompensado, feliz, orgulhoso e preparado para levar o Palmeiras ainda mais longe”, falou o comandante alviverde.
Agora, depois da histórica e honrosa campanha no NBB6, o Palmeiras já começa a projetar a próxima temporada. Segundo o técnico Betão, o time será montado com jogadores de características que atendam à suas preferências e estilo de jogo, para aí sim, chegar ainda mais longe na temporada 2014/2015.
“O balanço desta temporada é altamente positivo. Não fui eu que montei o time, mas agora estou tendo a oportunidade de montar. Espero conseguir dar minha cara no time do Palmeiras. Estamos nos reforçando, mudando algumas peças. Precisamos trazer pessoas que tenham o perfil do Palmeiras, que tenham rendimento alto e tenham as características que façam parte do meu estilo de jogo. Nossa expectativa para a próxima temporada é que possamos chegar entre os quatro do Paulista, e no NBB chegar ainda mais longe, nas quartas de final, pois em todas as competições, com certeza, estaremos com casa cheia”, finalizou Betão.
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