HOJE
Reservas de luxo
Por Liga Nacional de Basquete
Indicados ao prêmio de Melhor Sexto Homem do NBB5, Duda e Audrei são peças-chave para os bons rendimento dos finalistas Flamengo e Uberlândia; saiba mais
Para ser campeão, não basta ter apenas um ou dois jogadores que façam a diferença, mas sim, todo um elenco capacitado a passar por situações difíceis, como uma Final. Vindos do banco, os alas Duda Machado e Audrei, indicados ao prêmio de Sexto Homem do campeonato, são elementos fundamentais em suas respectivas equipes, Flamengo e Unitri/Universo, finalistas da quinta edição do NBB.
Mesmo não estando entre os cinco titulares de seus times, os dois atletas desempenharam importantes papéis na chegada de seus times à grande Final. No quinto e decisivo jogo da série semifinal contra o São José/Unimed, Duda foi o principal destaque flamenguista, e com 26 pontos, levantou os fanáticos torcedores que lotaram a HSBC Arena e foi fundamental para que o time carioca atingisse a decisão de NBB pela terceira vez na história.
“Não me sinto como herói. Me sinto mais como um jogador que fez a sua parte e ajudou a equipe. É muito difícil apontar um herói em um esporte coletivo. Até porque não é só quem faz os pontos que é importante para a vitória. Me sinto muito feliz em fazer parte deste grupo e de estar vivenciando esse momento, mas sei que estou longe de ser herói”, explicou Duda.
Jogar no Flamengo não é novidade para o irmão mais novo de Marcelinho Machado, já que Duda disputou todas as cinco edições do NBB com a camisa do time do Rio de Janeiro. Sendo assim, o atleta, de 30 anos, disputará sua terceira Final de NBB. Porém, mesmo com toda a experiência e todo o tempo de casa, o jogador disse que no começo da temporada era difícil imaginar quais seriam os níveis de suas atuações na reta final da temporada.
“Isso (protagonismo durante as partidas) vai acontecendo aos poucos. Acho difícil você premeditar. É uma coisa que vai acontecendo naturalmente. Todos aqui querem ajudar a equipe, independente se for pontuando, marcando ou dando assistências. Nossa equipe tem muita humildade e todos abriram mão do próprio ego em prol do grupo. Isso tudo faz um time chegar aonde chegou. Me sinto muito orgulhoso em fazer parte desse grupo e de poder vivenciar mais um momento honroso com a camisa do Flamengo”, declarou o camisa 10 rubro-negro, que bateu seu recorde de pontos no NBB nesta temporada, ao marcar 36 tentos contra o Pinheiros/SKY, em partida válida pelo segundo turno da competição.
Do lado do Uberlândia está Audrei, essencial para o time mineiro na série de semifinal contra o Paschoalotto/Bauru. Com um ótimo aproveitamento nos arremessos de média e longa distância, o jogador brilhou nos dois primeiros jogos do confronto vencido por 3 a 0 pelo esquadrão comandado pelo técnico Hélio Rubens, ao anotar 23 e 14 pontos, respectivamente.
“Me sinto muito bem. Porque chegar a uma final ,ter a chance de ser campeão, sabendo que eu tenho uma boa participação, me deixa muito feliz, muito alegre mesmo”, afirmou Audrei.
Durante a temporada, os dois atletas mantiveram a regularidade, e nos playoffs, o rendimento de cada um aumentou. Na fase de classificação, Duda somou 10,3 pontos por jogo, enquanto que Audrei anotou em média 9,5 tentos por partida.
Porém, a partir das quartas de final a pontuação subiu: Duda registrou 12,2 pontos nos oito duelos que o clube da Gávea disputou na fase de pós-temporada (três nas quartas de final, contra o Paulistano/Unimed e cinco na semifinal, diante do São José/Unimed) e Audrei elevou sua média para 11 pontos por jogo.
“Minha função hoje na equipe é essa. A gente sabe que uma equipe que quer ser campeã não pode depender somente dos cinco titulares. O plantel do Flamengo é muito forte e durante toda a temporada a gente mostrou isso. Não só eu, mas outros jogadores também vêm muito bem do banco, como o Gegê, Zanotti e o Shilton. Quem está entrando está ajudando a equipe a conquistar as vitórias e isso mostra a força do nosso grupo. Por isso estamos na final do campeonato”, explicou o ala flamenguista.
Começar as partidas no banco de reservas é uma experiência um pouco nova para Audrei. Nas duas últimas temporadas, o jogador foi titular e destaque do Cia. do Terno/Romaço/Joinville. Mesmo com este favorável cenário no esquadrão catarinense, o ala preferiu se junta a Robert Day e Robby Collum, companheiros de posição e essenciais para o aprendizado e evolução do atleta. Para Audrei, ficar na reserva dos dois norte-americanos não o incomoda e o que realmente importa, é estar em quadra.
“Estar na quadra é que deixa o jogador feliz. Nosso time tem jogadores de excelente qualidade. O (Robby) Collum e o Robert (Day), que são da mesma posição que eu, não tem nem o que falar deles. No nosso time existe muito respeito um com o outro, muita amizade. Como eu disse, o importante é estar na quadra, e não começar jogando, mas sim, ter tempo de quadra, participar e ajudar o time sempre que estiver na quadra”, comentou Audrei.
Se para Duda disputar uma Final não é algo inédito, para Audrei será a primeira vez. Assim como o ala, o Uberlândia também debutará na decisão do NBB. O camisa 22 da equipe de Minas Gerais relembra a complicada série quartas de final contra o Pinheiros, e cita-a como exemplo de experiência adquirida para a partida que definirá o campeão da atual temporada da maior competição de basquete do país.
“Nestes playoffs já fizemos jogos de ‘vida ou morte’, como por exemplo, na série contra o Pinheiros, em que eles tiverem duas chances de fechar o confronto. Todos os jogos fizemos já nos prepararam bem. Portanto, não será nosso primeiro jogo de ‘vida ou morte’, é claro que tem uma enorme importância, mas essas outras partidas já nos deram uma boa bagagem para esta Final”, disse Audrei.