HOJE
Brasileño
Por Juvenal Dias
Com seis anos jogando no basquete argentino, Caique Feitosa se destacou no Interligas LDB com o Obras Basket, competição que dá bagagem internacional para os jovens jogadores
Caique Silva Feitosa é um pivô brasileiro de 2,05m, de 22 anos, que joga no Obras Basket, da Argentina. Na última semana, esteve em solo brasileiro para ajudar o time a ficar entre as primeiras colocações do Interligas 2024. A equipe perdeu a decisão de terceiro lugar para o Pinheiros, contudo o Obras ficou com o posto de melhor time argentino da competição, deixando para trás inclusive o brasileiro Corinthians e o Gimnasia y Esgrima, campeão da última LDB argentina.
Não é fácil, quando se é um jovem de 15 para 16 anos, se mudar de uma cidade para outra para ir em busca de um sonho de ser jogador de basquete. Imagina se mudar de país, com uma cultura bem distinta da sua, sem falar um ‘bom dia’ em outra língua. Assim, Caique partiu para a Argentina no meio de sua adolescência sem saber o que significava um ‘Hola! Que tal?’ em busca de espaço no time de base do Obras, um dos clubes mais tradicionais de Buenos Aires.
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“Sou muito feliz de poder representar o Brasil por lá, sempre dou meu máximo, sempre me dedico em cada treino e cada jogo, poder ter um espaço na Argentina. É incrível ser reconhecido lá e aqui também”, comentou Caique sobre esse momento que vive, isso após seis temporadas atuando na Liga de Desarollo, equivalente a LDB.
O pivô lembra que o começo do processo lá foi complicado, mas teve o apoio dos companheiros para facilitar a adaptação. “Foi muito difícil, principalmente, na questão do idioma, já que saí daqui sem saber nada em espanhol. Chegando lá, todos me ajudaram, me apoiaram, mesmo quando não fazia um bom jogo, me incentivavam. Quando jogava bem recebia o mesmo carinho, foi o que me impulsionou bastante, com essa atenção do treinador, a comissão técnica e o elenco.”
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Caique também traçou o que enxerga de diferente nos estilos de jogo de base entre seu país de origem e onde atua. “Dá para ver que, aqui no Brasil, levam um pouco mais de vantagem na questão física, nós temos uma maior aplicação tática, jogamos mais em equipe, na parte defensiva, principalmente.”
Apesar de não ter apresentado grandes números de tempo em quadra, contribuiu com seis pontos, seis rebotes e três assistências no Interligas para o Obras, que conquistou vitórias contra o Instituto de Córdoba e o Corinthians. Ele garante que volta para a Argentina com mais gana de treinar e se dedicar ainda mais ao mesmo tempo que também gostaria de retornar ao Brasil para ficar mais próximo da família e desenvolver outros aspectos de seu jogo, usando tudo o que aprendeu com os hermanos.
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