HOJE
padrão de excelência
Por Marcius Azevedo
Arbitragem evoluiu junto com a Liga Nacional de Basquete e, entre todos os profissionais que já atuaram nas quadras do campeonato, apenas seis estiveram presentes em todas as 18 edições
A história do NBB CAIXA também é contada por quem garante que o jogo aconteça com justiça, equilíbrio e profissionalismo. Desde a primeira edição, em 2008/09, a arbitragem evoluiu junto com a Liga Nacional de Basquete, consolidando um padrão de excelência reconhecido dentro e fora do país. Entre todos os profissionais que já atuaram nas quadras do campeonato, apenas seis estiveram presentes em todas as 18 edições: Cristiano Maranho, Fábio Kover, Jacob Barreto, Jonas Pereira, Marcos Antonio Ferreira e Marcos Benito.
O feito é simbólico e expressivo. Representa não apenas longevidade, mas um compromisso contínuo com a qualidade técnica, o preparo físico e a atualização constante exigida por um campeonato que se tornou referência. Esses seis nomes atravessaram diferentes fases do NBB CAIXA, testemunhando a transformação do basquete nacional em aspectos estruturais, tecnológicos e esportivos. Apitaram em arenas cheias, em jogos decisivos, em momentos de tensão e celebração que marcaram a trajetória do torneio e de toda uma geração de atletas, técnicos e torcedores.

Marcos Benito em ação em sua 18ª temporada do NBB CAIXA. Foto: Mauricio Moreira
“É um orgulho e uma satisfação tremenda saber dessa marca, de ter participado de todos os NBBs desde o surgimento. E não é fácil você manter um nível, manter uma excelência, manter um profissionalismo conforme vão passando os anos. O árbitro cada vez mais tem de ter na sua mente que, independentemente da sua experiência e do seu sucesso na arbitragem, ele tem de se manter sempre trabalhando, em forma, estudando jogos, estudando as regras, sendo ético com todos no meio que trabalha, sempre trabalhando em equipe, ajudando os companheiros”, afirmou Marcos Benito.
“Você tem de abrir mão de muitas coisas, porque o árbitro é um atleta, tem de dormir cedo, se alimentar bem, abre muito mão da vida social. Se você cair no seu rendimento, tem outros que vão melhorando, então cada vez mais você vai ficando para trás, então essa mentalização dos árbitros de estar sempre trabalhando, sempre dando o máximo, acho que isso aí é primordial. A Flávia (Almeida, coordenadora de arbitragem da LNB) sempre diz que o árbitro, assim como qualquer pessoa, tem que dar sempre o seu máximo dentro do limite que tem”, reforçou o árbitro, que, graças ao desempenho no NBB CAIXA, pôde apitar uma edição dos Jogos Olímpicos, em Londres-2012.
Jonas Pereira revela o segredo da longevidade. “Se você se mantiver ativo fisicamente, mentalmente, em todos os âmbitos da vida, você consegue obter performance melhor. Eu sempre falo que vou seguir enquanto eu tiver saúde mental, física, conseguir enxergar o jogo de acordo com os meus conceitos e, principalmente, com os conceitos da Liga Nacional. Quero me divertir. Eu sempre falo essa questão de me divertir. E, todo esse tempo, todas essas edições, desde lá do começo, eu sempre me diverti”, afirmou. “Sempre vou fazer o melhor para estar nos melhores jogos, que necessariamente não são os melhores times, mas os melhores jogos e, obviamente, o que eu quero fazer é até o jogo final. Tenho o objetivo de ser o árbitro mais longevo da Liga Nacional. O jogo mais importante é sempre o próximo”, acrescentou.
Jacob Barreto reforça o quanto é difícil essa trajetória. “Ser árbitro no NBB CAIXA é mais do que exercer uma função dentro de quadra, é representar o compromisso, a disciplina e o amor pelo basquete. É também poder transmitir o que aprendi, ensinar e servir de exemplo para quem está começando. Durante todos esses anos, enfrentei muitos desafios, técnicos, físicos e emocionais. Mas também encontrei pessoas e situações que me fortaleceram e me ajudaram a seguir firme, sempre buscando ser melhor a cada dia, dentro e fora de quadra. Essa dedicação não se resume apenas aos dias de jogo: está presente nos treinos, nos estudos, na alimentação e em cada escolha diária que faço para continuar desempenhando meu papel com excelência. Hoje, mais do que nunca, posso dizer que estou muito feliz e realizado por estar entre os seis árbitros que acompanham o NBB desde o seu início.”

Cristiano Maranho em ação na atual edição do NBB CAIXA, sua 18º temporada. Foto: Wilian Oliveira/Foto Atleta
“Sempre é um prazer trabalhar com o basquete e trabalhar em 18 temporadas no NBB foi de suma importância para mim, me ajudou muito a desenvolver a minha arbitragem aqui no país e também fora, me ajudou muito a manter o alto nível nas grandes competições, Olimpíadas e Mundiais. Sou muito grato e, no meu caso, fico mais feliz ainda porque consegui trabalhar em todas as finais do NBB. Fico muito feliz de estar neste quadro há 18 temporadas. Vamos ver quantas temporadas mais nós vamos ainda”, afirmou Cristiano Maranho.
Fábio Kover comemora o fato de ter acompanhado todo o crescimento da Liga. “Fico muito feliz por estar fazendo parte dessas 18 temporadas. A Liga surgiu prometendo revolucionar o basquete brasileiro e eu acredito que isso acontece ano após ano, numa crescente muito grande. A Liga está muito bem consolidada, muito bem administrada em todos os seus setores, principalmente no setor de arbitragem. Fico muito feliz de fazer parte dessa revolução. Só tenho de agradecer à Liga por todos esses anos, por ainda fazer parte dessa caminhada de uma Liga que vai crescer muito mais, porque tem uma gestão fantástica e tem os melhores profissionais em todos os departamentos.”
Para Marcos Antonio Ferreira, o NBB CAIXA foi importante além do trabalho na quadra. “O NBB foi uma grande consagração na minha carreira como árbitro, abriu portas para eu apitar fora do Brasil. Foi responsável pela minha evolução na parte técnica, na minha evolução como profissional. E posso dizer que também na vida profissional fora da arbitragem. Hoje tenho uma empresa de eventos e aprendi muito com o meu trabalho no NBB. Sempre falo que preciso ter, na minha empresa, o padrão NBB”, afirmou. “Então, só tenho gratidão. Aprendi muito com o Sérgio (Domenici, CEO da Liga), brigamos muito, mas aprendi muito sobre qualidade, ter responsabilidade… Com o Kouros (Monadjemi) também. Na primeira reunião da Liga, ele falou que iríamos crescer muito na Liga, que nossa vida iria mudar, e ele estava certo. Também não posso esquecer de agradecer ao (João Fernando) Rossi e ao atual presidente, o Rodrigo Montoro”, completou, citando ainda o apoio que os árbitros receberam da LNB no período da pandemia da covid-19.
Manter-se em atividade durante 18 temporadas consecutivas é resultado de consistência e credibilidade. O perfil do árbitro moderno mudou ao longo desses anos. Passou a ser cada vez mais exigido em preparo físico, leitura de jogo, controle emocional e domínio das regras em constante atualização. Os seis remanescentes da primeira edição acompanharam esse processo e ajudaram a elevá-lo, tornando-se referência para colegas e novas gerações que chegam às quadras com o NBB CAIXA já consolidado como o principal campeonato de basquete do país.
A presença contínua de profissionais como Cristiano Maranho, Fábio Kover, Jacob Barreto, Jonas Pereira, Marcos Antonio Ferreira e Marcos Benito reforça a importância da arbitragem como parte integrante do espetáculo. Em 18 temporadas, eles se tornaram personagens da própria história da Liga, representando a experiência acumulada e o senso de responsabilidade que sustentam a credibilidade da competição.
Ao completar 18 edições, o NBB CAIXA celebra também os profissionais que estiveram presentes em todas elas. São testemunhas diretas do crescimento do basquete brasileiro e protagonistas silenciosos de uma história construída a cada apito, cada decisão e cada jogo.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete, com patrocínio máster das Loterias, Caixa Econômica, Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), chancela da Confederação Brasileira de Basketball, bola oficial Molten, marca oficial Kappa, e parcerias oficiais Cruzeiro do Sul Virtual, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.
Basket Osasco
Bauru Basket
Botafogo
CAIXA/Brasília Basquete
Caxias do Sul Basquete
Corinthians
Cruzeiro
Flamengo
Fortaleza Basquete Cearense
Sesi Franca
KTO Minas
Mogi Basquete
Pato Basquete
Paulistano/CORPe
Pinheiros
Conta Simples Rio Claro
Mr. Moo São José Basketball
Ceisc/União Corinthians
UNIFACISA
Vasco da Gama
E.C. Pinheiros (B)
Vitória (BA)
L. Sorocabana
Minas Tênis Clube (B)
ADRM
B.Cearense
Botafogo
Caixa Brasília Basquete
Campo Mourão
Caxias
IVV/CETAF
Flamengo
Minas
Paulistano
Pinheiros
São José Basketball
São Paulo FC
SESI Franca
Thalia/PH.D Esportes
Vasco/Tijuca