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Encontros impactantes

07-11-2024 | 10:27
Por Liga Nacional de Basquete

São Paulo enfrenta o Flamengo nesta quinta-feira no MorumBis, em um encontro que carrega final e semifinal de NBB CAIXA no currículo e muita "Lei do Ex"

São Paulo e Flamengo vão se encontrar pela 16ª vez na história do NBB CAIXA. A partida será no MorumBis, nesta quinta-feira (07/11), às 20h30, com transmissão do sportv, NBB BasquetPass e FlaTV+. Para o Tricolor, é recuperar-se de duas derrotas e não deixar os líderes desgarrarem. Para o Rubro-Negro, é a busca da quinta vitória seguida e manter-se na liderança da atual temporada. O embate pode não ter o peso da final que fizeram em 2020/21 ou da semifinal de 2022/23, mas tem muito em jogo em um duelo de caráter decisivo.

Corderro Bennett, no São Paulo, e Gui Deodato, do Flamengo, na semifinal da temporada 2022/23 do NBB CAIXA. Foto: Deco Pires/LNB

O histórico começa na temporada 2019/20, o que implica em poucas partidas, já que foi a temporada de estreia do São Paulo, vindo da Liga Ouro. Diferente do Flamengo, que está no NBB CAIXA desde a primeira edição, em 2008/09. Contudo, apesar de poucos embates, os encontros foram de muito impacto para a história da competição, principalmente nos playoffs da segunda e quarta temporadas que mediram forças.

O Tricolor e o Rubro-Negro protagonizaram a final da 13ª edição do NBB CAIXA, na qual o Flamengo fez uma varrida (3 a 0) inédita em decisões melhores de cinco jogos e faturou seu sétimo título da competição. Que aliás, foi sua última conquista. Na época, Yago, Marquinhos e Olivinha foram protagonistas da conquista, porém nenhum veste mais a camisa Rubro-Negra.

Além disso, duas temporadas depois, as equipes se reencontraram na semifinal e, dessa vez, veio o troco com uma varrida Tricolor na série que o levou à segunda final do NBB CAIXA, desde então não repetiu o feito. Bennett, Miller e Coelho foram os destaques e ainda permanecem no clube. Do retrospecto de 15 partidas, a maior invencibilidade do São Paulo foi essa sequência de três jogos das semifinais.

Ao todo, a equipe paulista levou a melhor em cinco vezes sobre o time carioca, que, por sua vez, teve a maior invencibilidade em oito encontros. Com as duas vitórias da temporada passada, soma dez triunfos.

O que chama a atenção é a quantidade de jogadores que são ligados com essa história recente por alguns motivos distintos. O ala Jhonatan Luz, por exemplo, vestia a camisa do Flamengo no que seria sua segunda conquista de NBB CAIXA com o clube carioca e terceira seguida de sua carreira. Depois, viria a conquistar mais três com o Sesi Franca, antes de seu retorno na temporada 2024/25 ao Flamengo. “Foram jogos muito disputados contra a grande equipe do São Paulo. Por exemplo, nos dois primeiros confrontos, ganhamos por apenas um ponto de diferença. Para mim foi incrível, um momento de consolidar o segundo título consecutivo do Flamengo e o meu terceiro seguido do NBB CAIXA”.

Quem estava naquela decisão sofrendo o revés, mas que pôde ter um gosto de vingança dois anos mais tarde, foi Corderro Bennett para o São Paulo. O armador permanece no Tricolor há cinco temporadas e é uma das peças importantes para melhorar o retrospecto do time paulista do confronto. “Eu me lembro que foi minha primeira final no NBB CAIXA e que fizemos uma grande série de jogos, apesar de termos perdido por 3 a 0, mas todos os jogos foram muito apertados. Nós perdemos por detalhes nos finais dos jogos, mas estivemos muito perto. O Flamengo teve três jogos melhores do que nós. Agora, temos que usar aquela experiência para aprendermos com os erros, principalmente na hora de fechar o jogo, que teremos uma grande chance para vencer essa noite.”

Outro armador do São Paulo que teve peso relevante na passagem à final de 2022/23 foi Henrique Coelho. “Foi uma série muito marcante, porque fomos para uma semifinal sem o mando de quadra, jogando lá no ginásio do Flamengo. O Flamengo vinha de uma ótima temporada, estávamos sem um dos nossos melhores pontuadores, que era o Malcomm suspenso. Realmente nos reinventamos lá, conseguimos encaixar a primeira vitória, que foi preponderante para termos passado para a final. Com certeza deu muita moral para nós, do jeito que foi, com três a zero em cima do Flamengo em uma semifinal de NBB, vai ficar marcado na memória de todo mundo fez parte daquele time. Fico feliz em fazer parte desses times que chegaram à finais e estamos afim de escrever essa história de novo neste NBB. Sabemos que esse ano vai ser mais difícil ainda. A forma que eu jogo, eu consigo fazer com que o time venha nessa mesma intensidade, consiga contagiar o time, então, nessa parte, cumpri com êxito naquela época e espero fazer dessa temporada mesmo”, relembrou o armador.

Do lado flamenguista, Gui Deodato, um dos mais longevos atletas do NBB CAIXA, estava em seu primeiro ano com a camisa do Rubro-Negro quando chegou à semifinal. Hoje é um dos expoentes da equipe no momento de liderança da temporada 2024/25.

 

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Há dois jogadores que estavam naquela semifinal defendendo a camisa de um dos times e hoje se encontram novamente, mas vestindo a camisa do rival. Pelo lado do São Paulo, o armador Ricardo Fischer era o camisa 5 Rubro-Negro. No caminho oposto, o ala/pivô Lucas Siewert, que chegou nessa temporada ao Flamengo, era o camisa 23 do Tricolor no caminho para a final.

Lucas traz seu relato de como foi aquela série de playoffs: “Lembro de ser uma série muito competitiva, um primeiro jogo muito difícil dentro do Tijuca lotado, um jogo que foi decidido nos momentos finais. Dois jogos em São Paulo muito pegados, de alta qualidade, MorumBis lotado. As duas equipes que tinham elencos muito qualificados, fiquei feliz de sair vitorioso daquela série pois deu rumo a minha primeira final de NBB CAIXA.”

“É um motivo de orgulho pessoal, da minha carreira, em poder representar dois clubes gigantescos. Como eu sempre falei, quando você joga para esses times, há sempre o peso da responsabilidade, da pressão e da mentalidade vencedora que esses clubes têm e eu gosto disso. Nunca entramos no campeonato para apenas disputar, entramos para ganhar. É o que eu sempre busquei na minha carreira. É muito bom você poder viajar pelo Brasil e sempre ter algum torcedor dessas camisas nos apoiando. Então, é um motivo de muito orgulho”, ressaltou Fischer.

“Fico muito feliz e honrado de poder ter reapresentado a camisa do São Paulo por duas temporadas e, mais ainda, de poder representar o Flamengo atualmente. São dois clubes de muita tradição e história, com torcidas muito grandes. Acho que muitas crianças sonham de, um dia, jogar por esses clubes, pois eu lembro de ser essa criança, de ir aos jogos do Joinville contra Flamengo quando eu tinha meus 9-10 anos. Hoje, fazer parte do elenco é algo que me dá muito orgulho”, completou Siewert.

Por fim, ainda há Vitor Faverani, hoje principal destaque do São Paulo, que já esteve por duas temporadas no Flamengo e Honorato e Túlio, dois garotos do Rubro-Negro, mas que disputaram Liga de Desenvolvimento de Basquete pelo Tricolor.

Seja em qual condição for, um jogo de temporada regular, uma semi ou uma final, o confronto São Paulo x Flamengo nasceu para ser um dos maiores e mais emocionantes do NBB CAIXA. Agora é aguardar para ver mais um capítulo grandioso desse duelo na noite do MorumBis.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty e UMP e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.