Tarde especial

O São Paulo proporcionou uma tarde especial para cerca de 30 crianças no CEU Paraisópolis, no último domingo (10/11). Em uma ação social em parceria com o projeto Anjos do Esporte, o técnico Guerrinha, o preparador físico Douglas Nazar e os jogadores Paulo Lourenço, Ralfi Ansaloni e Anthony Reyes, além de Dinho Guimarães, treinador da base, e Matheus Paiva, jogador do sub-18, compartilharam experiências e conhecimentos com os garotos e garotas.

A visita começou com uma conversa inspiradora entre atletas e jovens, seguida por uma sessão de aquecimento liderada por Douglas Nazar, que trouxe um pouco da rotina de treinos dos profissionais. Depois, o técnico Guerrinha comandou uma gincana especial, onde todos puderam se divertir e aprender mais sobre o esporte. Os jogadores também participaram das atividades e, no final, houve muita festa, com fotos, autógrafos e premiações para aqueles que se destacaram.

Ansaloni dá uma ajudinha para enterrada durante atividade no Céu de Paraisópolis. Foto: Victor Wajnsztejn/ São Paulo FC

“O esporte é muito lindo, ele faz todo mundo ser igual, não tem diferença de tamanho, de cor, de nível social, diferença de nada, porque faz todos poderem ter oportunidade de perder, de ganhar, aprender com uma vitória, aprender com uma derrota. Queremos levá-los lá também na nossa quadra, manter essa relação com uma comunidade tão próxima da gente. Esse é um projeto maravilhoso liderado pelo André Brazolin, pelos professores Vitor e Tiago, ficamos muito felizes pela maneira como nós fomos acolhidos aqui. O brilho no olhar de nunca perder o sonho. Saímos daqui muito felizes. Dá pra perceber o quanto eles gostam do basquete, o quanto foi importante essa nossa vinda para cá”, afirmou o técnico Guerrinha. “Muitos podem pensar que nós estamos vindo aqui para oferecer, mas, não, nós estamos vindo aqui aprender, aprender com essa simplicidade, aprender com essas dificuldades. Aprender com essa vontade, aprender com o sonho deles, aprender com o brilho no olhar”, completou.

Destaque do São Paulo na vitória sobre o Flamengo, Paulo Lourenço ficou feliz em participar da visita ao CEU Paraisópolis e falou da importância de outras equipes também realizarem ações como esta que aconteceu no domingo. “Para mim é muito importante que isso seja feito, não só o São Paulo, mas como todas as outras equipes. É uma ação que temos de ter. Nós, como jogadores profissionais, sabemos como é difícil chegar até aqui e como podemos inspirar essas crianças para seguir o mesmo caminho. Estou muito feliz de ter vindo, ver essa estrutura, tudo que o projeto dar para essas crianças, o trabalho feito por eles. Foi uma honra estar aqui, falar um pouco sobre minha trajetória, um pouco sobre o basquete e poder de alguma forma ter espelhado e ajudado alguma criança. Sabemos que o esporte salva vidas, o esporte ajuda muita gente, mesmo que não seja na linha profissional, mas só de você estar ali fazendo esporte, tendo um tempo, uma dedicação, é muito importante. Saio daqui muito satisfeito em ter feito parte dessa visita, ter feito parte desse momento”, afirmou.

Guerrinha e os jogadores do São Paulo em tarde especial em Paraisópolis. Foto: Victor Wajnsztejn/ São Paulo FC

A visita foi ainda mais especial porque Tiago Góes, que faz parte coordenação do basquete do projeto Anjos do Esporte na comunidade de Paraisópolis, foi atleta da base do São Paulo. “Receber o São Paulo é como retomar minhas origens, voltar todo aquele conhecimento que eu tive antes, tendo aqui em quadra, poder passar isso para eles e saber que é uma porta que sempre está aberta, não só para mim. Sempre tive uma comunicação ativa, principalmente com o Dinho, muitos atletas do projeto conseguiram traçar caminhos no alto rendimento por causa disso. É muito importante saber tudo é possível. A palestra foi muito sobre sonhos. Esses meninos e meninas estão atrás do sonho de ser jogador de basquete. O esporte sempre mostrou o que é disciplina, o que é poder colaborar com outras pessoas, saber que todo mundo pode ter alguém do seu lado para evoluir, aprender com outros exemplos ruins e perceber que o esporte é cada vez melhor. O Dinho foi quem me deu o meu primeiro tênis de basquete. Toda essa dificuldade mostra que hoje consigo ver que valeu muito continuar no esporte”, relembrou.

Dinho comentou sobre o reencontro com Tiago Góes. “Para nós foi um grande prazer vir aqui. Reencontrar o Thiago aqui, que foi atleta do São Paulo e já era um menino diferenciado, esforçado, trabalhador. E ver que ele deu certo, não como jogador, mas como professor, isso me deixa com sensação de dever cumprido. E trazer os meninos da base aqui junto com os profissionais para eles terem essa vivência de entender que a realidade ainda está lá. O que existia no início deles ainda existe no início de outras pessoas. E mostrar para essas outras pessoas que estão iniciando que se o trabalho for bem executado, for contínuo, e eles persistirem em torno do sonho, as coisas podem acontecer da maneira que eles almejam, seja na quadra, seja em qualquer âmbito.”