Segunda chance

Em sua primeira passagem pelo Uberlândia, Hélio Rubens conquistou um Campeonato Nacional e um Sul-americano, em 2004/2005 (Ricardo Bufolin/Divulgação)

As conquistas são algo que fazem parte da carreira do técnico do Unitri/Universo, Hélio Rubens, o mais vitorioso da história do NBB, com 113 triunfos somados na competição. Na terceira edição do campeonato nacional, sob o comando do Vivo/Franca, o treinador chegou à Final e teve a chance de se sagrar campeão, mas bateu na trave e ficou com a medalha de prata. Agora, à frente do time mineiro, pode faturar o título da maior competição do país da atualidade, um dos únicos que ele ainda não tem.

“Isso para mim é uma missão que vai sendo cumprida. No nosso trabalho o que vale não é só ajudar no crescimento do aspecto prático, e sim os aspectos emocionais, psicológicos, com isso a gente vê a evolução de todos. O que mais me gratifica não é por mim, não é o meu sucesso, e sim, o crescimento dos jogadores, e o reconhecimento deles. Pois eu acho que ninguém teve o professor que eu tive, ninguém teve os pais que eu tive, então, fazer parte da evolução e do crescimento destes jogadores realmente me deixa muito feliz”, comentou Hélio Rubens.

Na temporada 2010/2011, o Franca, de Hélio Rubens, foi dono da melhor campanha da fase de classificação, com 20 vitórias e 8 derrotas. Embalada com a liderança, a equipe do interior paulista não deu chances aos adversários nos playoffs, e com duas vitórias por 3 a 0 seguidas (sobre São José/Unimed e Flamengo), foi para a grande Final contra o Brasília, terceiro colocado na temporada regular, em que foi superada na série melhor de cinco por 3 a 1.

Outra situação, outro time, outro adversário, papéis invertidos. Nas mãos do treinador mais vitorioso da história do NBB, o time de Uberlândia ficou com a terceira colocação na primeira etapa do campeonato, e nos playoffs, suou a camisa para vencer a série quartas de final contra o Pinheiros/SKY, por 3 a 2, e conseguiu uma ‘varrida’ sobre o Paschoalotto/Bauru na semifinal, por 3 a 0. Agora, a disputa pelo título da competição nacional será contra o líder Flamengo

“Eu vejo que esse time de Uberlândia está muito mais encorpado, muito mais estruturado que o de Franca do NBB3. Naquele time tínhamos alguns problemas, sejam pessoais, individuais de cada um. Já com o meu time de agora, estamos isentos de qualquer problema e somente sufocados no trabalho, isso é muito importante para nós conseguirmos chegar ao nosso objetivo, que é ser campeão”, falou o treinador  do Uberlândia.

Diversos títulos, muitas vitórias, e um currículo invejável. Certamente, ser campeão do NBB não seria uma conquista qualquer para Hélio Rubens. No auge de seus 72 anos, o experiente técnico afirmou que o êxito nesta Final coroaria sua brilhante trajetória no esporte da bola laranja.

“Eu acho que esse título coroaria sim grande parte da minha carreira. Justamente por ser uma nova instituição, a Liga Nacional de Basquete, um campeonato com 18 equipes, diversos Estados sendo representados. Então eu ficaria muito feliz se conseguíssemos esse título, que seria inédito não só para mim, como para Uberlândia. Eu acho que cada título no seu momento tem uma importância diferente, pois são situações diferentes, adversários diferentes, as dificuldades diferentes. É sempre uma sensação muito boa. É aquela sensação de missão cumprida, e a humildade de saber que sem os outros eu não seria nada”, finalizou Hélio Rubens.

Independente do resultado da Final do NBB5, a carreira de Hélio Rubens é digna de muitos aplausos (Ricardo Bufolin/Divulgação)