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Personalidades Negras

27-06-2025 | 05:34
Por Liga Nacional de Basquete

LNB dá prosseguimento às ações realizadas pelo Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB e apresenta Luiz Gama, no quarto capítulo da série Personalidades Negras

A Liga Nacional de Basquete dá prosseguimento às ações realizadas pelo Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB com o primeiro capítulo da série Personalidades Negras. Conhecer personagens históricos brasileiros negros faz parte do importante processo de letramento racial. Além disso, mensalmente, um jogador negro do NBB CAIXA fará uma indicação de livro, filme, peça de teatro ou uma manifestação artística que tenha a cultura negra como tema principal.

Luiz Gama

“O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa.”

Luiz Gama nasceu em 1830, na Bahia. Filho de pai português, o grande jornalista é fruto de uma das mulheres mais importantes da Revolta dos Males, Luiza Mahin, que cumpriu um papel importantíssimo na rebelião de escravos muçulmanos que ocorreu em Salvador, no dia 25 de janeiro de 1835.

Luiz Gama libertou mais de 500 escravos, sendo um marco contra a escravidão no Brasil. Foto: Arquivo Nacional.

Com apenas 10 anos, foi utilizado como moeda em troca de dívidas que seu pai tinha por conta de jogos. Nesse período como escravizado, Luiz aprendeu a ler e escrever, assim, conquistando a sua liberdade aos 17 anos, por meio de documentos e argumentos legais que comprovaram a sua liberdade.

Livre da escravidão, o baiano passou por diversas profissões, mas se destacou como poeta, sendo o primeiro homem negro a publicar um livro sobre o gênero no país. Como jornalista, se tornou uma das referências na cidade de São Paulo em vários jornais da época. Em seus textos, enfatizava as ideias abolicionistas e da República.

 

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Além disso, frequentou aulas de direito, que fundamentaram suas investidas pela libertação de negros escravizados por mecanismos legais, formando leis que proibiam o tráfico negreiro em 1831 e a Lei do Ventre Livre de 1871.

Luiz Gama libertou mais de 500 escravos, sendo um marco no combate à escravidão no Brasil, e seu legado é reconhecido como um dos maiores defensores da liberdade e do direito.

Toque Cultural NBB CAIXA

Protagonista no Corinthians na temporada 2024/25, o pivô Lucas Cauê indicou o filme Besouro, dirigido por João Daniel Tikhomiroff e roteirizado por Patrícia Andrade, lançado no dia 30 de outubro de 2009. Com duração de 01 hora e 35 minutos, o filme conta a história de Besouro Mangangá, Ailtom Carmo, um capoeirista brasileiro de 1920. Mesmo com o fim da escravidão, após a abolição, os negros ainda eram tratados como escravos, ganhando pouco dinheiro para sobreviver. A obra foi inspirada no livro “Feijoada no Paraíso”, de Marco Carvalho.

“O filme é uma grande mostra de ancestralidade, um primeiro elemento que me conecta é a capoeira: o primeiro esporte que tive contato, sua história de origem e a forma como foi um elemento de resistência no período pós-abolição e o outro ponto que mais me impactou: o foco na religião de matriz africana, que me fez querer aprofundar sobre os orixás e me deu uma nova visão sobre esse tema”, contou o camisa 23.