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Buscar alternativas
Por Juvenal Dias
Sesi Franca e Pinheiros fizeram um jogo 1 repleto de opções táticas. Agora, um estuda meios para repetir o sucesso e o outro vai atrás de algo diferente para manter a série em aberto
O jogo 2 entre Sesi Franca e Pinheiros pelas quartas de final dos playoffs do NBB CAIXA 2024/25 ocorre nesta terça-feira (13/05), às 19h, no Pedrocão, com transmissão do YouTube do NBB e do NBB BasquetPass. Uma questão, que vale para todas as séries, é o que fazer de diferente seja para manter a sequência de vitórias, seja para quebrar a sequência adversária. Vale lembrar que todas as quartas de final tiveram os mandantes de campanha inferior perdendo em casa e precisam fazer o resultado fora. Assim, é entender o que Helinho e Galvani enxergaram do jogo 1 e tentar projetar o que pode vir de novidade agora.

Bernardo da Silva, do Pinheiros, recebendo marcação de Wesley, do Sesi Franca. Foto: Carol Coelho/ ECP
Uma característica de jogos de playoffs do NBB CAIXA nessa temporada entre o jogo 1 e o jogo 2 é um tempo maior do que ocorre entre o jogo 2 e 3, o que permite análises mais profundas, tempo de treinamento para ajustes e desenhos de estratégias diferentes como forma de arriscar, é um tempo que ainda dá para ter uma virada de chave ou consolidar a confiança vinda do jogo anterior.
Por exemplo, no jogo 1 no último sábado, ficou evidente a estratégia de lutar por rebotes ofensivos, o que tiraria transições rápidas dos ataques adversários e ainda promovia uma segunda chance ao seu ataque. Desse modo, o Pinheiros teve 21 ofensivos e 22 defensivos, já o Sesi Franca teve uma diferença ainda maior, com sete rebotes ofensivos contra 25 defensivos.
Na temporada, o Pinheiros lidera essa estatísticas com uma média de 13,5 por jogo, ou seja, a estratégia teve uma continuidade. Mas o Sesi Franca precisou se adaptar a esse estilo de jogo durante a partida, já que tem 8,37 de média na temporada e é o 18º e último colocado no quesito. Em compensação, as equipes estão juntas na tabela no que diz respeito ao rebote defensivo, com o Sesi Franca em sétimo, com 26,95, e com o Pinheiros em oitavo, com 26,75 por jogo.
Ponto conhecido
Vitor Galvani, técnico do Pinheiros, explica da filosofia implementada, mas que também vai pensar em olhar o seu lado da quadra, como forma de ser ainda mais competitivo fora de casa. “Fizemos isso a temporada inteira. Estamos como líderes de rebotes ofensivos, é uma característica nossa. O jogo é definido por duas estatísticas: quem chuta mais, atrelado com quem chuta mais eficiente. O chutar mais é, muitas vezes, estar no nosso controle, não ter erros e atacar o rebote ofensivo. É sim uma característica que buscamos todo jogo e vamos continuar buscando”, afirmou.
“Precisa também defender melhor, o nosso time é um time de 75 pontos ofensivos, 75, 72, às vezes 68. Não vamos ganhar de Franca se tomarmos mais que 75 pontos. Precisa defender melhor, eu senti que tivemos muita falha de scout individual: ‘esse cara tem a característica de corte, esse cara tem a característica de chute, o chute dele é de que jeito, o corte dele é de que jeito’, não soubemos fazer isso no jogo 1. É por isso que tomamos 89 pontos. Se tomarmos 89, não vamos ganhar”, acrescentou.
Para Helinho Garcia, técnico do Sesi Franca, o rebote continua sendo o ponto focal. “Sabíamos que o Pinheiros tem essa característica desde o começo da competição, de carregar no rebote de ataque, de ter um percentual de um volume de jogo muito em função desse rebote de ataque que sustenta a equipe deles. A partir do momento que nós tivemos um pouco mais de consistência no nosso rebote de defesa, nós passamos a ter a bola na mão com um pouco mais de tranquilidade”, disse.
“Claro que a defesa do Pinheiros é forte, a nossa defesa também é forte, mas, com a bola na mão, conseguimos ditar um pouco mais o ritmo, fazer um volume que gostamos e isso acarretou em uma vitória importantíssima. Agora é o momento de fazermos uma análise bem objetiva daquilo que aconteceu no primeiro jogo com aquilo que o Pinheiros já vinha fazendo ao longo dos jogos, para que possamos partir disso, corrigir detalhes, melhorar outros aspectos e claro, partir confiantes para o segundo jogo”, reforçou.
Sem deixar cair
Bernardo da Silva foi um dos que contribuíram nos rebotes, com um ofensivo e cinco defensivos, além de 14 pontos, como o terceiro maior cestinha do time na primeira partida. Mais do que aspecto técnico, o pivô do Pinheiros tocou em um ponto fundamental que o time deve buscar se quiser fazer frente ao adversário.
“Contra uma equipe dessas temos que ser conscientes por 40 minutos. É uma equipe muito boa deles, precisamos dessa consciência por 40 minutos, porque conseguimos impor rebotes, impor a nossa defesa em alguns momentos do jogo, mas para uma equipe dessas, tem que ser por 40 minutos. Sabemos que vai ser difícil, vamos assistir o jogo novamente, vamos escutar a comissão técnica e ver o que vamos ter que melhorar”.

Sloan e Bernardo da Silva, pelo Pinheiros, e Wesley e Georginho, pelo Sesi Franca, prometem mais entrega nos rebotes no segundo jogo. Foto: Carol Coelho/ ECP
Georginho, que foi o cestinha com 30 pontos, mas também pegou sete rebotes para o Sesi Franca, sabe que não dá para se acomodar com esse volume de ataques gerados pelo outro lado. “Enfrentamos uma equipe que tem muito poderio ofensivo e teve muito aproveitamento, principalmente, nas bolas de segunda chance, que fomos um pouco moles no rebote. Mas, voltando para o último quarto, principalmente com a volta do Lucas Dias fazendo um trabalho defensivo excelente, conseguimos jogar mais em transição”, afirmou.
“Temos de começar o segundo jogo lá em Franca do jeito que terminamos esse, não podemos afrouxar e sabemos que eles têm uma força atlética muito grande. Eles têm três pivôs que saltam muito e que sabem jogar acima do ar. Então, temos que diluir o aproveitamento deles dos três pontos e conseguir fechar os rebotes defensivos, coisa que fizemos bem no último quarto. Temos que ter responsabilidade e muita maturidade para entender que nós precisamos vencer os três jogos e manter nossa humildade”, finalizou.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica e Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.