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Mundial de Clubes

Show do basquete mundial

06-10-2013 | 02:34
Por Liga Nacional de Basquete

Retorno da Copa Intercontinental causa boa impressão no cenário internacional e expectativa aumenta para a continuação da competição nos próximos anos


Ginásio José Correia, em Barueri, recebeu os dois jogos da Copa Intercontinental (Luiz Pires/FotoJump)

Após 17 anos, a Copa Intercontinental, finalmente, voltou e em grandíssimo estilo. Os dois jogos entre Pinheiros/SKY, do Brasil, e Olympiacos, da Grécia, provaram o tamanho do potencial dessa competição, que há muitos anos tem colocado frente a frente o que há de melhor no basquete internacional quando assunto é clubes.

Revivida nesta temporada, a Copa Intercontinental foi realizada 20 vezes entre os anos de 1966 e 1987 – somente em 1971 e 1972 a competição não foi realizada. O torneio que vale o título mundial de basquete chegou a voltar em 1996, mas não teve continuidade. Este ano, o torneio não só retornou, mas sim veio para ficar. Transmitido pela Fox Sports, o evento foi exibido em 70 países do mundo.

Na coletiva de imprensa, realizada um dia antes do primeiro jogo da Copa Intercontinental, os dirigentes da FIBA Américas e da Euroliga anunciaram o interesse das entidades asiática e africana em participarem da edição de 2014 do torneio.

“Foi uma competição de sucesso. Gostaria de parabenizar aos clubes e as organizações envolvidas, que se dedicaram muito para que o evento acontecesse”, comentou Roser Queralto, dirigente da Euroliga. “Foi uma primeira experiência muito válida e ficamos muito felizes com o resultado. Vamos voltar a falar com a FIBA Americas e começar a trabalhar para o próximo”, completou.

O jogo entre Pinheiros e Olympiacos foi exibido para 70 países (Luiz Pires/FotoJump)

Estrela do basquete brasileiro, Guilherme Giovannoni, ala/pivô do Uniceub/BRB/Brasília, também comentou sobre o torneio. Para ele, o retorno da Copa Intercontinental é uma oportunidade fantástica aos clubes de poderem disputar competições de alto nível.

“O Pinheiros provou que a distância entre o basquete americano e o europeu não está tão longe. Eles estão de parabéns pelo que apresentaram em quadra. E, com certeza, o retorno da Copa Intercontinental faz com que fiquemos mais motivados na disputa da Liga das Américas”, disse o jogador.

O Pinheiros conseguiu manter o confronto equilibrado nas duas partidas (Luiz Pires/FotoJump)

O cestinha do Olympiacos no último jogo da final do Mundial de Clubes, o ala/pivô Georgios Printezis, concordou com Giovannoni e pediu para que a competição tenha continuação nas próximas temporadas.

“Estou muito contente por ter ganho o campeonato da FIBA. Isso foi muito importante e prazeroso. Tomara que eles continuem com esse campeonato porque foi bem organizado e todos gostaram muito”, comentou o jogador grego. “Tirando o cansaço, é muito bom que todo ano aconteça o campeonato com o campeão de cada continente. Obrigada aos torcedores que vieram nos prestigiar, agradeço aos presidentes que apoiaram e fizeram tudo isso acontecer”, completou.

Com essa participação do Pinheiros, o Brasil esteve em 22 participações da Copa Intercontinental. Equipes tradicionais como Corinthians, Franca, Monte Líbano e Sírio já atuaram no passado. O último, inclusive, conseguiu a única conquista do Mundial de Clubes para o país, em 1979.

“Faziam 20, 30 anos, nenhuma equipe europeia vem jogar no Brasil. Torço para que esse intercâmbio continue. Essa competição deve abraçar os cinco continentes e isso é de extrema importância para nós”, disse o técnico do Pinheiros, Cláudio Mortari.

Agora é aguardar a nova temporada, com a disputa da Liga das Américas, e torcer para que mais um clube brasileiro possa fazer parte desse grupo seleto do basquete mundial. Flamengo e Unitri/Universo, campeão e vice da última edição do NBB, já estão garantidos na competição continental. Paschoalotto/Bauru, Uniceub/BRB/Brasília e São José/Unimed também tem a chance de encarar esse desafio, já que a Liga Sul-Americana dará ao vencedor do torneio um vaga na Liga das Américas.