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Só sorrisos

14-06-2013 | 02:55
Por Liga Nacional de Basquete

Após um ano parado, pivô Bábby reencontra o bom basquete em sua volta às quadras e faz temporada altamente positiva com a camisa do Mogi

Em sua "reestreia" no esporte da bola laranja, Bábby foi o principal do Mogi das Cruzes no NBB5 (João Pires/LNB)

Quando o Mogi das Cruzes/Helbor anunciou a contratação do pivô Bábby, muitos duvidaram se esta seria mesmo uma bola dentro para o time que estrearia no NBB, devido aos problemas físicos e pessoais  que marcaram a carreira do atleta. De chuá! O jogador chegou, assumiu a responsabilidade e foi o principal líder da equipe do Alto Tietê, que por pouco não se classificou para os playoffs – o time paulista terminou a competição nacional na 14ª posição.

Atuando pelo Mogi, o pivô, de 2,12m de altura, registrou as melhores médias de sua trajetória no NBB. Além de ser o cestinha de sua equipe, com média de 14,65 pontos por jogo, o jogador foi o maior reboteiro do campeonato, com 8,74 rebotes por partida. Embora tenha conquistado excelentes números, a maior vitória de Bábby não era relacionada à fatores técnicos, e sim, físicos. Na temporada 2012/2013, o camisa 66 mogiano manteve mente e corpo saudáveis, e não teve nenhuma contusão significativa.

“Essa temporada foi muito boa. Eu fiquei um ano parado, praticamente sem fazer nada. Apesar desta parada, eu sempre mantive a parte física, sempre me cuidei bem, o que ajudou me ajudou muito nesta volta. Devo muito também a cidade de Mogi das Cruzes, a diretoria do time, que me recebeu de braços abertos, e me dá muita liberdade para fazer meu jogo”, afirmou Bábby.

Em seu início de carreira, quando ainda era “Baby”, o atleta passou pelo basquete universitário norte-americano e chegou a atuar na NBA, por Utah Jazz e Toronto Raptors. Após o período nos Estados Unidos, o pivô se aventurou na Rússia, onde defendeu o Spartak St. Peterburgo. Em 2008, o jogador foi repatriado pelo Flamengo, time em que ele conquistou título de campeão do NBB e o prêmio de Melhor Pivô da competição.

Junto de Murilo Becker, "Baby" recebeu o Prêmio de Melhor Pivô do NBB1 (Divulgação/LNB)

Atendendo à orientação da mesma numeróloga que sugeriu que o jogador de futebol Caca se transformasse em Kaká, Baby se tornou “Bábby” a partir do NBB3. No ano anterior, quando jogou pelo Paulistano/Unimed, o pivô deixou seu tradicional número 55 de lado, e passou a usar o 66 nas costas, número escolhido para melhorar a comunicação com o público.

“Agora eu me sinto melhor. Tudo isso foi muito importante para a minha pessoa. Cada um tem sua superstição. Mas com certeza isso agregou muito a minha carreira. Hoje jogo mais solto, vejo a quadra de uma forma diferente. Estou feliz comigo mesmo, isso é o que importa. Essa é uma das grandes fórmulas do sucesso”, comentou Bábby.

Após retornar ao Flamengo na temporada 2010/2011, o atleta de 2,12m se transferiu para o Vivo/Franca no NBB4. Porém, nada de sorrisos para o jogador, que sofreu com as lesões e disputou apenas seis partidas no campeonato, e somou médias de apenas 6,83 pontos por jogo. Com este perturbador cenário, Bábby perdeu o ânimo de jogar basquete e, mesmo com a competição em andamento, se desligou do basquete, alegando que precisava descansar e curtir mais sua família.

Neste período afastado da bola laranja, Bábby continuou morando em terras francanas,mas desta vez, se arriscando no ramo da moda, como empresário. O jogade abriu uma loja de roupas na cidade, a B66, que se dedica a vender artigos esportivos.

Logo em sua volta ao basquete, Bábby foi o reboteiro do NBB5 (João Pires/LNB)

Porém, quando o basquete está no sangue, é difícil de largar. Após um ano sabático, fora das quatro linhas, a saudade do esporte bateu, e somado com a tentadora proposta do Mogi das Cruzes, o camisa 66 concretizou seu retorno às quadras.

“Foi apenas um tempo, eu precisava de um tempo. As coisas acontecera m muito rápido na minha vida. Não tinha tempo de pensar e mim, tirar uma folga. Fiquei 10 anos fora do Brasil, sendo que fiquei sete anos sem voltar. Eu precisava, e foi bom para mim e para a minha família. Curti bastante, e foi ótimo, pois eu precisava recarregar a bateria”, declarou.

No auge de seus 32 anos, Bábby quer aproveitar o embalo desta temporada altamente positiva para continuar obtendo sucesso. O jogador ex-NBA admite que sua carreira pode estar em seus capítulos finais, mas não por isso ele deixa de se dedicar para continuar sendo o Rafael “Baby” ou “Bábby” Araújo, que estamos acostumados a ver.

“Estou muito focado, tanto que nem tirei férias. Estou focando na boa forma para ir bem no Campeonato Paulista e no NBB. Quero terminar bem essa minha última subida ao topo da montanha. Já vou fazer 33 anos, não sou mais nenhum garoto. Quero terminar bem a carreira. Quero sempre me destacar, mas é claro, sempre ajudando o Mogi a vencer”, completou Bábby.