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30-12-2012 | 04:09
Por Liga Nacional de Basquete

Ícaro e João Felipe, jogadores falam sobre a satisfação em trocar o basquete universitário norte-americano pela LDB

O armador Ícaro, do São José veio afirma que está feliz no basquete brasileiro (Orlando Bento)

Hoje em dia no mundo do esporte, é muito frequente o intercâmbio de jogadores para outros países, em busca de evoluir em suas carreiras de atleta. No basquete não é diferente, o destino mais comum dos jovens atletas é o basquete universitário norte-americano, onde além de jogar, eles tem a chance de estudar e obter um diploma em seus cursos.

Mas dois jogadores inverteram os papéis dessa história. Ícaro Parizotto, do São José, e João Felipe, do Suzano. Esses atletas fizeram o contrário, trocaram o basquete universitário norte-americano pelo basquete brasileiro, e hoje, são uns dos destaques de suas equipes na LDB e fazem parte da equipe adulta no NBB.

Ícaro saiu do basquete gaúcho e migrou para a Christian High School, foi para lá com 17 anos e ficou durante dois anos. O armador que disputou a Copa América sub-19 contou os motivos dessa troca:

“Eu tive uma lesão no joelho, rompi o ligamento cruzado anterior, e as bolsas que eu tinha na universidade, eu perdi. Fiz a cirurgia lá nos Estados Unidos, fiz aqui no Brasil o tratamento e durante esse período de recuperação, comecei a pensar em ficar por aqui. Surgiu a oportunidade de jogar em São José, fiquei muito feliz e me dei muito bem”, comentou o armador.

Ícaro Parisotto citou algumas diferenças entre as culturas do esporte da bola laranja.

“A principal diferença entre o nosso basquete e o norte-americano é  a força física, que é muito maior, correria total, aqui os jogadores são mais malandros, lá não, acontece um rebote, todos já estão pulando por cima de todos. A velocidade das jogadas é muito maior. Mas fisicamente, o jogo lá é bem mais forte”, analisou Ícaro.

O talentoso armador aproveita para dizer que está feliz aqui no Brasil, e pretende continuar seguindo sua vida como jogador de basquete.

“Está valendo a pena. Nosso time é muito bom, a oportunidade de treinar com jogadores bons, como o Fúlvio, aprendo muito com ele, não só treinando, mas vendo ele jogar também. E aos poucos vou ganhando meu espaço na equipe principal”, finalizou.

João Felipe disputou a LDB passada pelo Brasília, e hoje, é um dos destaques do Suzano (Orlando Bento/Divulgação)

O outro caso é de João Felipe Baiocchi Vianna, do Suzano. O atleta é filho do ex-jogador da seleção brasileira, Pipoka, sendo até chamado de “Pipokinha”. O ala/armador foi um dos destaques da equipe classificada para a segunda fase da LDB 2012.

João voltou do basquete universitário na temporada passada, onde disputou a primeira edição da LDB pelo Brasília. O atleta contou porque ele voltou para o Brasil e mostra sua alegria em ter a chance de disputar a competição sub-22.

“Eu estava jogando o Junior College lá, e não consegui bolsa em nenhuma universidade, aí voltei para o Brasil, e logo depois retornei para os Estados Unidos e não achei nada que me interessasse, mas ao mesmo tempo apareceu a oportunidade de eu jogar a primeira edição da LDB pelo Brasília, joguei, adorei, foi uma grande experiência. Depois veio a chance de vir para Suzano, que além de jogar a LDB eu jogo no adulto no NBB, que é muito gratificante”, contou o atleta.

Pipokinha, como é chamado pelos companheiros, também citou as principais diferenças entre o basquete universitário norte-americano e o brasileiro.

“A principal diferença entre o basquete universitário norte-americano é na intensidade. Defensivamente a pegada deles é muito maior, muito mais contato do que o nosso”.

O ala/armador aproveitou para projetar seu futuro no Brasil e diz que  não sai mais daqui.

“Pretendo ficar por aqui mesmo, eu sempre usei o basquete como ferramenta de estudo, mas agora prefiro ficar no Brasil e construir um a carreira aqui no meu país”, finalizou.