Teve de tudo!

O ano de 2015 foi de muito, mais muito basquete no Brasil. Com uma série de acontecimentos muito importantes, tanto dentro como fora das quadras, a modalidade da bola laranja viveu um momento especial e teve grande destaque no país durante todo o ano.

Em março, o Paschoalotto/Bauru tratou de manter o domínio brasileiro no continente americano e conquistou o título da Liga das Américas. Sem dar chance a seus rivais, o time paulista não perdeu uma partida sequer e se sagrou campeão de maneira invicta. No Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, os bauruenses bateram o Pioneros de Quintana Roo, do México, na grande decisão e deram o quinto título continental consecutivo ao Brasil.

Embalado pelo inédito título, Bauru manteve sua ótima campanha na temporada 2014/2015 do NBB e garantiu outro feito único: chegar à decisão da competição nacional. Dono da melhor campanha da história na fase de classificação, com 28 vitórias e duas derrotas (93,3% de aproveitamento), a equipe ainda estabeleceu a maior sequência vitoriosa do campeonato, com 26 triunfos seguidos.

Para atingir a final do NBB, Bauru passou por Franca e Mogi nas quartas e semi, respectivamente. Do outro lado, o Flamengo mostrou sua força e chegou pelo terceiro ano seguido à decisão. Nas quartas, o rubro-negro superou o São José e nas semifinais passou pelo Winner/Limeira, dono da segunda melhor campanha da fase de classificação.

Depois de três anos disputada jogo único, a Final do NBB sofreu uma mudança em seu formato e passou a ser jogada em uma melhor de três jogos. Na primeira partida, no Rio de Janeiro, o Flamengo levou a melhor por 91 a 69 e largou na frente. Depois, no Jogo 2, os cariocas voltaram a ser superiores e, mesmo atuando fora de casa, venceram por 77 a 67 e garantiram o terceiro título nacional consecutivo, o quarto no total. O duelo

Mas não foi só pelo que aconteceu dentro de quadra que a temporada 2014/2015 do NBB foi especial. Depois de ser testada na edição 2013/2014, as transmissões WEB viraram rotina e 40 partidas da sétima edição do maior campeonato de basquete do país, incluindo jogos de playoff, foram transmitidas ao vivo para todo o mundo através da Internet.

Além disso, o SporTV manteve seu alto número de transmissões ao vivo do NBB. Ao todo, entre TV e WEB, 100 partidas da temporada 2014/2015 da competição nacional foram transmitidas ao vivo, quantidade que representa 35% do número total de jogos (286).

Durante a sétima edição do NBB, o Jogo das Estrelas também roubou a cena. De volta à Franca, o evento festivo festa contou com a realização dos Torneios de Enterradas e 3 pontos, o Desafio de Habilidades e o Arremesso das Estrelas. Mas, como sempre, o ponto alto foi o grande duelo entre NBB Brasil e NBB Mundo.

O confronto entre os melhores jogadores brasileiros e estrangeiros da competição voltou a ser vencido pelo time verde-amarelo. Com grande atuação do armador Ricardo Fischer, o mais jovem da história a faturar o prêmio de MVP (Jogador Mais Valioso) da partida, o NBB Brasil venceu o duelo frente aos estrangeiros, por 126 a 116, e estendeu a liderança no confronto para 4 a 1.

O Bauru conquistou o inédito título da Liga das Américas e Alex Garcia foi eleito MVP da competição (Divulgação/ FIBA Américas)

Franca foi novamente a sede do Jogo das Estrelas e, mais uma vez, o selecionado de jogadores brasileiros venceu os estrangeiros (João Pires)

Ricardo Fischer, do Bauru, foi o atleta mais jovem a receber o prêmio de MVP do Jogo das Estrelas (João Pires)

Macaé fez uma campanha histórica na temporada 2014/2015 do NBB ao chegar às quartas de final contra o Mogi. (Raphael Bózeo)

O Caxias do Sul venceu a Liga Ouro e garantiu acesso ao NBB (Guilherme Peixinho)

Marília foi o palco da grande final entre Flamengo e Bauru no NBB 2014/2015. (João Pires)

Em ação inédita com a NBA, as cheerleaders do Orlando Magic e o mascote do Phoenix Suns entreteram o público durante as Finais do NBB (João Pires)

O Flamengo sagrou-se campeão do NBB novamente após bater o Bauru nas Finais (João Pires)

Nicolas Laporovittola foi o primeiro estrangeiro a receber o prêmio de MVP das Finais do NBB (João Pires)

Benite esteve inspirado na histórica vitória do Brasil contra os EUA pelos Jogos Pan-Americanos (Divulgação)

O Brasil disputou a final do Pan contra o anfitrião Canadá e se sagrou campeão (Divulgação)

Com 10 jogadores que atuam no NBB, o Brasil foi campeão dos Jogos Pan-Americanos com campanha arrasadora (Divulgação)

O Bauru enfrentou o Real Madrid pela final da Copa Intercontinental no Ginásio do Ibirapuera (Divulgação/FIBA Américas)

Pela primeira vez na história uma equipe brasileira recebeu um time da NBA. Flamengo e Orlando Magic fizeram jogo válido pelo Global Games no Rio de Janeiro (Divulgação)

O Bauru foi até os EUA enfrentar duas equipes da NBA e Ricardo Fischer anotou o primeiro triplo-duplo da carreira em pleno Madison Square Garden (Caio Casagrande)

Vitória (BA) e São José fizeram a primeira partida do NBB no Estado da Bahia (Divulgação)

O jogo entre Paulistano e Pinheiros marcou o início da parceria entre LNB e a RedeTV (Delima/Dubem)

Larry Taylor foi o primeiro atleta do NBB a ter sua camisa aposentada (Caio Casagrande)

O Brasília conquistou a Liga Sul Americana pela terceira vez após vencer o San Martin (ARG) (Divulgação/FIBA Américas)

O Pinheiros conquistou sua primeira LDB após derrotar o Minas na final fora de casa (João Pires)

Ainda no primeiro semestre, o basquete brasileiro teve mais motivos para comemorar. Grande novidade da temporada 2013/2014, a Liga Ouro teve sua segunda edição disputada e mais uma equipe garantiu vaga na elite da modalidade no país. Divisão de Acesso ao NBB, a competição contou novamente com a participação de quatro equipes e teve o Banrisul/Caxias do Sul Basquete como grande campeão.

Depois do término da temporada de clubes, a Seleção Brasileira entrou em cena e conquistou um grande feito. Com dez jogadores do NBB – apenas o pivô Augusto Lima não atua na competição nacional –, o time verde-amarelo conquistou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. Na final, os brasileiros venceram o anfitrião Canadá, com tranquilidade, pelo placar de 86 a 71.

Logo em seguida do Pan, a Seleção Brasileira ainda teve outro desafio oficial. Mesmo já garantida nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, a equipe nacional disputou o Pré-Olímpico das Américas, no México, com praticamente a mesma equipe que conquistou a medalha dourada em Toronto. O nono lugar não foi satisfatório, mas a experiência adquirida por promissores nomes como Ricardo Fischer, Léo Meindl e Deryk Ramos em um torneio internacional de alto nível foi de altíssima importância.

Passado o período de atividade da Seleção, os clubes voltaram aos holofotes e a temporada foi “inaugurada” como um grande evento na cidade de São Paulo. Pelo terceiro ano consecutivo, a Copa Intercontinental, o popular Mundial de Clubes, foi realizado em solo brasileiro e, desta vez, a capital paulista foi a escolhida para receber o confrontou entre os campeões da Liga das Américas e da Euroliga.

No tradicional Ginásio do Ibirapuera, o Paschoalotto/Bauru duelou com o poderoso Real Madrid e mostrou sua força. Na primeira partida, a equipe brasileira contou com uma bandeja de Ricardo Fischer praticamente no último segundo e conquistou uma dramática vitória por 91 a 90. Dois dias depois, no segundo jogo, os espanhóis deram o troco, por 91 a 79, e ficaram com o título.

O confronto entre Bauru e Real Madrid não foi o único entre uma equipe brasileira e um importante time do cenário internacional. O próprio time do interior paulista e o Flamengo duelaram com franquias da NBA e o Brasil voltou a figurar no cenário da maior liga de basquete do planeta.

Primeira equipe do país a enfrentar times da NBA, com os três jogos realizados em 2014, o Flamengo voltou a enfrentar o Orlaqdo Magis, desta vez em casa, ao lado de sua torcida, em partida que marcou o primeiro encontro entre uma equipe nacional e um time da NBA em solo verde-amarelo.

Pouco dias depois, o Bauru partiu para a “Terra do Tio Sam” e se tornou a segynda equipe do NBB a desafiar franquias da NBA. No lendário Madison Square Garden, os bauruenses enfrentaram o New York Knicks e, apesar da derrota, a partida ficou marcada pelo triplo-duplo do armador Ricardo Fischer (11 pontos, dez rebotes e dez assistências).

Quatro dias depois, o time do interior paulista foi até a capital norte-americana e duelou com o Washington Wizards, do pivô brasileiro Nenê Hilário, e encerrou sua passagem pela pré-temporada da maior liga de basquete do mundo.

Outro fato marcante para o basquete brasileiro em 2015 foi o título do UniCEUB/Cartão BRB/Brasília na Liga Sul-Americana. Com vitória sobre o San Martín na série final, o time candango conquistou seu terceiro título sul-americano e garantiu sua passagem à Liga das Américas 2016, ao lado de Flamengo, Bauru e Mogi.

O final de ano não significa o término de uma temporada para o basquete nacional, pelo contrário. A oitava edição do NBB teve início no mês de novembro, terá duração até junho de 2016 e apresenta grandes novidades.

A principal delas é a parceria com a RedeTV! para exibição de partidas do maior campeonato de basquete do país aos sábados. Até o momento foram transmitidos três jogos do NBB na TV Aberta e até o final da temporada serão, no mínimo, mais 17 duelos televisionados pela RedeTV!

As transmissões via WEB, pelo site da LNB, também continuam a todo o vapor, assim como as partidas televisionadas pelo SporTV. Estima-se que pelo menos 100 partidas, entre RedeTV!, WEB e SporTV sejam transmitidas no atual campeonato.

E cada vez mais o basquete está brilhando em nosso país! Que 2016 seja um ano de muitas realizações e de muita bola laranja na cesta!