forte Conexão

O Brasil fechou a primeira janela das Eliminatórias da Copa do Mundo FIBA Catar 2027 com vitória, energia e, principalmente, uma demonstração clara do quanto o apoio do público tem sido determinante nesse novo ciclo. No Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo, o ambiente criado pelo torcedor brasileiro se tornou parte ativa do jogo, empurrando a seleção nos momentos mais difíceis da vitória contra o Chile e reafirmando a importância do formato da competição, que tem partidas em casa ao longo da campanha.

A relação ficou evidente desde o começo. Depois da estreia vitoriosa fora de casa, contra o mesmo Chile, Gui Deodato destacou como a confiança construída no primeiro jogo se somou ao ambiente vivido no Wlamir Marques. “A primeira vitória lá já nos deu confiança, uma vitória fora de casa, quando fomos até mais sólidos do que hoje. E hoje, foi muito importante vencer, porque é uma seleção de alguma maneira nova, com novas caras. Mas é o mesmo esquema, pudemos desfrutar bastante disso. A torcida também foi muito importante hoje. Em um momento muito difícil do jogo, de uma sequência deles. É bom demais estar em casa e sentir o que é ser brasileiro”, afirmou o ala do Flamengo.

A torcida empurrou o Brasil nos momentos difíceis da partida contra o Chile. Foto: Fabrício Miguel

Para Brunão, a noite foi ainda mais especial. Ele fez sua estreia pela seleção adulta diante da família, afinal, antes de ir defender o CAIXA/Brasília, ficou muitos anos no Paulistano. Jogar em casa transformou o momento em algo marcante e inesquecível. “Foram dois jogos muito bons. Conseguimos impor o nosso ritmo defensivamente. Foi minha estreia na seleção, ganhar os dois jogos, ainda mais fechando em casa, com minha família no ginásio, foi maravilhoso. É difícil até descrever como foram maravilhosos esses dois jogos para mim, principalmente hoje”, disse o pivô, emocionado ao falar sobre o impacto do público brasileiro.

Pedro Pastre, também convocado pela primeira vez para defender a seleção adulta, viveu sentimento semelhante. Sua fala reflete não apenas o peso da conquista pessoal, mas a percepção clara da força da torcida brasileira e da atmosfera criada no ginásio. “A primeira convocação é um sentimento de sonho realizado, de trabalho sendo reconhecido. Também é de muita alegria estar com o pessoal que sempre é da seleção, dos adultos, estar com o pessoal que são meus amigos, Mathias, Wini, é um mix de emoções muito boas. E poder finalizar em casa é muito bom, ver como o pessoal apoia o basquete, ver como o pessoal gosta do esporte, ver como a torcida brasileira é bonita e legal, criar um clima bonito”, afirmou o jovem ala do Pinheiros, reforçando como o público se tornou parte essencial dessa janela.

 

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Dentro de quadra, o Brasil viveu diferentes momentos, e todos eles conectados à energia da torcida. Embalado pelo ritmo das arquibancadas, o time brasileiro abriu 22 pontos no primeiro tempo e parecia controlar totalmente a partida. Mas o Chile reagiu, tirou a diferença e aproximou o placar no terceiro quarto. Para Georginho de Paula, a própria empolgação inicial, impulsionada pelo ambiente do ginásio, ajudou a construir a vantagem, mas também exigiu atenção.

“Começamos o jogo com um ritmo alucinante, com a energia da torcida, e conseguimos abrir 22 pontos no primeiro tempo, o que fez com que abaixássemos um pouco a energia e inconscientemente entrássemos nesse ritmo de jogo festivo. Não podemos deixar isso acontecer, mesmo que seja contra o Chile. Não menosprezando o time deles, que tem muita qualidade, tanto é que subiram a intensidade no terceiro quarto e conseguiram diminuir essa diferença para cinco pontos. Soubemos fechar o jogo, mas temos de corrigir esses pequenos erros”, avaliou o armador do Sesi Franca.

Com a vitória, o Brasil encerra a primeira janela com duas vitórias e com uma certeza: jogar em casa transforma a experiência e fortalece o projeto rumo à Copa do Mundo FIBA Catar 2027. A estrutura das Eliminatórias, com jogos distribuídos por janelas, permite que o torcedor participe ao longo de todo o ciclo, algo que jogadores e comissão técnica consideram fundamental.

E essa conexão vai continuar. A próxima janela será disputada em fevereiro e março de 2026, novamente com duas partidas no Brasil, contra Venezuela, no dia 27 de fevereiro, e contra Colômbia, no dia 3 de março. O local dos jogos ainda será anunciado, mas, depois da atmosfera vivida no Wlamir Marques, uma certeza permanece: onde quer que a seleção jogue, a torcida brasileira estará pronta para empurrar, vibrar e fazer diferença.