Três disputas, três títulos

Fazia tempo que uma pré-temporada não gerava tantas expectativas em cima de uma equipe do basquete brasileiro. O Paschoalotto/Bauru, que já possuía um dos principais elencos do NBB, foi ao mercado e trouxe reforços de muito peso para a temporada 2014/2015.

Junto a Ricardo Fischer, Larry Taylor, Gui Deodato e Murilo Becker, o time comandado pelo técnico Guerrinha uniu também os alas Alex Garcia e Robert Day, o ala/pivô Jefferson William e o pivô repatriado Rafael Hettsheimeir. Um supertime foi montado e todos no meio do basquete só falavam sobre como seria essa nova equipe de Bauru.

No final de 2014, Bauru conquistou a Liga Sul-Americana e deu o 4º título continental seguido ao basquete brasileiro (Henrique Costa/Bauru Basket)

Logo no primeiro teste, os bauruenses faturaram o título do Campeonato Paulista, após uma disputada série final diante da Winner/Limeira, outra grande equipe que foi montada para o NBB 7.

Em seguida, o Bauru levou os Jogos Abertos do Interior de São Paulo e foi para um desafio maior, a Liga Sul-Americana, competição que daria ao time a sonhada vaga à Liga das Américas. Os bauruenses voaram na competição internacional e, em menos de três meses, alcançaram o terceiro título consecutivo.

“A expectativa sempre foi muito grande, mas para que a gente chegasse aos três títulos logo de cara ia depender de muitas coisas”, afirmou o técnico Guerrinha. “Uma equipe não depende só de grandes jogadores, o time tem que encaixar. E isso aconteceu muito rápido, não só dentro da quadra, mas principalmente fora dela. As personalidades, as lideranças se encaixaram”, comemorou o treinador.

Alex foi um dos principais reforços do Bauru (Henrique Costa/Bauru Basket)

Aquela história de que “no papel”, o Bauru era um dos times mais favoritos na temporada se concretizou dentro de quadra para alegria da torcida e de todas as pessoas envolvidas com o projeto.

Os jogadores demonstraram ter entendido a proposta desse novo elenco e é realmente impressionante ver a intensidade que o time possui nos jogos. Um exemplo disso foi a vitória diante do Pinheiros/SKY, no dia 17/12, por uma diferença de 61 pontos.

“O que está me surpreendendo muito com essa equipe é como nós estamos conseguindo realizar o nosso plano de jogo. Traçar o plano de jogo e executá-lo conforme o combinado. A gente conseguiu impor nosso ritmo em muitas partidas e, muitas vezes, conseguimos deixar a partida parecer mais fácil”, analisou Guerrinha.

No NBB 7, o time perdeu apenas na estreia diante do Brasília, logo após a conquista do título Sul-Americano, e para o líder Limeira, única equipe que está a frente deles na tabela de classificação. A campanha até o momento é de nove vitórias em 11 jogos, um triunfo a menos que o rival limeirense.

Agora em 2015, estão os maiores desafios para o time de Bauru: as conquistas inéditas do NBB e da Liga das Américas. Para isso, a tática do técnico Guerrinha e da equipe é de continuar crescendo de produção no decorrer da temporada. Por mais que o resultado já tenha vindo rápido, o time ainda está longe de estar 100% pronto para o que está por vir.

“A equipe se cobra muito. O Alex e o Jefferson cobram demais da equipe. O Ricardo também tem esse perfil”, admitiu Guerrinha. “A gente também tem trabalhado muito taticamente, principalmente. E, trabalhando bem na defesa, o nosso time tem uma velocidade muito alta para o jogo de transição, o contra-ataque, que faz com que a gente consiga imprimir nosso ritmo na partida”, acredita.

O esperado confronto diante do campeão de tudo na temporada passada, o Flamengo, será no começo do ano, no dia 13 de janeiro. Esse será mais um teste para esse badalado time de Bauru, que com certeza, quer começar 2015 da mesma maneira que terminou 2014.

No início de 2015, Bauru e Flamengo fazem um dos confrontos mais esperados da temporada (Caio Casagrande/Bauru Basket)