HOJE
Além do Jogo
Por Liga Nacional de Basquete
Último Rachão do Ano, iniciativa do Basqueart, reuniu quebradas, atletas e artistas e fixou no Parque Bosque Maia a placa do Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB
No coração de Guarulhos, no último sábado (13/12), o basquete voltou a ocupar o espaço público como ferramenta de encontro, diálogo e transformação. No Parque Bosque Maia, o tradicional “Último Rachão do Ano”, protagonizado pelo Chama Basquete e produzido pelo Basqueart, foi além do jogo: tornou-se um ato simbólico e concreto de combate ao racismo e aos crimes contra a diversidade.

Tradicional “Último Rachão do Ano” reuniu cerca de 100 pessoas no No Parque Bosque Maia, em Guarulhos. Foto: Pretos em conexão
Nesta edição, o evento marcou a fixação permanente da placa do Tratado Antirracista pela Diversidade da Liga Nacional de Basquete, instalada logo na entrada da quadra. Um gesto simples na forma, mas potente no significado. A mensagem passa a integrar o espaço urbano e reafirma que o enfrentamento ao racismo também faz parte do jogo, dentro e fora das quadras.
Na mesma data, o público recebeu adesivos e fitas do projeto “O Baska é Preto”, iniciativa da LNB que resgata a memória, valoriza a expressão e reconhece a resistência negra no basquete brasileiro. O sticker, aqui, funciona como linguagem: cola ideias, provoca conversas e amplia o alcance da mensagem para além do evento. Assim como o esporte, ele cria identificação, pertencimento e voz.

Placa do Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB foi fixada ao lado da quadra. Foto: Pretos em conexão
O “Último Rachão do Ano” reuniu times de diversas quebradas, jogadores profissionais, entusiastas e curiosos. O evento foi aberto: quem chegava, jogava. E o mais marcante aconteceu muitas vezes, quando pessoas que não se conheciam cooperaram, se respeitaram e construíram algo juntas. Como no momento em que a chuva caiu, em vez de ir embora, todo mundo pegou um rodo, secou a quadra e seguiu o rachão.
Além dos jogos, o espaço recebeu uma barraca de stickers, em que artistas do graffiti como Jhonny e Danilo Clark trocaram ideias com o público. Jogadores profissionais como Caio Oliveira e Matheus Yago dividiram a quadra, curtiram o som do DJ e reforçaram a conexão entre diferentes gerações do basquete. Até as crianças participaram, pintando e colando adesivos, exercitando criatividade e pertencimento desde cedo.
Mais de 100 pessoas formaram times, ocuparam a quadra e viveram a rivalidade saudável que só o basquete de rua proporcionou. Mas, acima de tudo, se respeitaram. Em um parque de alta circulação, o evento atraiu não apenas convidados, mas também quem passava por ali, e que bom. Curiosos viraram parte da roda.
O Basqueart existiu ali para entrelaçar quebradas, produtores, artistas e jogadores com um mesmo propósito: garantir continuidade. A iniciativa acreditou na união entre comunidades e na troca de saberes. Cada veterano que ensinou, cada jovem que aprendeu e cada território que se abriu para o outro fortaleceram essa rede.
Arte, esporte, diálogo e ação.
Esse foi o Basqueart.
E no ano que vem, tem mais.
Basket Osasco
Bauru Basket
Botafogo
CAIXA/Brasília Basquete
Caxias do Sul Basquete
Corinthians
Cruzeiro
Flamengo
Fortaleza Basquete Cearense
Sesi Franca
KTO Minas
Mogi Basquete
Pato Basquete
Paulistano
Pinheiros
Conta Simples Rio Claro
Mr. Moo São José Basketball
Ceisc/União Corinthians
UNIFACISA
Vasco da Gama
E.C. Pinheiros (B)
Vitória (BA)
L. Sorocabana
Minas Tênis Clube (B)
ADRM
B.Cearense
Botafogo
Campo Mourão
Caxias
IVV/CETAF
Corinthians
Flamengo
Minas
Paulistano
Pinheiros
São José Basketball
São Paulo FC
SESI Franca
Thalia/PH.D Esportes
Vasco/Tijuca