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Além do Jogo

15-12-2025 | 09:09
Por Liga Nacional de Basquete

Último Rachão do Ano, iniciativa do Basqueart, reuniu quebradas, atletas e artistas e fixou no Parque Bosque Maia a placa do Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB

No coração de Guarulhos, no último sábado (13/12), o basquete voltou a ocupar o espaço público como ferramenta de encontro, diálogo e transformação. No Parque Bosque Maia, o tradicional “Último Rachão do Ano”, protagonizado pelo Chama Basquete e produzido pelo Basqueart, foi além do jogo: tornou-se um ato simbólico e concreto de combate ao racismo e aos crimes contra a diversidade.

Tradicional “Último Rachão do Ano” reuniu cerca de 100 pessoas no No Parque Bosque Maia, em Guarulhos. Foto: Pretos em conexão

Nesta edição, o evento marcou a fixação permanente da placa do Tratado Antirracista pela Diversidade da Liga Nacional de Basquete, instalada logo na entrada da quadra. Um gesto simples na forma, mas potente no significado. A mensagem passa a integrar o espaço urbano e reafirma que o enfrentamento ao racismo também faz parte do jogo, dentro e fora das quadras.

Na mesma data, o público recebeu adesivos e fitas do projeto “O Baska é Preto”, iniciativa da LNB que resgata a memória, valoriza a expressão e reconhece a resistência negra no basquete brasileiro. O sticker, aqui, funciona como linguagem: cola ideias, provoca conversas e amplia o alcance da mensagem para além do evento. Assim como o esporte, ele cria identificação, pertencimento e voz.

Placa do Tratado Antirracista pela Diversidade da LNB foi fixada ao lado da quadra. Foto: Pretos em conexão

O “Último Rachão do Ano” reuniu times de diversas quebradas, jogadores profissionais, entusiastas e curiosos. O evento foi aberto: quem chegava, jogava. E o mais marcante aconteceu muitas vezes, quando pessoas que não se conheciam cooperaram, se respeitaram e construíram algo juntas. Como no momento em que a chuva caiu, em vez de ir embora, todo mundo pegou um rodo, secou a quadra e seguiu o rachão.

Além dos jogos, o espaço recebeu uma barraca de stickers, em que artistas do graffiti como Jhonny e Danilo Clark trocaram ideias com o público. Jogadores profissionais como Caio Oliveira e Matheus Yago dividiram a quadra, curtiram o som do DJ e reforçaram a conexão entre diferentes gerações do basquete. Até as crianças participaram, pintando e colando adesivos, exercitando criatividade e pertencimento desde cedo.

Mais de 100 pessoas formaram times, ocuparam a quadra e viveram a rivalidade saudável que só o basquete de rua proporcionou. Mas, acima de tudo, se respeitaram. Em um parque de alta circulação, o evento atraiu não apenas convidados, mas também quem passava por ali, e que bom. Curiosos viraram parte da roda.

O Basqueart existiu ali para entrelaçar quebradas, produtores, artistas e jogadores com um mesmo propósito: garantir continuidade. A iniciativa acreditou na união entre comunidades e na troca de saberes. Cada veterano que ensinou, cada jovem que aprendeu e cada território que se abriu para o outro fortaleceram essa rede.

Arte, esporte, diálogo e ação.
Esse foi o Basqueart.
E no ano que vem, tem mais.