HOJE
A POSIÇÃO 1!
Por Gustavinho Lima
A Prancheta do Gustavinho selecionou 12 armadores para ficar de olho na temporada 2023/24 do NBB CAIXA; confira a análise do pós-jogador
“O armador é o técnico dentro de quadra”.
Tá aí uma frase que não sai de moda no basquete!
Por mais que o esporte da bola laranja possa evoluir e os sistemas de jogo constantemente alterados, nenhuma equipe vencedora pode abrir mão de ter um bom armador para organizar o jogo.
O armador é a cabeça pensante da equipe, que controla o ritmo do time e sempre procura envolver seus companheiros em quadra.
Estar em sintonia com o treinador e também saber otimizar o potencial de cada parceiro de time, possivelmente são as principais funções dos jogadores da “posição 1”.
No entanto, com as demandas do basquete moderno, se tornou obsoleto o armador que não é capaz de pontuar. Aliado a função de pensar o jogo e dar bons passes, é fundamental que os armadores sejam agressivos em relação à cesta.
Conseguir criar vantagens é objetivo de um time de basquete e ter “facilitadores” para enxergar essas possibilidades torna tudo mais fácil.
Em espanhol o armador é chamado de “base”. Nada mais natural para esses jogadores que normalmente são a base de qualquer time de basquete.
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Um time só de armadores para ficar de olho no NBB CAIXA 23/24
12 – Davi Rossetto – Cerrado
Tem que respeitar, Davi já venceu o prêmio de melhor armador da Liga em 2015/16 e se sagrou campeão da Liga vestindo a camisa do Flamengo no NBB 2018/19.
O armador é possivelmente o jogador mais identificado com o projeto do “Carcalion”. Foram oito temporadas vestindo a camisa do Fortaleza Basquete Cearense, onde além do prêmio de melhor armador, se sagrou campeão da LDB onde foi eleito MVP.
Davi se despede da equipe cearense, rumo à Brasília, com a missão de liderar a jovem equipe do Cerrado.
Vindo de uma temporada de altos e baixos, Davi tem basquete de sobra para recuperar o protagonismo sob o comando do treinador Régis Marrelli que também volta à ativa procurando se estabelecer novamente como um dos principais técnicos do país.
11 – Cauê Verzola – Vasco da Gama
Armador que joga de cabeça erguida e entende muito do jogo. Criado nas categorias de base de Franca, Cauê passou por vários times do cenário nacional sempre sendo produtivo e demonstrando ser um bom passador.
Seu basquete não se traduz em números tão expressivos, mas normalmente sempre toma boas decisões dentro de quadra.
Troca a Unifacisa pelo Vasco da Gama onde será um dos responsáveis pela organização do time. Ao seu lado na armação conta com o jovem Eugenius que vem de boa temporada vestindo a camisa do Pinheiros. O ala/armador é mais agressivo em relação à cesta e por terem estilos diferentes poderá formar uma interessante dupla ao lado do Cauê e oferecer diferentes possibilidades ao elenco vascaíno.
Mais dois nomes promissores estão à disposição do técnico Léo Figueiró no Vasco. Um deles é Alecxander Vernizzi, que foi um dos líderes de assistências da LDB na edição 21/22 pelo Praia Clube de Uberlândia, além do prata da casa Euller de 20 anos, que nessa temporada foi o destaque do time carioca na Liga de Desenvolvimento de Basquete.
10 – Lucas Lacerda – Mogi das Cruzes
“Um bom filho à casa torna”. Nessa temporada o armador vestirá as cores do Mogi Basquete, clube que o lançou no basquete adulto.
Velocidade é o lema de Luquinhas! Sempre jogando em alta voltagem, o armador fez ótimos números atuando pelo Rio Claro. Foram 12,3 ppj e 4,5 as na última temporada. Além de correr bem a quadra, tem boa mão nas finalizações. Oferece constante ameaça em relação ao aro e teve um 33/53/95 % de aproveitamento (3 pt, 2 pt e l.l respectivamente) no último ano.
O Caldeirão Hugo Ramos certamente vai abraçar o prata da casa com a sua energia característica vinda das arquibancadas. O armador de 26 anos dividirá a responsabilidade de liderar a equipe ao lado de outro xodó do torcedor mogiano. Depois de uma temporada sólida vestindo a camisa do Brasília, o ótimo defensor Guilherme Lessa está de volta à sua cidade natal. Apesar de Lessa atuar mais como um “2” pode também armar o jogo e atuando no DF figurou no top 10 de assistências da Liga com 4,6 de média. O time está bem servido com dois “pequenos gigantes” na posição 1. Lucas e Lessa sabem o que é preciso entregar à equipe e a cidade de Mogi das Cruzes neste retorno ao NBB CAIXA.
9 – Nate Barnes – Pato Basquete
O armador tem a mão quente! Com um dos melhores arremessos de 3 pontos dentre os jogadores da posição, Nate Barnes chega ao Pato Basquete para puxar a pontuação da equipe paranaense. O norte americano vem de uma excelente temporada vestindo a camisa do Paulistano onde foi um dos destaques da equipe com médias de 12,7 ppj, convertendo incríveis 79 bolas de longa distância com 40 % de aproveitamento.
Após a classificação histórica do Pato ao playoffs, o baixinho Barnes chega com a dura missão de ocupar a vaga deixada pelo ótimo armador colombiano, Romário Roque.
Para dividir a posição terá a companhia de Arthur Pecos, que sempre traz muita energia para dentro de quadra. Depois de uma boa passagem por São José dos Campos, Pecos chega para dar ritmo e velocidade ao Pato Basquete.
8 – Facundo Corvalan – Unifacisa
A evolução do armador Facundo Corvalan na reta final de campeonato foi um dos fatores que fizeram com que a Unifacisa pudesse bater de frente contra o Franca nas quartas de final do último NBB.
Nos playoffs, o armador de 24 anos mostrou seu potencial de fogo e subiu de 9,1 ppj para 15,8 no mata-mata.
Agressivo em relação à cesta, finaliza bem nas infiltrações e tem um chute consistente (18 bolas de 3 convertidas com 49 % de aproveitamento nos playoffs).
Nesta temporada irá dividir a função de armar a equipe da cidade de Campina Grande com o Vithinho Lersch recém chegado do União Corinthians. O armador sabe aproveitar bem seu ótimo QI de basquete e faz bom uso do “pick and roll” para criar vantagens.
A Unifacisa pensou seu elenco peça por peça e vem forte para temporada 23/24.
7 – Diego Figueredo – São José dos Campos
Tão bom no passe como nos arremessos de longa distância, “el chiquito” Figueredo, somou 14,2 pontos e 6,4 assistências na última temporada e merece ter seu contrato renovado no Águia do Vale.
Basquete é um esporte de confiança e Dieguito demonstrou estar totalmente à vontade vestindo a camisa do São José. Um dos fatores para tamanha segurança é ter seu irmão Sebastian Figueiredo como técnico da equipe.
A sintonia entre os hermanos funcionou e o plano tático do treinador pôde ser posto em prática pelo “base” em quadra.
Diego Figueredo é um especialista nas bolas de três pontos. Só no último ano foram 85 certas com 40 % de aproveitamento. E na temporada 23/24 terá a companhia de outro “gatilho” na armação. O São José garimpou bem o mercado e trouxe o jovem Augusto de 24 anos, que jogando pelo União Corinthians teve 14,4 ppj e 3,2 as e matou 80 bolas de 3, com 37% de aproveitamento além de ter sido campeão do torneio de 3 pontos do Jogo das Estrelas.
Pode se esperar uma chuva de bolas triplas oriundas da dupla de armadores joseenses no próximo NBB CAIXA.
6 – Heissler Guillent – Franca
Em ótima fase na carreira, o armador de 36 anos chega ao Sesi/Franca após ter sido eleito MVP da Liga venezuelana, onde registrou médias de 15,9 pontos, 6 assistências e 4,5 rebotes.
As atuações memoráveis vestindo a camisa do Guaros de Lara lhe renderam a titularidade na seleção da Venezuela na última Copa do Mundo, onde foi titular e novamente teve bons números: 9,8 ppj, 6,6 as e 1,8 reb.
A diretoria francana se esforçou para manter o nível de competitividade ao perder Georginho. Não é nada fácil substituir o jogador mais eficiente e último MVP das finais, mas a comissão técnica garimpou bem o mercado ao escolher um jogador de muita personalidade que também está acostumado a vencer.
No banco quem sempre aporta boas coisas é Santiago Scala. Atirador de elite e frio nos momentos decisivos, o argentino atua mais na posição 2 mas também tem capacidade e qualidade para organizar o jogo. Santiago está na lista da seleção argentina na disputa dos jogos Pan Americanos 2023.
5 – Ricardo Fischer – São Paulo
Ricardo vem de uma temporada muito sólida onde na primeira metade do último NBB, foi o principal destaque do Brasília com médias de 14,3 pontos e 5,2 assistências.
Suas atuações chamaram a atenção do Flamengo que contratou o armador para a segunda metade do campeonato. Na Gávea, Fischer foi a melhor opção na armação do time, deixando sentados no banco de reservas dois famosos armadores argentinos, Vildoza e Aguirre. No time carioca acumulou novamente bons números, 10,4 ppj e 3,1 as.
Ricardo é um armador pontuador, certamente tem um dos melhores tiros de 3 pontos na posição e em um time dirigido por Bruno Mortari, fundamentalmente conhecido por arrancar o melhor potencial ofensivo de seus comandados, pode ter um ano de sucesso.
O tricolor perdeu Élinho Corazza para o rival Corinthians mas foi ligeiro no mercado e conseguiu uma ótima peça de reposição. A diretoria sempre trabalha bem e conseguiu manter outras ótimas opções para a posição 1. Coelho é sem dúvida um dos melhores “sexto homem” da competição. Sempre jogando com extrema intensidade cumpre seu papel de pôr fogo no jogo e Corderro Bennet é excelente dos dois lados da quadra. Bennet tem atuado mais como um “2” no tricolor, mas pode também armar o jogo trazendo muita velocidade e profundidade ao elenco.
Fischer já foi eleito melhor armador do NBB e tem o feito histórico de ter anotado um triplo duplo no Madison Square Garden, agora no São Paulo chega para tentar fazer história com a camisa tricolor.
4 – Felipe Ruivo – Pinheiros
Um armador que enxerga bem o jogo e sempre envolve seus companheiros de time. Ruivo tem 25 anos e já impressiona pela excelente maturidade. Vem liderando muito bem a equipe do Pinheiros e arrancando o melhor de cada um dentro da equipe. Na temporada passada foi o melhor no índice de assistências (7,1) por erros (1,8) totalizando 3,8. e. Esse ano além de tentar manter a organização do time pode servir de mentor a outro muito bom armador. Ao seu lado na armação, Ruivo terá um dos maiores prospectos do basquete nacional. Após salto grande nos números na última temporada, onde foi líder em pontos e assistências (12,9 ppj e 3,4 as), Adyel Borges trocou o Paulistano pelo Pinheiros A companhia de Ruivo nos treinamentos do dia a dia pode ser o auxílio necessário ao talentoso armador para amadurecer seu jogo e entender que precisa melhorar sua seleção de arremessos (22% de 3 pt e 39% de 2 pt ). Com o técnico David Pelosini à frente do elenco, o Pinheiros segue revelando bons jogadores e pode ainda dar mais espaço ao armador Tico, de 19 anos. O baixinho de 1,78 cria da casa, encabeçou a lista de assistências da LDB com 8,1 passes para cesta de média e deve ter mais oportunidades na equipe principal.
3 – Franco Baralle – Minas Tênis Clube
O primeiro passo para o sucesso de uma equipe é ter um bom armador.
A diretoria do Minas se movimentou bem com a difícil missão de substituir Alexey Borges e, ao optar por Franco Baralle, fez uma jogada de mestre.
O armador argentino é muito consistente e em sua última temporada vestindo a camisa do Quimsa, foi campeão da Liga Argentina batendo o Boca Juniors na final.
Como todo “base” argentino, tem ótimo entendimento do jogo e além disso é muito perigoso atrás da linha de três pontos. Na última temporada, matou 75 bolas de 3 com 43% de aproveitamento, somando 11,3 pontos, mais 3,9 assistências e 2,8 rebotes por jogo.
Mesmo perdendo Alexey, Shaq Johnson e Wesley B.H, o time minastenista foi capaz de montar uma equipe muito interessante e entra como uma das favoritas para a edição 23/24 do NBB CAIXA.
2 – Élinho Corazza – Corinthians
Com o intuito de voltar a sonhar com títulos, o alvinegro do Parque São Jorge foi cirúrgico na escolha do seu armador principal. Além de ser uma das principais lideranças do país na atualidade, Élinho é um jogador acostumado a vencer campeonatos. Chega ao Corinthians depois de ter conquistado dois troféus de campeão no rival tricolor do Morumbi.
Armador clássico e muito impactante na Liga já há muitos anos, o maestro é o quarto em assistências da história do NBB e o maior ainda em atividade. Na última temporada foi o principal em assistências da Liga, com 7,2 passes que geraram cestas.
Bom de grupo, ainda vai ser importante no amadurecimento do jovem Gabi Campos. O armador é extremamente talentoso, mas vem de uma temporada de altos e baixos e precisa aprimorar a sua leitura de jogo. Nada melhor que ter Élinho para mostrar o caminho.
1 – Franco Balbi – Flamengo
Para a felicidade geral da nação, “El Mago” está de volta ao Flamengo. O torcedor rubro negro sentiu falta de seu armador classudo e cerebral organizando o time.
Em sua passagem no Mengão, Balbi foi bi campeão do NBB, Campeão da Copa Super 8, da BCLA e do Intercontinental da FIBA.
O armador retorna com a missão de fazer a equipe dirigida por Gustavo de Conti reencontrar o caminho dos títulos. No último ano, atuando em sua terra natal, Balbi defendeu as cores do Boca Juniors onde ficou com o vice-campeonato mas abocanhou o prêmio de melhor armador da Liga Argentina.
Nessa temporada o Flamengo montou um elenco muito forte focado em disputar todos títulos que disputar. Ao lado de Balbi, foi contratado o atlético Scott Machado que depois de muitos anos jogando fora do país chega para seu primeiro NBB. Scott é muito forte fisicamente, corre bem a quadra e pode ser uma peça importante para dar ritmo e consistência defensiva ao time do Flamengo.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e Loterias Caixas, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Sportsbet.io, Penalty, EMS e UMP e apoio IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.