Universo vence Flamengo e leva decisão do NBB para o quinto jogo

Divulgação/LNB

Dois anos depois, o Universo/BRB/Financeira Brasília voltou a vencer o Flamengo em casa. Com o ginásio Nilson Nelson lotado por 12 mil torcedores, a equipe brasiliense venceu o rubro-negro, neste domingo, por 82 a 78, na prorrogação, após empate por 70 a 70, no tempo regular. O resultado deixou a série empatada por 2 a 2 e levou a decisão do Novo Basquete Brasil (NBB) para o quinto jogo. O confronto será na HSBC Arena, no Rio de Janeiro, neste sábado (27), às 14 horas, ou domingo (28), às 10 horas.

Tanto no turno quanto no returno as equipes venceram os seus confrontos diretos fora de casa. E mesmo no playoff final, o Universo só havia vencido o Flamengo, no terceiro jogo da série melhor-de-cinco, no Rio. A última vitória do time brasiliense, em seus domínios, sobre o rubro-negro, foi em maio de 2007.

Marcelinho foi o cestinha com 24 pontos para os visitantes. Alex marcou 16 para os donos da casa. Na primeira partida da final com prorrogação, a defesa voltou a ser um diferencial para o resultado brasiliense, que contou até com vídeo motivacional feito com familiares dos atletas na preparação para o jogo. “A gente sabia que seria muito difícil e resolvemos na defesa. Vínhamos fazendo terceiros quartos negativos, mas hoje o grupo jogou muito bem, principalmente com a entrada do Mineiro”, elogiou o ala Alex.

Arthur, que marcou 14 pontos, destacou a importância psicológica do bom começo de segundo tempo. “Todo mundo fez a sua parte e fazia tempo que não atuávamos tão bem em um terceiro período.”

Para o armador Valtinho, a equipe soube lidar com a situação. “O jogo para nós era decisivo, conseguimos segurar a partida e as jogadas combinadas funcionaram. Todo mundo fez o seu papel. Foi um jogo defensivo, forte nos dois lados.”

Na opinião do técnico Lula, a série tem feito jus à qualidade dos finalistas. “O Campeonato merecia o quinto jogo, não apenas o Universo ou o Flamengo. O público compareceu em peso aos jogos e seria uma pena terminar antes da quinta partida”, avalia o treinador. “Hoje, nenhum dos times abriu uma vantagem folgada. Todo mundo ficou na corda bamba, mas nossos jogadores vieram muito motivados e envolvidos para este confronto.”

Já o Flamengo lamentou a chance desperdiçada. “A gente não fez um bom jogo”, avalia o cestinha Marcelinho. “Nosso aproveitamento foi baixo no ataque. Mas nós tínhamos este crédito de poder perder hoje”, lembra, elogiando o apoio da torcida que, para ele, foi maravilhosa. “A torcida do Fla é incrível e temos certeza que será assim na semana que vem”, completa.

Apesar de insatisfeito com o resultado, o técnico Paulo Chupeta lembrou que os dois times fizeram em quadra o que era esperado. “Foi um jogo digno de final. Nós escolhemos algumas bolas erradas, que favoreceram o contra-ataque do Universo, mas são bolas corrigíveis”, diz, confiante para o próximo confronto.

As 12 mil cadeiras do ginásio Nilson Nelson foram ocupadas por torcedores no quarto jogo da final. Com a responsabilidade de estimular o time da casa para forçar o empate, a torcida do Universo foi maioria nas arquibancadas (ocupou cerca de três quartos do ginásio), mas o rubro-negro não jogou sozinho e soube aproveitar o estímulo enviado pela torcida.

O técnico Lula Ferreira escalou o Universo com Valtinho, Alex, Arthur, Estevam e Cipriano. Paulo Chupeta colocou em quadra Hélio, Marcelinho, Duda, Jefferson e Baby e o rubro-negro impôs um ritmo forte para abrir 7 pontos, em 3 minutos, até a primeira cesta adversária. Os donos da casa viraram o placar ao final dos cinco minutos iniciais (10 a 9) e conseguiram se manter à frente a maior parte do tempo restante. O rubro-negro reassumiu uma vantagem apertada (20 a 19) nos últimos segundos, mas a parcial terminou empatada por 22.

Com dez pontos de Alex, o Universo manteve o placar sempre próximo durante todo o segundo quarto. Paulo Chupeta deixou Fred e Wagner mais tempo em quadra e, sob o comando de Marcelinho – 13 pontos no primeiro tempo -, o time fluminense conseguiu ir para o vestiário, para o intervalo, apenas um ponto à frente (34 a 33).

O terceiro quarto começou com o Universo se impondo em quadra. O time brasiliense mudou a formação – com Diego e Mineiro – apertou a marcação e melhorou o aproveitamento nos arremessos conquistando a maior vantagem no placar até então: 44 a 36. O Flamengo voltou a se aproximar (46 a 42), chegou ao empate por 54 e passou à frente com dois lances livres de Marcelinho para fechar o período por 56 a 54.

O trabalho forte das duas defesas ficava evidente pelas estatísticas. No final do terceiro quarto, os cestinhas das equipes eram o ala Marcelinho e o pivô Cipriano, ambos com 14 pontos cada um.

O Universo manteve a confiança e a determinação para buscar o quinto jogo. A defesa forte segurou o placar apertado e as duas equipes muito próximas. Com 6min20 por jogar, a vantagem dos donos da casa era de apenas um ponto (60 a 59). Depois do empate por 61, Diego levantou a torcida com uma cesta de três e o público manteve a empolgação em quadra até o fim da parcial. Nos últimos 49 segundos do período regulamentar, as equipes desperdiçaram dois ataques cada e a parcial terminou empatada por 70 a 70.

Na prorrogação, com uma forte marcação homem a homem, o Universo aproveitou a vibração da torcida, que não deixou de gritar um segundo. O time abriu 4 pontos e permaneceu na liderança, mas o Flamengo buscou a reação. Diminuiu a vantagem dos oponentes e insistiu nos ataques. Uma cesta da linha dos três de Marcelinho deixou o rubro-negro apenas dois pontos atrás, a 2 segundos do fim do jogo. Mas o Universo garantiu mais dois lances livres para fechar por 82 a 78, garantindo a igualdade na decisão.

Playoff final
Jogo 1 – Universo/BRB/Financeira Brasília 74 x 81 Flamengo
Jogo 2 – Flamengo 71 x 81 Universo/BRB/Financeira Brasília
Jogo 3 – Flamengo 99 x 78 Universo/BRB/Financeira Brasília
Jogo 4 – Universo/BRB/Financeira Brasília 82 x 78 Flamengo