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Liga Ouro

Sentiu falta

16-03-2025 | 07:45
Por Juvenal Dias

Pivô que começa a Liga Ouro sendo destaque de seu time, Wesley Sena, do Cruzeiro, revive a experiência de disputar a competição por um time mineiro, buscando o título dessa vez

É lógico que uma estreia em uma competição nacional tão aguardada como a Liga Ouro com uma derrota não é o que o Cruzeiro queria. O Cabuloso sofreu revés fora de casa para a Liga Sorocabana por 70 a 68, neste domingo (16), desperdiçando a bola do jogo e permitindo que o adversário desempatasse na sequência. Com três anos competindo dentro do basquete, já ambiciona um lugar dentro do NBB CAIXA. Para tanto, necessariamente o caminho passa pela conquista da competição de acesso. E uma das armas para o time Celeste se recuperar e mostrar que pode surpreender no seu ano de estreia é o pivô Wesley, que já tem experiência na competição e sentiu falta nos seis anos de ausência.

Wesley foi o cestinha do Cruzeiro na primeira partida da Liga Ouro 2025. Foto: João Pires/Fotojump/LNB

Wesley tem 28 anos e uma vasta experiência dentro de competições organizadas pela Liga Nacional de Basquete. Natural de Campinas (SP), com 16 anos competiu em sua primeira Liga de Desenvolvimento de Basquete na edição de 2012 com o Palmeiras. Depois teve mais duas LDBs com o Bauru Basket em 2014 e 2015. Foi com o Verdão da capital paulista que estreou no NBB CAIXA, tendo duas temporadas a partir de 2012/13.

Nas três temporadas seguintes que atuou no maior campeonato de basquete do país, Wesley foi finalista da competição. Em 2014/15 e na posterior, defendia as cores do Dragão, na equipe que tinha Robert Day, Fischer, Larry Taylor, Alex, Hettsheimeir, Murilo e Gui Deodato, e sucumbiu ao Flamengo nas decisões. Ficou de fora uma temporada, voltando a estar entre os dois melhores na única vez que o Mogi Basquete avançou tão longe dentro dos playoffs, com o time histórico de Shamell, Larry Taylor, Tyrone e Caio Torres.

Mais um ano fora, mas teve uma atuação com o Contagem Towers, time de Minas Gerais, da Liga Ouro de 2017, no qual fez 16 jogos na competição. Nunca mais participou e viu a competição sair do calendário nacional dois anos mais tarde. Com a equipe mineira, Wesley chegou à semifinal e perdeu para o AABJ-Joinville. “A Liga Ouro fez falta. É muito importante para o basquete nacional que esteja de volta. É mais um meio de revelar jogadores, novas estrelas para o futuro do basquete. Quanto mais basquete, melhor.”

+ Confira as fotos do jogo entre Liga Sorocabana e Cruzeiro

Sena anotou o mesmo número de pontos que o cestinha adversário, Danilo Penteado, convertendo 16 pontos e ainda teve sete rebotes. Pivô de 2,10m e de grande força física, o atleta que teve passagens por Botafogo, Pinheiros, Caixas do Sul Basquete, Rio Claro e retorno à Caxias, atuando seguidamente no NBB CAIXA desde a temporada 2019/20. Ocupa uma posição que é difícil dentro do basquete brasileiro e pode ser um trunfo para o Cabuloso no seu ano de estreia na Liga Ouro. “O Cruzeiro mostrou muita força, que é um time muito qualificado e que vai brigar lá nas cabeças. Esse é nosso objetivo, todo mundo está alinhado, vamos brigar lá na frente, trabalhando para que isso aconteça”, afirmou.

Independentemente da estreia com resultado negativo, Wesley soube reconhecer os méritos dos adversários e de seus companheiros para proporcionar um grande espetáculo para quem acompanhou. “Foi um prato cheio a partida de hoje, um jogo muito equilibrado, decidido literalmente nos últimos segundos. E fica aquela sensação, aquele gostinho ruim na boca, de perder um jogo desse jeito. Mas, que sirva de aprendizado e melhor perder o primeiro jogo do que deixar para sofrer derrotas lá na frente, nos momentos decisivos”.

A Liga Ouro é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com parceria oficial do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), patrocínios da Caixa Econômica Federal e Penalty e apoio oficial Genius Sports.