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Seleção Brasileira

Wlamir Eternizado

26-05-2023 | 01:20
Por Gustavo Marinheiro

No aniversário de 60 anos do bicampeonato mundial da Seleção Brasileira, Wlamir Marques é indicado ao Hall da Fama do Basquete

O basquete mundial vai homenagear um dos maiores ícones do esporte: Wlamir Marques. Foi confirmada a informação de que a FIBA incluiria o pós-jogador, de 85 anos, no Hall da Fama do Basquete – reconhecimento máximo para os atletas que fizeram contribuições significativas para a bola laranja. O anúncio oficial da homenagem aconteceu no mesmo dia que a seleção brasileira celebra 60 anos da conquista do bi mundial de basquete. A cerimônia de entrega do título será realizada durante a Copa do Mundo masculina, que acontece nas Filipinas, na Indonésia e no Japão, em Setembro.

Wlamir Marques foi considerado o 9° maior atleta brasileiro em lista realizada pela ESPN, em 2010

Conhecido como “Diabo Loiro”, Wlamir foi um dos maiores jogadores de basquete da história do Brasil. Nascido em 1940 na cidade de São Vicente, no estado de São Paulo, começou sua carreira profissional nos anos 1960 e logo se destacou como um jogador excepcional. Ele foi uma peça fundamental da lendária geração de jogadores brasileiros que conquistaram a medalha de bronze nas Olimpíadas de Roma, em 1960, e foi fundamental nas campanhas que levaram o Brasil à glória nas conquistas do Campeonato Mundial em 1959, no Chile, e em 1963, no Brasil.

Durante sua carreira como jogador, atuou pelo Clube de Regatas Tumiaru (São Vicente), XV de Piracicaba-SP, Corinthians, Tênis Clube de Campinas e Palmeiras, e como treinador dirigiu o Palmeiras, Corinthians, Tênis Clube de Campinas, Hebraica, Telesp, além de equipes femininas, como o XV de Piracicaba.

Uma das primeiras honrarias ao pós-jogador foi nomear o ginásio poliesportivo do Parque São Jorge com seu nome. Em 2021, foi eternizado no Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e duramente a cerimônia, pedia para ser homenageado pela Fiba ainda em vida. O Diabo Loiro vai além das quadras, em 1961 foi eleito o melhor atleta da América do Sul, e em 2010, em um lista idealizada pela ESPN, ficou na 9° colocação dos maiores atletas da história do brasil. Wlamir não deve comparecer à cerimônia de entrega do título na Copa do Mundo por conta da sua idade avançada, que ocasiona em dificuldades de locomoção, o que dificulta uma viagem longa para a Ásia. No entanto, se emocionou durante o anuncio:

“Estão fazendo 50 anos que parei de jogar. Mas fiquei muito emocionado. Me ligaram da Suíça na última semana. É uma emoção que me faltava. Tenho o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil, fora as outras homenagens. E essa é muito importante. O tempo vai passando e vão esquecendo”, disse Wlamir.