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um dos maiores
Por Liga Nacional de Basquete
Bicampeão pela seleção brasileira e duas vezes medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos, Wlamir Marques morreu aos 87 anos, nesta terça-feira (18/03), em São Paulo
O basquete está de luto. Wlamir Marques, um dos maiores nomes da modalidade no Brasil, morreu nesta terça-feira (18/03), aos 87 anos, após um período internado na UTI. Nascido em São Vicente, litoral de São Paulo, no dia 16 de julho de 1937, ele teve uma carreira brilhante, sendo bicampeão mundial pela seleção brasileira em 1959 e 1963, além de conquistar duas medalhas de bronze olímpicas, em Roma-1960 e Tóquio-1964.

Wlamir Marques foi um dos maiores jogadores da história do basquete brasileiro. Foto: Arquivo
Ao longo de sua trajetória como jogador, o “Diabo Loiro”, apelido que ganhou devido à sua personalidade intensa e ao seu estilo de jogo agressivo e irreverente, defendeu o Clube de Regatas Tumiaru (São Vicente), XV de Piracicaba, Corinthians, Tênis Clube de Campinas e Palmeiras. No Timão, se destacou ao lado de Amaury Pasos, formando uma das duplas mais emblemáticas do esporte nacional. Ele também ficou conhecido pela alcunha de “Disco Voador”.
Wlamir Marques era um jogador muito competitivo, com uma energia vibrante e uma garra imensa, o que lhe conferiu uma reputação de implacável e até impetuoso. Seu cabelo loiro, combinado com essa atitude feroz, fez com que o apelido se tornasse uma espécie de marca registrada. Ele será eternamente lembrado tanto por sua habilidade técnica quanto por sua excelente capacidade ofensiva.
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É uma das grandes referências da geração mais vitoriosa do basquete brasileiro, nas décadas de 1950 e 1960, sendo fundamental na conquista do bicampeonato mundial em 1959, no Chile, e em 1963, no Brasil, quando foi eleito também o MVP. Wlamir Marques conquistou ainda outras duas medalhas em Mundiais, sendo prata em 1954, em território nacional, e bronze, em 1970, na antiga Iugoslávia. Ele foi ainda uma vez prata nos Jogos Pan-Americanos (São Paulo-1963) e duas vezes bronze (Cidade do México-1955 e Buenos Aires-1959).
O “Diabo Loiro” se tornou membro do Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil em 2021 e, depois, em 2023, entrou também para o Hall da Fama da FIBA. Além disso, Wlamir Marques recebeu o Troféu Heims de Melhor Atleta da América do Sul em 1961 e a Medalha do Mérito Esportivo, duas importantes honrarias que refletem sua enorme importância para o esporte nacional e internacional.
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Ídolo do Corinthians, Wlamir Marques também foi homenageado pelo clube em duas oportunidades: nomeou o ginásio do Parque São Jorge (desde 2016) e recebeu um busto na entrada do local, em 2023, dando início ao Panteão do Basquete Corintiano, que homenageou ainda Amaury Pasos, Rosa Branca e Ubiratan.
Após se aposentar das quadras como jogador, Wlamir Marques trabalhou como treinador, dirigindo Palmeiras, Corinthians, Tênis Clube de Campinas, Hebraica, Telesp, além de equipes femininas, como o XV de Piracicaba. Ele também deu aulas na Faculdade de Santo André (FEFISA) e foi comentarista esportivo, trabalhando na extinta TV Manchete, na TV Globo e fazia parte do time de comentaristas da ESPN desde 2002.