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Duelo daspranchetas

24-05-2019 | 08:07
Por Liga Nacional de Basquete

Empatados em 1 a 1, Franca e Flamengo se enfrentam novamente no Ginásio Pedrocão, em uma série marcada por ajustes e estratégias

Sesi Franca Basquete e Flamengo estão empatados nas Finais do NBB CAIXA. Mas não é só no placar da série (1 a 1). Cada equipe dominou uma partida diante de sua torcida e justificou as grandes atuações com estratégias certeiras, em um grande duelo de pranchetas.

Agora, o desempate da série acontecerá neste sábado (25/05), no Ginásio Pedrocão, às 14h30, com transmissão ao vivo pelos canais Band, Fox Sports, ESPN e Facebook do NBB CAIXA, este que ainda apresentará programetes de pré e pós-jogo com análises de cada partida, com oferecimento da Budweiser.

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As estratégias até agora têm ditado o ritmo da série entre Franca e Flamengo, que vem rendendo grandes desdobramentos táticos até aqui.

No Jogo 1, os rubro-negros investiram em uma defesa fechada, sem dar espaços para infiltrações ou rebotes ofensivos, além, é claro, da mortal saída em transição, um dos grandes trunfos da equipe. Resultado final: 82 a 68 para o Fla, que abriu as Finais com tudo no Maracanãzinho.

A resposta francana veio de uma forma parecida no Jogo 2. A equipe da Capital do Basquete apostou em um jogo de extrema velocidade e intensidade, não só nas saídas para contra-ataque, mas até mesmo em situações de 5×5.

Na defesa, o Franca teve, entre tantos outros, o mérito de limitar o ala Marquinhos, grande destaque individual do Flamengo na temporada, a apenas quatro pontos – pior marca desde novembro de 2018. No final, vitória por 88 a 79 no Pedrocão e empate na série.

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“Mudamos um pouco nossa defesa em relação ao que fizemos lá no primeiro jogo, conseguimos alinhar e jogamos de forma mais intensa. Ganhamos consistência defensiva e no ataque conseguimos explorar um pouco mais dentro daquilo que estavam defendendo. Isso foi importante, nos deu um volume e um ritmo de jogo maior, o que foi fundamental para aumentar nosso aproveitamento nos arremessos de quadra”, falou o técnico do Franca, Helinho Garcia.

Helinho Garcia apostou no jogo veloz e intenso para o Jogo 2 (FotoJump/LNB)

Fez parte também da estratégia do Franca imprimir um ritmo intenso desde que a bola subiu. Desta forma, a equipe ficou atrás no placar apenas nos três primeiros minutos iniciais e, desde então, não largou mais a ponta do marcador e foi para o intervalo com 15 pontos de vantagem (51 a 36).

“Não conseguimos fazer uma boa defesa no primeiro tempo e eles (Franca) abriram uma vantagem logo no início. Depois, para correr atrás numa final de campeonato jogando fora de casa é bem complicado. Até reduzimos a diferença no final, mas eles acertaram ataques cruciais e conseguiram a vitória. Franca acertou os erros que cometeu no Rio, agora nós vamos acertar nossos erros para buscar a vitória no sábado”, analisou o ala/pivô Olivinha, do Flamengo, eleito MVP da Galera do Jogo 1.

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Essa pegada fulminante por parte do Franca foi bem diferente do que aconteceu no Jogo 1, em que o Flamengo, com um nítido espírito de luta e entrega durante os 40 minutos, liderou o placar desde o primeiro instante da partida até o estouro do cronômetro, com vantagem que chegou a ser de 20 pontos no segundo tempo.

“Basicamente eles foram mais velozes do que nós. Jogaram com mais velocidade no ataque, o que não aconteceu no Jogo 1, em que eles ficaram mais estáticos e nos permitiram ajustar a defesa com mais facilidade. Dentre outras coisas, acho que essa questão da velocidade acabou fazendo a diferença”, disse Gustavo De Conti.

Gustavo De Conti apontou a velocidade do Franca como um fator crucial no Jogo 2 (FotoJump/LNB)

Os rebotes também são um ponto importante dessa série. No Jogo 1, o Flamengo, time que mais pega rebotes na atual temporada do NBB CAIXA (42,5 por jogo), usou os rebotes para levar vantagem em momentos cruciais no Maracanãzinho. Foram 42 no total, sendo 12 ofensivos, com direito a 11 pontos de segunda chance. Já o Franca pegou 36 no Jogo 1.

Já no Jogo 2, o time do técnico Gustavo De Conti também pegou mais rebotes que os francanos (40 x 35), mas o time do técnico Helinho soube controlar as segundas chances do Flamengo nos momentos mais cruciais.

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No entanto, o Flamengo cresceu na partida justamente quando começou a pegar mais rebotes ofensivos. Foi no terceiro quarto, em que o time pegou seis das 12 sobras ofensivas de toda a partida só no terceiro período, quando a diferença caiu de 15 para quatro pontos.

“Até o momento em que dominávamos o garrafão e tirávamos os rebotes ofensivos deles, conseguimos uma vantagem de até 16 pontos. Depois, fomos um pouco mais devagar, perdemos alguns rebotes defensivos e demos mais volume para eles. Isso não pode acontecer e precisamos melhorar. Nossa defesa já melhorou em relação ao primeiro jogo, mas ainda precisa ser um pouco melhor, especialmente nos rebotes”, analisou o armador francano Alexey, eleito MVP da Galera no Jogo 2.

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Brilhos individuais também marcam série

Falando agora da parte individual, o Jogo 2 também foi digno de grandes atuações, tanto por parte do Franca quanto pelo Flamengo. O que dizer, por exemplo, sobre a noite de Lucas Dias?

Ele, que teve atuação bem abaixo do esperado no Jogo 1 (15 pontos, mas com 5/16 nos arremessos de quadra), tirou a zica e foi aquele Lucas Dias que todos viram até a semifinal (21,7 pontos, 5,2 rebotes, 2,2 assistências e 21,8 de eficiência nos playoffs), com duplo-duplo de 19 pontos e 10 rebotes e ainda 24 de eficiência.

“Minha atuação foi reflexo do time. No primeiro jogo não tivemos uma atitude muito boa. Hoje foi diferente, todo mundo do banco veio bem, a energia que tivemos na partida foi diferente. Não só eu, todos conseguiram contribuir, o David Jackson, o Alexey mais uma vez, o Elinho, o Jimmy, que estava com uma adrenalina fora do normal. Isso foi fundamental para a gente ter saído daqui com a vitória”, disse Lucas Dias.

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Lucas Dias se recuperou após uma partida abaixo no Jogo 1 (FotoJump/LNB)

Teve também o David Jackson, que jogou o fino após uma partida um pouco abaixo no Jogo 1 e encerrou o Jogo 2 como cestinha do Franca, com 21 pontos, além de quatro rebotes, duas assistências e 24 de eficiência.

“Sempre tento fazer um pouco de tudo, um bom chute, um pick’n roll ou um poste baixo. Estou tendo vantagem no poste baixo contra os jogadores do Flamengo por eu ser mais forte, mas provavelmente eles vão fazer alguns ajustes nisso. Isso faz parte dos playoffs, cada jogo é uma história diferente”, afirmou DJ.

Além disso, o jovem armador Alexey computou mais uma boa atuação em seus minutos de quadra (10 pontos, 2/4 nos chutes de 3 pontos, duas assistências e dez de eficiência). Já o ala Jimmy desencantou após uma atuação discreta no primeiro confronto e contribuiu com bons números na vitória francana – 12 pontos (86% de aproveitamento), quatro rebotes e 15 de eficiência.

Do lado rubro-negro, o pivô Anderson Varejão (16 pontos, cinco rebotes e 15 de eficiência) e o armador argentino Franco Balbi (18 pontos, dois rebotes, quatro assistências e 19 de eficiência) se apresentaram bem mais uma vez, mesmo com o resultado adverso para sua equipe.

Mas o grande destaque do Flamengo, de fato, é Olivinha. O “Deus da Raça” do basquete rubro-negro anotou um duplo-duplo de 19 pontos e 11 rebotes e deixou a quadra com 26 de eficiência no Jogo 2. Com isso, o ala/pivô acumula médias de 21,0 pontos, 9,5 rebotes e 27,5 de eficiência nessas Finais e ainda um desempenho de 8/11 nas bolas de 3 na série.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com os patrocínios oficiais da CAIXA, Budweiser, INFRAERO, Avianca, Nike e Penalty e os apoios de UNISAL, Açúcar Guarani, Ministério do Esporte e Governo Federal.