HOJE
Fala aí, Régis!
Por Liga Nacional de Basquete
Motivação e filosofia de trabalho: confira a entrevista exclusiva com Régis Marrelli, novo técnico do atual campeão Paulistano

Depois de perder Gustavo De Conti para o Flamengo, Paulistano anunciou o técnico Régis Marrelli, que terá um novo desafio na carreira (Divulgação/CAP)
Dois dias depois de sagrar-se campeão inédito do NBB CAIXA, o Paulistano/Corpore viu seu técnico Gustavo De Conti deixar a equipe para seguir rumo ao Flamengo. No mesmo dia, o clube alvirrubro não perdeu tempo e anunciou seu novo comandante: Régis Marrelli, ex-Universo/Vitória.
Aos 49 anos, o experiente treinador dirigirá seu quarto clube diferente no NBB CAIXA. Entre 2009 e 2013, comandou o São José Basketball. Já na temporada 2014/2015, foi técnico do Palmeiras. E por fim, nas duas últimas edições do NBB CAIXA, atuou à frente no Universo/Vitória.
No início de sua trajetória no NBB CAIXA, Régis liderou época mais áurea do basquete joseense, que agora tenta retornar à elite através da Liga Ouro. Em 2011/2012, levou o time a um título Paulista e um vice-campeonato do NBB CAIXA, o que lhe rendeu o Troféu Ary Vidal de Melhor Técnico da temporada.
Curiosamente, todos os times comandados por Marrelli até hoje foram projetos novos. O São José fazia seu primeiro ano na elite do basquete nacional na edição 2008/2009 do NBB CAIXA. Já o Palmeiras estava somente em seu terceiro ano na competição e passando por um período total de reformulação.
Em seu último clube, o Universo/Vitória, o treinador comandou as três primeiras temporadas do basquete profissional do time, com direito a uma ida às semifinais do NBB CAIXA 2016/2017. Na ocasião, acabou eliminado justamente pelo Paulistano (3 a 0) e terminou o campeonato com o troféu de bronze.
Depois de anunciado como técnico do Paulistano, Régis Marrelli concedeu uma entrevista exclusiva ao portal da LNB e falou sobre as expectativas à frente do atual campeão do NBB CAIXA e dos motivos pelo qual aceitou o novo e “diferente” desafio na carreira.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.
Confira a entrevista com Régis Marrelli:
1 – Qual é o tamanho do desafio de assumir uma equipe que acabou de ser campeã do NBB CAIXA?
“Será um desafio enorme. O Paulistano é um lugar que todo profissional gostaria de trabalhar. É um clube que tem toda estrutura, um clube muito forte em São Paulo e que te dá todas as condições de fazer um grande trabalho. Eles têm uma filosofia que gosto muito, que é de investir forte na garotada. É um clube que vem de uma conquista e hoje é o número um do Brasil. Será um grande desafio, mas sempre procuramos novos desafios. Será muito bom para mim como treinador, para me aprimorar cada vez mais e seguir crescendo, então só vejo coisas positivas nesse novo desafio”.
2 – Qual é sua expectativa para esse novo ciclo na carreira, de trabalhar com um núcleo jovem e seguir a filosofia tão característica do clube?
“O Paulistano hoje é um clube que tem que brigar para ser campeão em qualquer competição que entrar. Isso é muito legal e motivador, mostra a força que o clube tem. Espero conseguir levar esses garotos a um bom nível de excelência, para que sigam crescendo como jogadores, como pessoa e assim seguir brigando por títulos. Tudo isso soma para que o Paulistano siga uma grande equipe”.
3 – Em toda sua carreira como treinador você assumiu projetos novos (São José, Palmeiras e Vitória). Agora, chega a um clube centenário, com 10 anos no NBB CAIXA, três Finais e um título recente. Como será para você esse novo cenário em questão de trabalho?
“Realmente sempre comecei projetos. Com exceção de Mogi, em que fui assistente quase o tempo todo – só fui técnico nos últimos seis meses -, sempre cheguei nos clubes para iniciar projetos, formar equipes. Aqui no Paulistano será uma situação diferente. Aqui é um clube consolidado, fantástico para trabalhar, com tradição e conquistas, então muda um pouco. É um novo desafio. Estou com uma expectativa grande em ver como irei me adaptar e como será trabalho. É um momento em que posso crescer e, profissionalmente, sem dúvidas, será um grande aprendizado. Espero fazer o melhor trabalho possível no Paulistano”.
4 – O que te chamou a atenção para aceitar essa proposta do Paulistano? Morar em São Paulo, perto da família, estrutura do clube, filosofia de trabalho…
“São várias coisas que somaram para essa escolha. A primeira delas é a estrutura do clube. O Paulistano é formador de atletas, um clube formador de atletas, de excelência, olímpico, e que com certeza está entre as primeiras estruturas do Brasil em qualquer modalidade. Isso cativa muito e qualquer técnico quer trabalhar em um lugar com essas condições. Agora vou ficar mais perto da minha família também. Outra coisa que me agrada muito é a proposta de trabalhar. E hoje o Paulistano é uma das maiores potências do basquete brasileiro. É uma somatória de coisas. Mas principalmente a estrutura e a seriedade do trabalho do Paulistano foram os fatores que mais pesaram”.
5 – Como já falamos, o clube tem uma identidade grande com jovens, pois sempre apostou muito na base. Mas como será esse Paulistano com a “cara do Régis”?
“Chego para somar com a filosofia do clube, não vou mudar nada. A filosofia do clube é trabalhar com jovens, não fazer loucuras, revelar jogadores, pegar jogadores que não estão com nome bom no mercado e dar espaço para que possa voltar a ser um grande jogador. A ideia do clube é essa e não vamos mudar isso não. É claro que vou dar um pouco da minha cara, um pouco diferente, mas o clube já tem uma linha, só estou para somar e deixar o clube mais forte seguindo a mesma filosofia”.
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