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07-07-2017 | 03:50
Por Liga Nacional de Basquete

Novo reforço do Basquete Cearense, Betinho relembra temporada "estrelada" por Campo Mourão, revela estudo nas horas vagas e crê em boa sintonia com Carcará: “combina comigo”

Betinho viveu a melhor temporada de sua carreira com a camisa de Campo Mourão, onde se tornou um ícone na equipe (Valmir de Lara/Campo Mourão)

Um dos grandes destaques do último NBB CAIXA, Betinho está de casa nova. Depois de temporada de estrela pelo estreante Campo Mourão Basquete, o versátil ala/armador de 1,95m de altura acertou com o Solar Cearense para 2017/2018 e falou oficialmente como atleta do Carcará na terceira edição do quadro #Offseason.

Nascido em Catanduva (SP), José Roberto Nardi Duarte, de 29 anos, iniciou sua trajetória atuando por Limeira, onde era treinado por seu pai, conhecido como “Pantera”. Depois de um NBB CAIXA pela equipe de sua cidade, ficou três anos no Paulistano e mais dois no Minas Tênis Clube. Na sequência, jogou por São José e Caxias do Sul antes de parar no Campo Mourão.

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Com média de 19,3 pontos – a quarta melhor de todo o NBB CAIXA – Betinho fez a melhor temporada de sua carreira e foi o grande líder da temporada de estreia do representante paranaense. Em 22 partidas, foram 12 registrando 20 pontos ou mais pontos. Ainda por cima, foi selecionado para o Jogo das Estrelas pela primeira vez.

Depois de duas temporadas em equipes da Região Sul, o jogador atravessará o país e pousará hemisfério norte, mais precisamente no Nordeste, onde defenderá o Basquete Cearense no calor da paradisíaca Fortaleza. Na terceira edição do quadro #Offseason, Betinho falou sobre a temporada histórica em Campo Mourão e as projeções para 2017/2018, além do lazer e horas vagas na offseason.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, o patrocínio da SKY e os apoios do Ministério do Esporte e da Avianca.

Confira a entrevista exclusiva com Betinho para o quadro #Offseason:

Betinho teve média de 19,3 pontos por jogo, a 4ª maior do NBB CAIXA (Stephen Eilert/Solar Cearense)

LNB: Qual a análise que você faz dessa temporada pelo Campo Mourão. Equipe nova no NBB CAIXA, cidade nova, torcida nova, tudo novo…

Betinho: Faço uma análise muito positiva. No meu entender foi melhor do que era a projetado e colocamos o nome de Campo Mourão no cenário nacional. A torcida foi ótima, nos apoiou desde o início, abraçou o time mesmo. Foi tudo novo para mim, pois a cidade é pequena e todos nos conheciam e nos acolheram e nos apoiaram sempre. Foi realmente muito bacana essa temporada em Campo Mourão.

LNB: Você foi o 3º cestinha do NBB (19,3 ppj) e fez, de longe, sua melhor temporada na história da competição. O que mudou para que você fosse tão bem nessa temporada?

Betinho: Acho que foi uma junção de fatores. Amadureci muito depois que estive em São José. Não tive time que quisesse apostar em mim durante um tempo e isso fez eu parar e assistir muitos jogos, observar o comportamento de muitos jogadores. Com isso mudei algumas coisas em mim quando fui para o Caxias. Deu muito certo. Quando o Emerson quis fechar comigo, ele disse: “quero você cestinha do campeonato”, e essa confiança me fez muito bem. Tive a confiança total dos companheiros de time, em especial do Douglas (Nunes) e o Cauê (Verzola), que sempre diziam que eu tinha que puxar a pontuação, liderar o time em alguns aspectos e que eu era jogador para estar no Jogo das Estrelas. Isso tudo fez eu me sentir muito bem.

LNB: Qual o momento mais marcante da temporada para você? Consegue detalhar?

Betinho: Tiveram alguns momentos bem marcantes. Creio que a primeira vitória contra o Vasco lá no Rio de Janeiro; a vitória contra o Vitória em casa, quando eles ainda estavam invictos. Mas o mais marcante para mim foi o jogo contra Mogi das Cruzes, um time que tinha sido campeão paulista e sul-americano. Foi um jogaço, fiz 16 pontos no último quarto, fiz a cesta que nos deu a liderança do placar faltando 15 segundos. Depois o Douglas ainda deu um toco para ganharmos. Foi sensacional.

LNB: Você foi para o Jogo das Estrelas e inclusive por pouco não foi titular. Participou das ações sociais, disputou as Habilidades… Como se sentiu vivendo momentos de estrela?

Betinho: Foi uma experiência excelente., uma sensação fantástica estar em um evento tão grande e tão bem organizado. Vou guardar aqueles momentos para sempre. As ações que fizemos, as fotos, as brincadeiras… foi tudo muito legal, fiquei realmente muito feliz por ter feito parte de algo tão grandioso.

LNB: Consegue detalhar qual foi o melhor momento do Jogo das Estrelas?

“Meu melhor momento no Jogo das Estrelas foi conseguir jogar”, disse Betinho lembrando de lesão grave sofrida 15 dias antes (Fotojump/LNB)

Betinho: Meu melhor momento, para ser sincero, foi conseguir jogar. Por isso tenho que agradecer ao fisioterapeuta Kadu Aldrigue, do Campo Mourão. Tive uma lesão feia 15 dias antes do Jogo das Estrelas e ele me disse: “vou te fazer estar em condições de ir”. Dito e feito. Realizei o sonho de estar lá e jogar, então esse foi o melhor momento pra mim. Na hora que fui apresentado e entrei em quadra foi fantástico. Nunca vou esquecer.

LNB: Agora contratado pelo Basquete Cearense, o que espera dessa temporada em mais um time novo?

Betinho: Espero manter o basquete que joguei nas últimas temporadas. Sei que o (Alberto) Bial presa muito pelo grupo e espero que eu me dê bem com todos. Já recebi mensagens do Léo (Waszkiewicz) e do Davi (Rossetto) me dando boas-vindas. Com tudo isso estou ainda mais empolgado e motivado para essa temporada.

LNB: O que mais chamou sua atenção para aceitar essa proposta do Basquete Cearense?

Betinho: O que me chamou atenção, em primeiro lugar, foi que senti que me querem lá desde a primeira conversa. Senti que eu realmente era a primeira opção deles. Me chamou muito a atenção também a ambição e onde o time quer chegar depois de uma temporada não tão boa. E pensando um pouco, acho que o estilo de jogo deles combina com o meu e isso pesou também.

LNB: Nas duas últimas temporadas você morou no Sul (Caxias do Sul e Campo Mourão). Agora, Fortaleza. Será sua sétima cidade diferente no NBB CAIXA. O que espera dessa nova experiência no Nordeste?

Betinho: Fortaleza é uma cidade muito bonita, bem diferente de todas que joguei até então por ser muito quente e ter praia. Vou ter que me adaptar, mas acho que não será um problema. Quero criar vínculo com a cidade e ficar bons anos por lá.

Muito feliz em anunciar minha ida ao Solar Cearense e ao Nordeste, estou muito empolgado para essa próxima temporada, tenham certeza que darei o meu melhor a cada minuto que vestir essa camisa! Vamos levar o Carcará muito longe! Muito ansioso pelo início! Quero aproveitar e agradecer ao @albertobial e toda a diretoria que estão confiando em mim para estar vestindo uma camisa importantíssima do basquete brasileiro! 🔜☀️ #betinho26 #SouCarcará #SolarCearence #nikebasketball #NBB10 . . . . . Seja bem-vindo, Betinho. O ala-armador @BetoNardi é o primeiro reforço do Carcará para a próxima temporada do @NBB. O atleta ficou entre o Top 5 de cestinhas da temporada 2016-17, com 19.3 pontos, e o foi o grande destaque da excelente campanha da equipe do @CampoMouraoBasquete #SouCarcará

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LNB: O que gosta de fazer nas horas vagas? E olha que durante a temporada são poucas essas horas vagas…

Betinho: Nas horas vagas eu gosto de jogar meu videogame, isso não pode faltar de jeito nenhum (risos). Vejo muito seriado também, gosto muito de juntar os amigos para um churrasco ou sair para algum barzinho se divertir um pouco. Gosto muito de assistir futebol e ver NBA, sou viciado nesses dois esportes. Eu estudo também, faço faculdade à distância, curso de Administração, então tento conciliar um pouco de tudo. Terminei agora o 7º semestre, logo me formo.

LNB: Nesse período de offseason, o que você tem feito e o que planeja fazer antes de se apresentar para os treinos no Basquete Cearense?

Betinho: Geralmente eu treino com meu pai, que foi meu técnico desde pequeno, e faço academia para manter um ritmo legal. Mas esse ano foi um pouco diferente, me machuquei no primeiro jogo dos playoffs e tive que passar por uma cirurgia no braço, aí mudou tudo. Depois de um mês e meio da cirurgia, com tala no braço, pude voltar às atividades física e fui liberado para começar fisioterapia e ir evoluindo. Tenho um caminho longo pela frente ainda, mas já completaram 10 semanas, e com 12 semanas estarei liberado para treinar com bola. Planejo me apresentar em um bom ritmo para estar 100% na pré-temporada. Tudo está indo super bem e até adiantado, não vejo a hora de voltar às quadras e fazer o que mais gosto.