HOJE
Os craquesda nova era
Por Liga Nacional de Basquete
Luka Doncic? Spanoulis? Veja 11 estrelas do basquete mundial que já disputaram a Copa Intercontinental em sua "era moderna"
A Copa Intercontinental Clubes foi disputada pela primeira vez em 1966 e teve 21 edições até o ano de 1987, com uma competição extra em 1996. Depois de 17 anos fora do calendário da FIBA, o torneio foi reativado em 2013 e desde então já teve cinco edições.
Muitas lendas da história recente do basquete mundial já entraram em quadra na “era moderna” da Copa Intercontinental – 2013 a 2017. Vamos relembrar alguns deles?
Sergio Llull (Real Madrid) – 2015
Um dos maiores nomes da história do basquete europeu, o armador espanhol Sergio Llull veio ao Brasil em 2015 defender o Real Madrid (ESP) na Copa Intercontinental contra o Bauru.
No Ginásio do Ibirapuera, o lendário jogador registrou 17 pontos na derrota dos merengues para o Dragão no Jogo 1 (91 a 90) e 21 pontos na grande vitória no Jogo 2 (91 a 79), que rendeu o título aos espanhóis.
Aos 32 anos, Sergio Llull tem 12 anos ininterruptos de Real Madrid e, com diversos títulos e momentos marcantes, se firmou ídolo máximo por lá. Há quem diga que ele é tão ídolo quanto Cristiano Ronaldo na cidade madrilena. Chegou até a recusar uma proposta do Houston Rockets (NBA) para permanecer em Madrid.
Com a camisa merengue, foi bicampeão da Euroleague (2015 e 2018), com direito a um troféu de MVP em 2017, e tetracampeão da Liga ACB. Pela seleção da Espanha, tem três títulos do Eurobasket (2009, 2011 e 2015) e foi duas vezes medalhista olímpico (prata em Londres 2012 e bronze no Rio 2016).
Vassilis Spanoulis (Olympiacos) – 2013
A palavra “lenda” se encaixa perfeitamente para Vassilis Spanoulis. O grego de 36 anos é, sem dúvida alguma, um dos maiores atletas de todos os tempos não só de seu país mas de todo o universo FIBA.
Em 2013, depois de ser campeão, MVP e MVP do Final Four da Euroleague 2012/2013 com o Olympiacos, Spanoulis veio ao Brasil para enfrentar o Pinheiros, campeão da Liga das Américas 2013.
Nas partidas realizadas em Barueri (SP), a lenda grega registrou 18 pontos e nove assistências no Jogo 1 (81 a 70) e seis pontos e sete assistências no Jogo 2 (86 a 69) contra o time pinheirense e foi eleito o MVP do torneio.
Em seu currículo, Spanoulis acumula as disputas de dois Jogos Olímpicos (2004 e 2008) e dois Mundiais (2006 e 2010) e os mais variados títulos. Pela seleção da Grécia, foi campeão do Eurobasket 2005 e vice do Mundial 2006.
Já por clubes, foi tricampeão da Euroleague (2009, 2012 e 2013), sendo MVP do Final Four em todas, MVP da Euroleague 2012/2013, sete vezes campeão da liga grega e campeão da Copa Intercontinental 2013 – tudo pelos gigantes Panathinaikos e Olympiacos.
Aos que o viram jogar, sintam-se honrados: vocês dificilmente verão alguém com tamanha classe e poder de decisão. Aos que ainda não viram, apressem-se e tentem pegar os últimos passos da carreira desse gênio do basquete mundial.
Georgios Printezis (Olympiacos) – 2013
Outra lenda do basquete grego veio ao Brasil em 2013 para enfrentar o Pinheiros foi o ala/pivô Georgios Printezis – ídolo máximo do Olympiacos com mais de 15 anos atuando pelo clube.
Nas partidas em Barueri (SP), o renomado atleta começou fazendo um Jogo 1 discreto, com seis pontos e quatro rebotes (81 a 70), mas se redimiu marcando 16 pontos e três sobras no Jogo 2 (86 a 69).
Em 15 temporadas anos pelo Olympiacos, Printezis foi bicampeão da Euroleague (2012 e 2013), sendo que em 2012 foi autor da bola do título na final contra o CSKA Moscow.
Além disso, foi tricampeão da liga grega e campeão da Copa Intercontinental 2013 com a camisa do clube do município de Piraeus (GRE).
Pela seleção da Grécia, foi medalha de bronze no Eurobasket 2009 e disputou os Mundiais de 2010 e 2014, além dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e de três edições do Eurobasket.
Nate Robinson (Guaros de Lara) – 2017
Quem aí se lembra do Nate Robinson? Aquele baixinho de 1,75m de altura, ex-New York Knicks, que foi tricampeão do Slam Dunk Contest (torneio de enterradas) da NBA, sendo que em uma delas pulou o pivozão Dwight Howard em 2009.
O icônico atleta jogou a Copa Intercontinental 2017 pelo Guaros de Lara (VEN) contra o Iberostar Tenerife (ESP), curiosamente ao lado de Zach Graham, do Universo/Brasília, cestinha da atual temporada do NBB CAIXA.
Na ocasião, Nate Robinson foi autor de 12 pontos e seis assistências, mas não evitou a derrota do time venezuelano para o Tenerife, que foi o campeão ao vencer o jogo único, na cidade de Tenerife (ESP), por 76 a 71.
Em seu currículo, Nate Robinson acumula passagens por oito franquias da NBA (New York Knicks, Boston Celtics, OKC Thunder, Golden State Warriors, Chicago Bulls, Denvere Nuggets, LA Clippers e New Orleans Pelicans).
Marcelinho Machado (Flamengo) – 2014
Talvez essa seja a maior lenda do nosso basquete brasileiro atual. Marcelinho Machado atuou na Copa Intercontinental 2014 e foi o responsável por levantar o troféu da maior conquista da história do basquete rubro-negro.
O agora ex-jogador, na época com 38 anos, entrou na decisão do título mundial contra o Maccabi Tel-Aviv com status de campeão e MVP do Final Four da Liga das Américas 2014.
Já dentro de quadra, teve atuação mais discreta e totalizou nove pontos somando as duas partidas. No entanto, participou de momentos importantes e contribuiu com toda sua experiência e liderança para o inédito título do Flamengo.
Falar da carreira de Marcelinho é como chover no molhado. Se tratando de NBB CAIXA, foram dez edições defendendo o Flamengo, com direito a cinco títulos, dois troféus de MVP, dois de Melhor Ala e três de cestinha, além de um prêmio de Melhor Sexto Homem. De quebra, deixou a cena como segundo maior cestinha e líder histórico em bolas de 3 pontos da competição, com 974.
Já pela Seleção Brasileira, o eterno camisa 4 foi o primeiro atleta brasileiro dos esportes coletivos a ser tricampeão Pan-Americano, além de se tornar o jogador com maior número de participações em Copas do Mundo na história do basquete masculino, com cinco (1998, 2002, 2006, 2010 e 2014).
Jeremy Pargo (Maccabi Tel-Aviv) – 2014
O armador norte-americano Jeremy Pargo, ex-Memphis Grizzlies, Cleveland Cavaliers e Philadelphia 76ers, teve uma passagem para lá de marcante na Copa Intercontinental 2014.
Com a camisa do Maccabi Tel-Aviv, o baixinho de 1,85m de altura era “o cara” do time israelense e barbarizou a defesa do Flamengo em 2014, com média de 24,5 pontos nas duas partidas.
Teve enterrada, várias bolas de 3 e lances incríveis. E ele era abusado, hein? Provocou os mais de 15 mil torcedores do Flamengo e deixou um clima bastante hostil na Jeunesse Arena. Pena que não deu certo, né?
Sua carreira de NBA não foi muito longa – só Grizzlies, Cavs e 76ers -, mas ao redor do mundo, Pargo já jogou em Israel, Rússia, China, Itália e Líbano.
Atualmente, com 32 anos, o baixinho retornou ao Maccabi Tel-Aviv para a disputa da Euroleague, em que tem média de 6,3 pontos e 2,7 rebotes.
Luka Doncic (Real Madrid) – 2015
Quem diria que o mais novo fenômeno da NBA Luka Doncic já disputou uma Copa Intercontinental… E foi aqui no Brasil, em 2015, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo (SP).
Na época, o esloveno tinha apenas 16 anos e ainda dava seus primeiros passos no time adulto do Real Madrid. Aquela, inclusive, foi a primeira viagem do atleta com o time profissional.
Luka ainda era desconhecido e pouco badalado. Tem até história de que um fã brasileiro pediu para ele fotografá-lo com outras estrelas do Real. Dá para acreditar?
Em quadra, o garoto de 16 anos jogou apenas sete minutos no Jogo 1, em que não pontuou e registrou dois rebotes e uma assistências, e 16 minutos no Jogo 2, no qual deixou a quadra com quatro pontos e dois rebotes.
Depois do título sobre Bauru, Luka teve seu “boom” e estourou no basquete europeu. Foi tricampeão da Liga ACB, com direito a prêmio de MVP em 2018, além de ter sido campeão, MVP e MVP do Final Four da Euroleague 2018 antes de partir para a NBA.
Hoje, prestes a completar 20 anos, Doncic é “o cara” do Dallas Mavericks e um dos principais jovens que a NBA já viu. Suas médias são de “apenas” de 20,7 pontos, 7,2 rebotes e 5,6 assistências por partida em sua primeira temporada da liga.
Alex Garcia (Bauru) – 2015
Esse é outro que merece todas as reverências do mundo. Um dos nomes mais respeitados nas Américas, Alex Garcia liderou a campanha do Bauru até a disputa da Copa Intercontinental 2015 e foi o capitão da disputa contra o Real Madrid no Ginásio do Ibirapuera.
O Brabo, que foi MVP do Final Four da Liga Sul-Americana e da Liga das Américas 2015, registrou 12 pontos, oito assistências e sete rebotes na vitória sobre o Real no Jogo 1 (91 a 90) e mais 14 pontos, quatro rebotes e três assistências na derrota no Jogo 2 (91 a 79).
E que carreira tem Alex Garcia, hein? Internacionalmente, ele já atuou no Maccabi Tel-Aviv (ISR), onde foi vice-campeão da Euroleague, e também na NBA, onde defendeu San Antonio Spurs e New Orleans Hornets.
Em solo nacional, defendeu COC/Ribeirão Preto, Universo/Brasília e Sendi/Bauru e acumulou as seguintes conquistas: cinco títulos do Campeonato Paulista, seis nacionais, sendo quatro deles no NBB CAIXA, um troféu de MVP do NBB CAIXA, sete de Melhor Ala e oito de Melhor Defensor, além de um de MVP das Finais.
Já no âmbito continental de clubes, Alex é tricampeão da Sul-Americana (MVP na edição 2014), bicampeão da Liga das Américas (MVP na edição 2015) e vice-campeão da Copa Intercontinental.
Pela Seleção Brasileira, foram quatro Copas do Mundo (2002, 2006, 2010 e 2014) e duas Olimpíadas (Londres 2012 e Rio 2016), além de dois ouros nos Jogos Pan-Americanos (2003 e 2007), dois títulos da Copa América (2005 e 2009) e o vice-campeonato no Pré-Olímpico de 2011 em Mar Del Plata (ARG), que colocou o Brasil de volta em uma Olimpíada depois de 16 anos de ausência.
Fran Vázquez (Iberostar Tenerife) – 2017
Os mais novos podem não conhecer, mas o pivô espanhol Fran Vázquez é um nome para lá de respeitado na Europa e, em 2017, foi campeão da Copa Intercontinental pelo Iberostar Tenerife (ESP) contra o Guaros de Lara (VEN).
Aos 35 anos, o veterano de 2,09m de altura atuou por apenas dez minutos contra o Guaros e totalizou quatro pontos e oito rebotes. Sua equipe venceu o jogo único da decisão, por 76 a 71, e conquistou o inédito título.
Fran Vázquez possui um currículo de respeito, com lindas trajetórias no Unicaja Málaga e principalmente no Barcelona, onde conquistou a maioria de seus títulos, como a Euroleague 2010 e o tricampeonato da Liga ACB.
Além das plásticas cravadas que sempre deu, o gigante de 2,09m se destaca muito pelos tocos. Não à toa, é líder histórico do fundamento na Euroleague e também na Liga ACB. De quebra, detém o recorde de tocos em um só jogo da ACB, com 12, e possui um prêmio de Melhor Pivô da liga espanhola em 2009.
O brilho do jogador, que chegou a ser selecionado pelo Orlando Magic na 11ª posição do Draft de 2005, não foi o mesmo pela seleção da Espanha, em que atuou somente no Eurobasket de 2005 e também no Mundial de 2010.
Atualmente, Vázquez defende o CAI Zaragoza na Liga ACB e tem médias de 7,1 pontos e 4,7 rebotes (10,5 de eficiência).
Walter Herrmann (Flamengo) – 2014
Esse não podia faltar na lista das “lendas” da Copa Intercontinental.
Campeão olímpico em 2004 pela seleção da Argentina e ex-NBA, o ala/pivô Walter Herrmann defendeu o Flamengo na Intercontinental 2014 e foi um dos grandes nomes do histórico título rubro-negro.
Nas duas partidas contra o Maccabi Tel-Aviv, na Jeunesse Arena, Herrmann ficou em quadra por 30 minutos em ambas e marcou respectivos nove e oito pontos.
Durante a festa do título, o argentino foi um dos mais festejados pela torcida e seguiu sua tradição de subir no aro para comemorar a conquista.
Com nada menos que um ouro olímpico em 2004 pela seleção de seu país e três temporadas na NBA (com passagens por Charlotte Bobcats e Detroit Pistons), Herrmann ainda possui em seu currículo dois prêmios de MVP da liga argentina, em 2001 e em 2014, ambos com o Atenas de Córdoba.
Em sua trajetória de cinco anos pela Espanha, o argentino defendeu Unicaja Málaga, Fuenlabrada e Baskonia e conquistou nada menos que um troféu de MVP da Liga ACB em 2003, pelo Fuenlabrada.
Atualmente, Herrmann defende o Atenas de Córdoba (ARG) e inclusive está na disputa da Liga das Américas 2019 com Paulistano/Corpore e Sesi Franca em um dos grupos semifinais da competição.
Shamell (Pinheiros) – 2013
Não tem como não falar de Shamell. O maior cestinha da história do NBB CAIXA teve uma aparição para lá de expressiva na Copa Intercontinental 2013, quando defendia o EC Pinheiros.
Na ocasião, o ala norte-americano havia acabado de ser campeão e MVP da Liga das Américas 2013 e entrou na Intercontinental contra o Olympiacos como grande nome do time pinheirense.
No entanto, nada disso foi capaz de pará-lo. Shamell foi autor de 26 pontos no Jogo 1 e marcou 27 pontos no Jogo 2 contra o time de Spanoulis, Printezis e Cia, então campeão da Euroleague.
Em 15 anos de basquete brasileiro, o norte-americano de Fresno, na Califórnia, foi bicampeão Paulista, campeão e MVP da Liga das Américas 2013 e também da Liga Sul-Americana 2016 – tudo isso por Pinheiros e Mogi.
No âmbito do NBB CAIXA, Shamell se firmou como maior cestinha da história do campeonato, com 6.969 pontos, e conquistou nada menos que dois troféus de Cestinha (2013/2014 e 2014/2015) e três de MVP do Jogo das Estrelas (2009, 2016 e 2017).
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