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NBB Caixa

Ataque: 1Defesa: 0

08-05-2017 | 10:32
Por Douglas Carraretto

Nos números, ataque potente contra melhor defesa. Na quadra, a superioridade ofensiva: veja como foi a vitória do Pinheiros no Jogo 1 da semifinal contra Bauru

Pinheiros fez 98 pontos na melhor defesa do NBB CAIXA e comprovou grande fase da equipe (Daniel Vorley/ECP)

Quiseram as coincidências do basquete que um dos confrontos semifinais colocasse frente a frente a melhor defesa contra um dos ataques mais potentes do campeonato. É de se imaginar o quão empolgante e emocionante foi esse embate. E foi exatamente assim que Gocil/Bauru Basket e EC Pinheiros abriram as semifinais da temporada 2016/2017 do NBB CAIXA.

De um lado, o Dragão chegou à semifinal como dono da melhor defesa das quartas (78,7 pontos sofridos), e também de toda a competição (75,2 pontos sofridos). Do outro, o time pinheirense apresentou a força do segundo melhor ataque das quartas de final (85,6 pontos por jogo) e também de toda a atual edição (81,9 pontos por jogo). E no Jogo 1 da série, o arsenal ofensivo levou a melhor.

Atuando em casa, no Ginásio Poliesportivo Henrique Villaboim, a equipe do técnico César Guidetti anotou 98 pontos e enfrentou a defesa bauruense com um mortal jogo de um contra um, com Holloway e Bennett abertos e Gemerson no poste baixo, além de um ótimo aproveitamento nas bolas de 3 pontos (12/29 – 41,1%), com Renan Lenz e Holloway com cinco convertidas cada, e um incrível jogo de transição.

+Confira mais estatísticas e detalhes sobre a vitória do Pinheiros por 98 a 86 sobre Bauru

“Encontramos uma forma de jogar que está nos dando muito volume. Dentro disso alguns atletas têm tido porcentagens alta e fazendo muitos pontos, isso nos dá volume e sempre acabamos fazendo muitos pontos. Hoje o Renan também foi muito bem. Sempre tem alguém que vem junto, por isso sempre chegamos perto dos 90, 95 pontos. Assim nos tornamos uma equipe ainda mais competitiva”, comentou o ala/pivô Teichmann.

Desmond Holloway, que por sua vez teve média de 21,8 pontos na série quartas de final contra o Flamengo, mostrou um leque variado de ações ofensivas, como já é de costume. Nem mesmo as diversas variações defensivas, como mudanças de marcador individual e uma pressão meia quadra, foram capazes de para o camisa 22, que fez 32 pontos.

Com 32 pontos, Holloway foi mais uma vez decisivo para o Pinheiros (Daniel Vorley/ECP)

Com o desempenho, Holloway igualou sua segunda maior marca na temporada, que curiosamente foi registrada na incrível vitória pinheirense no Jogo 4 da série contra o Flamengo (102 a 98), também no Ginásio Henrique Villaboim. Além disso, o norte-americano ainda pegou oito rebotes, deu quatro assistências e deixou a quadra com 35 de eficiência, também sua segunda melhor na atual edição.

“Sempre digo que ele (Holloway) tem um talento individual muito grande. Ele chegou nesse momento do campeonato muito bem, está chamando a responsabilidade e assimilando o que tem sido pedido. Ele é muito procurado em quadra, toda defesa quer anular ele, mas temos estudado esses momentos de pressão e dobra. Estamos mostrando isso a ele, dando opções para ele sair. Ele tem aceitado muito bem e correspondido em quadra”, disse o técnico César Guidetti.

Mas não é só Holloway e Bennnett, este que registrou 17 pontos e sete assistências, que constroem as grandes atuações ofensivas da equipe pinheirense. Alguns coadjuvantes também têm roubado a cena e feito a diferença, como fizeram na partida desta segunda-feira o ala/pivô Renan Lenz, autor de 19 pontos, e o ala Gemerson, que mostrou boa variação de recursos e anotou 18 pontos.

“Os norte-americanos puxam os outros jogadores, mas creio que cada um tem entendido sua função dentro do grupo. Isso para mim tem sido fundamental. Cada um tem uma bola melhor, e eles tem entendido e estão confiantes. Todos ganharam muita confiança depois do playoff contra o Vasco e mantivemos isso contra o Flamengo. Não queremos mudar muita estratégia para manter essa pegada que estamos”, concluiu o técnico do Pinheiros.

Com fôlego em dia e muita velocidade, Pinheiros abusou e usou do jogo de transição (Daniel Vorley/ECP)

É de se valorizar, e muito, o forte jogo de transição do clube da capital paulista. Com elenco repleto de atletas velozes, como Holloway, Bennett e Neto, o Pinheiros abusou e usou dos das bandejas e bolas de 3 nos contra-ataques e com isso quebrou a experiência da defesa do Bauru. Mesmo vindo de duas séries de playoffs de cinco jogos, fôlego é o que não falta.

“Temos jogadores velozes que jogam muito bem em transição, e é isso. Jogamos com muita velocidade na transição, organizadamente e tentando diminuir o número de erros, pois a um jogo assim causa mais erros naturalmente. Estamos conseguindo isso e os placares dos últimos jogos têm mostrado”, finalizou o comandante do Pinheiros.

“Nosso time é muito rápido, que joga muito na transição. Estamos fazendo isso o tempo todo. Temos que exaltar nossa preparação física, que nos deu condições de correr até o final das partidas. Esse tem sido nosso diferencial. Viemos de duas séries duras, mas vamos descansar para manter o ritmo no Jogo 2”, acrescentou Ansaloni, pivô do Pinheiros.

Depois de vencer a melhor defesa no primeiro round da semifinal, o poderoso arsenal do Pinheiros terá mais um teste no Jogo 2 da série, que será no próximo sábado (13/05), no Ginásio Panela de Pressão, em Bauru (SP), com transmissão ao vivo da Band e do SporTV.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, Nike e Avianca e o apoio do Ministério do Esporte.