Bola pra frente

Alex, Hernandez e Vidal falaram sobre a eliminação do Brasília (Brito Junior/Divulgação)

O NBB parou nas quartas de final mais uma vez para o UniCEUB/BRB/Brasília. Assim como na temporada anterior, a equipe da capital federal acabou eliminada na segunda rodada das Finais da edição 2013/1014 para o São José/Unimed.

Depois da dura desclassificação, o time candango ainda tenta encontrar motivos para a derrota por três jogos a zero para o algoz São José. No início da tarde desta segunda-feira, dois dos principais personagens da equipe falaram sobre o ocorrido.

Durante coletiva de imprensa, realizada na capital federal, o experiente ala e capitão do time, Alex Garcia, e o técnico argentino Sergio Hernandez, que viveu sua primeira temporada em solo brasileiro, comentaram a eliminação e deixaram claro o sentimento de frustração.

“Temos um time que joga junto há muito tempo e, de repente, chega um treinador argentino, que tinha muita expectativa, assim como eles. Claro que eu posso ter cometido alguns erros, foi o que falei com eles, nos dois primeiros meses aqui, eu li muitas informações, e acabava tentando inovar demais. Com isso acabamos perdendo um pouco do foco”, explicou Hernandez.

“Para mim, o NBB também era um campeonato novo, não tinha ideia de como funcionava. Tinha informações sobre a Liga e conhecia os jogadores. Já joguei contra a equipe algumas vezes, mas é diferente estar no comando”, completou o argentino.

“Os jogadores têm muita responsabilidade também, aqui não tem só jogadores jovens, que estão aprendendo agora. Temos que assumir que não conseguimos realizar as coisas como o Sergio queria. Não estávamos com o emocional bom durante os playoffs e quando você entra na quadra e não está bem, não da para alcançar o objetivo, que era a vitória”, sentenciou Alex.

Eliminação no NBB veio novamente nas quartas de final e mais uma vez frente ao São José (Claudio Capucho/PMSJC)

Tricampeão do NBB entre os anos de 2010 e 2012, Brasília conviveu com altos e baixos. Ainda com o campeonato nacional em seu início, a equipe viveu sua grande glória na temporada, ao se sagrar campeão da Liga Sul-Americana pela segunda vez na história – a primeira foi em 2010 –, com direito a uma tranquila vitória sobre o temido anfitrião Aguada (URU) na grande decisão do torneio.

Nesta temporada, Brasília levantou mais um troféu da Liga Sul-Americana (Samuel Vélez/FIBA Américas)

No NBB, a equipe teve seu auge durante todo o mês de fevereiro e o início de março. Neste período, os candangos somaram nove vitórias consecutivas na competição, sendo quatro delas com placar centenário. Mas, na sequência, a equipe foi derrotada em seus três últimos jogos na fase de classificação, frente a São José/Unimed, Paschoalotto/Bauru e Winner/Kabum/Limeira, não teve forças para brigar pela liderança e acabou chegando enfraquecida para série contra São José.

“Quando você não consegue atingir o objetivo deixa o time nervoso, isso é natural. Tentamos vencer e ainda assim tivemos algumas derrotas que não poderiam ter acontecido, algumas delas dentro e outras fora de casa, que acabaram custando a nossa classificação. Classificamos sim, mas não tivemos força para vencer São José”, disse.

Dono da terceira melhor campanha da fase de classificação, com 21 vitórias em 32 partidas realizadas (65,6% de aproveitamento), Brasília terá que aguardar os resultados das semifinais do NBB para saber se voltará a disputar a Liga Sul-Americana na próxima temporada. Atual campeão do torneio da América do Sul, o time do Centro-Oeste do país precisa que Flamengo e Paulistano/Unimed avancem à próxima fase para se firmar como quinto colocado do campeonato nacional e se garantir na competição internacional.

Junto da espera para saber se irá ou não defender seu título na Liga Sul-Americana, Brasília já dará início à montagem de seu plantel para a próxima temporada. Diretor da equipe, José Carlos Vidal já está dando início às conversas que definirão o futuro dos atuais jogadores do time.

“Alguns jogadores têm contrato terminando agora. O caso de Guilherme, Nezinho e Arthur é diferente porque eles têm contratos com cláusulas específicas. O Alex ainda tem contrato vigente. Não vamos precipitar nada. A princípio, continuam todos os jogadores no time. Espero, nos próximos 15 dias, resolver essas questões. A minha prioridade e resolver o caso do Marcus Goree e do Martin Osimani, pois moram em outros países. Caso não haja uma renovação, eles estarão liberados ate o fim dessa semana. Não tem nada, literalmente nada, resolvido a respeito dos jogadores”, afirmou Vidal.