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Enfim, o título!

14-12-2015 | 04:49
Por Liga Nacional de Basquete

Depois de derrota nas semifinais nos dois últimos anos, Pinheiros supera “fantasma” do Final Four, consolida sua geração talentosa e garante inédita conquista da LDB

Antes do título em 2015, Pinheiros sofreu duras derrotas nas semifinais das edições 2013 e 2014 da LDB (João Pires/LNB)

Antes do título em 2015, Pinheiros sofreu duras derrotas nas semifinais das edições 2013 e 2014 da LDB (João Pires/LNB)

Antes de sair campeão da edição de 2015 da LDB (Liga de Desenvolvimento de Basquete), o EC Pinheiros viveu alguns “traumas” no Final Four da competição Sub-22. Nas edições de 2013 e 2014, a equipe da capital paulista foi derrotada nas semifinais e não conseguiu chegar à decisão.

Dono da melhor campanha da fase de classificação neste ano, ao lado de Decisão Engenharia/Minas e Franca Basquete, com 21 vitórias em 23 jogos, o Pinheiros venceu seus três compromissos na segunda fase e chegou pelo terceiro ano seguido ao Final Four. Só que ao contrário das edições anteriores, desta vez o desfecho foi diferente para Lucas Dias, Georginho, Humberto e cia.

“A gente bateu muitas vezes na trave. Na última temporada vimos o Basquete Cearense vencer e isso mexeu conosco. Não tinha como não pensar que um dia chegaria nosso momento e fomos atrás disso. Entramos com um espírito vencedor neste ano, focamos nossas forças no título e o resultado foi o melhor possível. A equipe toda está de parabéns”, disse o ala Lucas Dias, grande destaque da conquista pinheirense.

+ MVP da Final, recordes, e mais: Lucas Dias brilhou e comandou o título do Pinheiros na LDB 2015

Dono de uma geração repleta de jogadores talentosos, o Pinheiros teve sua primeira experiência no Final Four da LDB em 2013. Com uma equipe que tinha o ala Bruno Caboclo, hoje no Toronto Raptors (NBA), como grande estrela, o esquadrão pinheirense acabou derrotado pelo Minas em uma das semifinais.

Em 2013, Pinheiros, de Lucas Dias, ficou na terceira colocação da LDB (Lucas Figueiredo/LNB)

Em 2013, Pinheiros, de Lucas Dias, ficou na terceira colocação da LDB (Lucas Figueiredo/LNB)

No ano seguinte, já sem Caboclo, mas com Lucas Dias mais presente – na edição 2013, o jogador atuou apenas na fase final da competição –, o Pinheiros voltou a figurar como uma das melhores campanhas da fase de classificação e retornou ao Final Four. Desta vez, o algoz pinheirense foi o Solar Cearense, que posteriormente se sagrou campeão.

“Coloquei na minha cabeça que era a hora da gente mostrar o nosso valor, depois de dois anos chegando nas semifinais e não ganhando. Sabíamos da dificuldade, mas estávamos determinados. Boa parte desse grupo está junta há cinco anos e o título veio pra coroar tudo isso”, afirmou o ala/armador Humberto, dono de 14 pontos, sete assistências e seis rebotes na partida que deu o título da LDB 2014 ao Pinheiros.

“Antes da Final, eu disse no vestiário que se levássemos a união que temos fora para dentro da quadra, com certeza conseguiríamos desempenhar bem o nosso papel. Essa é a terceira edição da LDB que jogamos juntos. Então devíamos ficar unidos, e foi exatamente isso que aconteceu”, completou.

Em 2015, o Pinheiros chegou ao Final Four novamente com um dos melhores desempenhos da competição e, desta vez, espantou o “fantasma” dos anos anteriores. Depois de vencer o Sport Club do Recife em uma das semifinais, a equipe foi à final pela primeira vez e conseguiu um feito inédito.

Destaques em 2015, Humberto e Georginho estavam nas derrotas em 2013 e 2014 (Luiz Pires/LNB)

Destaques em 2015, Humberto e Georginho estavam nas derrotas em 2013 e 2014 (Luiz Pires/LNB)

“Ser campeão da LDB é a melhor sensação do mundo. Ainda mais depois de batermos duas vezes na trave. Conversamos muito esse ano, foram muitos jogos, e desde que perdemos para o Minas lá em 2013 estávamos ‘engasgados’. Entramos com tudo nesse Final Four e as coisas funcionaram para nós”, disse o ala/pivô Léo Bispo, peça fundamental para o título pinheirense, com média de 12,1 pontos por jogo.

Para conquistar o maior campeonato de basquete de base do país, o Pinheiros impôs a primeira derrota do Minas atuando em Belo Horizonte da história da LDB. De quebra, a equipe ainda “deu o troco” pela derrota na semifinal em 2013.

“Depois de dois anos seguidos batendo na trave, trabalhamos duro o ano inteiro e agora o dever foi cumprido, finalmente. Dessa vez a gente entrou muito bem, não queríamos perder, entramos com muita vontade e merecemos. Ainda por cima, vingamos a derrota para o Minas em 2013, que nos doeu demais”, disse o armador Georginho, segundo maior pontuador do Pinheiros, com média de 12,8 pontos por jogo.

“Em 2013 eu tinha 17 anos, eu entrava no máximo para jogar dez minutos, para ir desenvolvendo aos poucos e agora em 2015 eu adquiri uma função de comandante do time. Fui armador titular do time em todos os jogos que atuei, minha responsabilidade cresceu e isso contribuiu para o meu desenvolvimento como jogador”, completou Georginho, que ainda somou médias de 4,9 rebotes e 4,4 assistências por jogo na LDB 2015.

A derrota para o Minas nas semifinais de 2013 não era a única que estava na cabeça dos pinheirenses. Durante a fase de classificação da LDB 2015, a equipe pailista voltou a ser superada pelos mineiros. Em grande partida, o clube de Belo Horizonte levou a melhor por 87 a 78 e conquistou um resultado fundamental para ficar com a liderança da primeira fase.

“Estávamos bem focados para essa final. Lembramos muito do último jogo (contra o Minas) que não entramos muito focados e retraídos. Nossa defesa esteve meio mole naquele dia e respeitamos muito o time deles. Agora foi diferente, encaramos a equipe deles de outra maneira, com a cabeça no lugar e a nossa defesa foi fundamental para a vitória”, exaltou o MVP da Final, Lucas Dias.