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Liga Ouro / NBB Caixa

Experiência diferente

26-05-2014 | 12:30
Por Liga Nacional de Basquete

Desafio das Ligas dá chance de jogadores do NBB e da Liga Ouro jogarem Basquete 3x3 e sentirem diferença para o Basquete de quadra

Desafio das Ligas contou com a participação de 13 equipes do NBB e três da Liga Ouro (Daniel Ramalho/ZDL)

Desafio das Ligas contou com a participação de 13 equipes do NBB e três da Liga Ouro (Daniel Ramalho/ZDL)

No último final de semana, alguns jogadores do NBB e da Liga Ouro viveram uma experiência diferente. Entre a última sexta-feira e o último sábado, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), foi realizada o inédito Desafio das Ligas 3×3, competição que colocou pela primeira vez atletas dos dois principais campeonatos da modalidade da bola laranja no país para jogarem Basquete 3×3.

Criado em 2007, o Basquete 3×3 vem crescendo a cada ano e já é praticado por mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo. Em 2010, a nova modalidade, disputada com uma bola mais leve do que a usada na quadra, viveu sua primeira experiência a nível mundial ao fazer parte das disputas dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura.

+ Minas fica com o título do Desafio das Ligas 3×3; clique aqui e confira mais detalhes

Depois, em 2011, ocorreu o primeiro Mundial de Basquete 3×3, na categoria Sub-18, enquanto que em 2012, a competição foi disputada na categoria livre. Agora, em 2014, ano de novo Mundial da modalidade, foi a vez dos principais times do basquete brasileiro viverem suas primeiras experiências no 3×3.

Ao todo, 16 equipes participaram do Desafio das Ligas na categoria masculina. Do NBB, estiveram presentes  Flamengo, Macaé Basquete, Paschoalotto/Bauru, Winner/Kabum/Limeira, Palmeiras/Meltex, Mogi das Cruzes/Helbor, Liga Sorocabana, Minas Tênis Clube, Unitri/Magazine Luiza, SKY/Basquete Cearense, UniCEUB/BRB/Brasília, Universo/Goiânia e Espírito Santo Basquetebol, enquanto que Lins Basquete, Campo Mourão e Sport Club do Recife representaram a Liga Ouro. A competição ainda foi disputada entre as mulheres, com sete clubes da LBF (Liga de Basquete Feminino).

Equipes do NBB disputaram um campeonato de 3x3 pela 1ª vez (Daniel Ramalho/ZDL)

Equipes do NBB disputaram um campeonato de 3×3 pela 1ª vez (Daniel Ramalho/ZDL)

“O 3×3 é um jogo muito diferente do que a gente está acostumado. Para nós, atletas do NBB, foi uma experiência muito legal. A gente tenta implantar algo do Basquete de Quadra, como algumas jogadas de corta-luz fora da bola, mas a individualidade também fala mais alto. Tivemos a oportunidade de fazer algumas jogadas diferentes do que às vezes acabamos fazendo na quadra e isso é muito importante aqui no 3×3”, declarou Deryk, armador do quarto colocado Winner/Kabum/Limeira, de 19 anos e dono de belas jogadas individuais durante a competição.

Gerido pela FIBA (Federação Internacional de Basquete), o Basquete 3×3 teve suas regras publicadas oficialmente em 2010. A modalidade de trios tem sua essência baseada no basquete de quadra, mas com uma série de peculiaridades. Jogado em uma meia-quadra, com música e no embalo de um MC, o Basquete 3×3 é disputado com uma bola mais leve e tem sua pontuação com cestas valendo um ou dois (nos arremessos da linha de três pontos do basquete de quadra). Cada partida tem duração de dez minutos ou até uma das equipes atingir 21 pontos.

“A diferença que mais chamou atenção para mim no 3×3 foi a leveza da bola. E é legal porque isso convida novos adeptos, principalmente crianças, a participarem dessa modalidade do basquete. Além disso, foi muito bacana a interatividade do MC com o público, explicando o conceito a todo momento e ajudando a popularizar o esporte”, avaliou Henrique Coelho, destaque do campeão Minas.

“Foi bom para todos conheceram essa modalidade. Eu já conheço e já sabia jogar, mas a maioria dos atletas foi pegando o jeito durante a competição. É um jogo que mistura basquete, música e tem uma cara de rua, mesmo sendo uma modalidade coletiva. O 3×3 tem tudo para crescer, ainda mais agora com o aporte do NBB”, concordou Casé, do Lins Basquete, um dos atletas da quadra que já tinha experiência no Basquete 3×3.

Esporte e entrenimento estão lado a lado no Basquete 3x3 (Daniel Ramalho/ZDL)

Esporte e entretenimento estão lado a lado no Basquete 3×3 (Daniel Ramalho/ZDL)

A alternância de posses de bolas é simples. Depois de sofrer uma cesta, recuperar a bola ou pegar um rebote defensivo, a equipe tem que levar a bola, com drible ou passe, para fora da linha de dois pontos para poder dar início a seu trabalho ofensivo. Para atacar, cada time tem 12 segundos – metade do tempo de posse de bola do basquete de quadra.

“Tem que mudar muito rápido a atitude entre defesa e ataque. Depois que você arremessou, você tem que estar atento ao rebote e depois já estar ligado na defesa. Na quadra, às vezes, arremessamos e já voltamos para a defesa e no 3×3 não pode bobear. Essa malícia é uma das coisas que você acaba pegando por último, mas é uma das mais importantes durante os jogos do 3×3. O jogo é muito físico, então esses detalhes acabam fazendo a diferença no final”, afirmou o armador Davi Rossetto, que defendeu o SKY/Basquete Cearense e em junho disputará o Mundial de Basquete 3×3 pela Seleção Brasileira.

Outra diferença é em relação às faltas. Diferente do que ocorre na quadra, os jogadores não são eliminados appos cinco faltas pessoais, mas o limite de faltas coletivo é algo de muita importância. Após a sexta falta coletiva, a equipe adversária terá direito a dois lances livres, enquanto que depois da décima falta, ainda recebe o direito de ficar com a posse de bola depois.

Com um formato mais dinâmico em relação ao Basquete 3×3 é atuando com muita intensidade. Com apenas um pedido de tempo (30 segundos) por equipe, a partida tem raras paralisações e os jogadores não podem se desconcentrar por um segundo sequer, já que a troca entre ataque e defesa ocorre em um “piscar de olhos”.

“Não pode vacilar em nenhum segundo. O Basquete 3×3 é muito mais dinâmico do que o Basquete de quadra, principalmente por conta dos 12 segundos de posse de bola. Depois de sofrer uma cesta, você já tem que estar atento para sair da linha de dois pontos para poder pontuar e não pode relaxar. É um jogo bastante intenso e que exige bastante dos atletas. Fiquei bem cansado depois das partidas, mas foi uma experiência muito bacana”, declarou o ala Schneider, grande destaque do vice-campeonato conquistado pela Liga Sorocabana.

Título da primeira edição do Desafio das Liga rendeu R$ 20 mil ao Minas (Daniel Ramalho/ZDL)

Título da primeira edição do Desafio das Liga rendeu R$ 20 mil ao Minas (Daniel Ramalho/ZDL)