Frente a frente

Para chegar à disputa da Copa Intercontinental de Clubes 2013, Pinheiros/SKY e Olympiacos, da Grécia, tiveram um longo caminho. O time da capital paulista conquistou pela primeira vez um título internacional em sua história ao vencer a Liga das Américas 2013, enquanto que a equipe grega somou seu terceiro troféu de campeão da Euroliga.

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Porém a trajetória dos dois clubes que decidirão o título mundial, nos dias 04 e 06 de outubro, no Ginásio Poliesportivo José Corrêa, em Barueri (SP) teve algo em comum. Cada uma das duas equipes teve um jogador que brilhou nas conquistas continentais. O ala norte-americano Shamell, pelo time pinheirense, e o armador grego Vassilis Spanoulis, pelo Olympiacos, brilharam e foram os grandes heróis dos títulos de suas equipes.

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Shamell e Spanoulis chegam ao Mundial como principais estrelas de suas equipes (Montagem/LNB)

“O Shamell tem uma condição individual muito acentuada. O sistema de jogo que a gente faz evidencia esse aspecto. O Spanoulis joga mais de acordo com o esquema, tem um bom porte, funciona muito em função da equipe e usa bem os homens grandes para fazer fluir o seu jogo. São características diferentes, mas os dois com muito potencial e talento”, analisou o técnico do Pinheiros, Claudio Mortari.

Na Liga das Américas, Shamell comandou as ações ofensivas da equipe de São Paulo e foi o grande nome do inédito título pinheirense. O ala teve um ótimo aproveitamento ofensivo – 62,7% de aproveitamento nos arremessos de dois pontos e 41,7% nos tiros de três pontos – e liderou o ranking de cestinhas do principal torneio de basquete do continente, com uma expressiva média de 20,2 pontos por jogo.

Com atuações decisivas, o norte-americano, de 33 anos e 1,94m de altura, foi a principal figura do título do Pinheiros e acabou eleito o MVP (jogador mais valioso) da última edição da competição das Américas. Mas seu “rival” Spanoulis não deixou por menos.

Há quatro anos no clube paulista, Shamell é um dos atletas mais identificados com a torcida pinheirense (Ricardo Bufolin/Divulgação)

Pelo segundo ano consecutivo, o armador, de 31 anos, comandou o êxito do Olympiacos na Euroliga. Bicampeão do torneio que envolve as principais potências europeias da modalidade pelo time alvirrubro – o jogador ainda tem mais um título da Euroliga, quando ainda atuava pelo Panathinaikos –, Spanoulis foi novamente crucial para o clube de Atenas.

O camisa 7 do time grego foi o principal pontuador do campeonato, com 457 tentos (14,2 por jogo) e brilhou na decisão, diante do poderoso Real Madrid, ao marcar expressivos 22 pontos para acumular seu terceiro troféu de MVP do Final Four da principal competição europeia de basquete.

Mas apesar de todos o currículo e poder decisivo mostrado por Spanoulis, Shamell não quer saber de marcação especial para cima do armador rival. Apesar de reconhecer o grego como um dos principais jogadores do planeta, o camisa 24 pinheirense espera que o time brasileiro possa fazer uma boa marcação não só no MVP dos dois últimos Final Four’s da Euroliga, mas como sobre todo o time do Olympiacos.

“Acho o Spanoulis um craque, um grande jogador. Ele joga muito, mas não atua sozinho. Sempre serão cinco contra cinco. Não vamos dar moral para nenhum jogador. Marcaremos todos os atletas de forma coletiva. Vamos armar uma estratégia contra todos. O Olympiacos não é só o Spanoulis. Eles têm mais 11 jogadores”, explicou Shamell.

Principal nome do Olympiacos, Spanoulis vem de duas temporadas brilhantes com a camisa da equipe grega (Olympiacos/Divulgação)