HOJE
Guardeesse nome
Por Marcel Pedroza
Com enorme potencial físico e apenas 16 anos, Leonardo Colimério embarca para os Estados Unidos para se aproximar do “sonho da NBA”
Leonardo Colimério. Anote e guarde esse nome. Dono de incrível potencial físico, o garoto de 16 anos e 1,97m de altura e que atua como ala/armador entrou no radar do basquete mundial nos últimos meses. Agora, com o status de um dos principais prospectos do Brasil na modalidade da bola laranja, embarcará rumo aos Estados Unidos para se aproximar do “sonho da NBA”.
Nascido e criado em São José dos Campos, o atleta jogou nas categorias de base da equipe de sua cidade natal desde os dez anos, graças à inspiração em seu irmão mais velho, Lucas, de 2,08m de altura, que hoje atua pelo Paulistano.
De lá para cá a evolução de Leonardo foi mais do que notória. Nas duas últimas temporadas, o atleta cresceu mais de 15 centímetros e viu seu jogo decolar. Eleito o melhor jogador do Campeonato Paulista Sub-15 do último ano, Leonardo ainda acumulou o prêmio de Melhor Ala das Finais do Estadual também em 2016.
Neste ano, antes de se despedir rumo aos Estados Unidos, o jogador disputou 12 partidas no Paulista Sub-16 e registrou média de 17,5 pontos por jogo. Além disso, ainda realizou 12 jogos na categoria de cima (Sub-17) e teve 11,1 pontos por jogo de média.
“Eu comecei a jogar por causa do meu irmão, lógico. Ele sempre dava algumas dicas e eu sempre assistia os jogos dele. Foi aí que eu comecei a me apaixonar pelo basquete. Há dois anos atrás eu comecei a me destacar mais e aí eu vi que era realmente aquilo que eu queria. Até ali eu gostava, mas não tinha certeza que era o que eu queria. Quando eu cresci e consegui melhorar meu basquete vi que isso é minha vida mesmo”, disse o garoto, em entrevista durante o Nike Elite NBB Camp.
Veja enterrada fantástica do garoto durante Paulista Sub -16 no primeiro lance do Top 5 abaixo:
Que enterrada foi essa do Leonardo Colimério?https://t.co/yXivUcnzRY
— Basquete Canarinho (@basquetecanarin) May 9, 2017
O destaque de Leonardo foi tanto que olheiros de todos os cantos do mundo passaram a observá-lo. Em junho deste ano, o garoto foi até Treviso, na Itália, para participar do Adidas Eurocamp Next Gen, versão do camp mais conceituado do planeta para garotos de até 16 anos. No mês seguinte, foi a vez de estar no NBA Basketball Without Borders Américas, acampamento que reúne os melhores jogadores de até 17 anos para sessões de treinamentos com craques da NBA .
Com o sonho de jogar na maior liga de basquete do no planeta, Leonardo aproveitou para se aproximar ainda mais da NBA. Para isso, o brasileiro aceitou um convite para atuar no basquete colegial norte-americano, na Wasatch Academy, no Estado de Utah, e embarcará nesta quinta-feira (24/08) para a Terra do Tio Sam.
Aos 16 anos, Colimério chegará no segundo dos quatro anos do colegial. Com isso, terá duas temporadas no “High School” para depois possivelmente ser selecionado por alguma faculdade norte-americana. Caso chegue ao nível universitário, o garoto precisará de um ano para poder ser selecionado por alguma franquia da NBA no Draft, a partir de 2020.
“Eu pretendo no meu futuro fazer minha carreira na NBA e por isso estou indo para os Estados Unidos fazer o High School, em Utah, na Wasatch Academy. Esta oportunidade apareceu e quanto mais perto da NBA eu tiver, melhor. Vou jogar em alto nível, estudar e me aproximar ainda mais da cultura norte-americana”, disse Leonardo, que tem como ídolo Lebron James.
Antes da ida para os Estados Unidos, Leonardo teve uma chance de ouro. Mais jovem entre os 23 selecionados para o 1º Nike Elite NBB Camp, o garoto teve a chance de receber conselhos e ensinamentos de cinco dos principais jogadores do basquete brasileiros na última década – Fúlvio, Larry Taylor, Shamell, Jefferson e Murilo.
Em meio a nomes como Lucas Dias, Georginho, Yago Matheus, entre outros, Colimério chamou a atenção não só por seus óculos e por sua cara de garoto. Com uma envergadura de quase 2,00 metros e um corpo esguio, o garoto foi eleito pelo quinteto de atletas estrelas como o maior potencial físico do Camp.
“Para mim foi uma experiência muito boa para somar na minha vida. Por ser um dos mais jovens eu consegui aprender muito mais, porque alguns atletas tem o dobro da minha idade e muito mais anos de basquete que eu tenho. Então eu consegui aprender bastante com estes jogadores do NBB CAIXA que eu sempre assisti pela TV e jamais imaginaria que estaria do lado deles, porque alguns são meus ídolos. É uma oportunidade para os garotos que estão começando agora, vale a pena e somará bastante na vida deles”, exaltou.