
22/04
28/04
29/04
30/04
04/05

informação privilegiada
Por Marcius Azevedo
Gui Deodato se adapta à função de sexto homem e aproveita para enxergar o jogo do banco de uma maneira diferente antes de entrar em quadra para ajudar o Flamengo
Ele está sempre pronto quando o time mais precisa, levanta do banco e entra em quadra. A missão, muitas vezes, é mudar o destino de uma partida. O protagonismo não depende de minutos, e sim do impacto que é capaz de causar. Aos 33 anos e presente nas 17 edições do NBB CAIXA, Gui Deodato aceitou com naturalidade o seu papel no atual elenco do Flamengo. Tudo isso com um currículo que dispensa comentários.
No primeiro jogo das quartas de final, diante do Corinthians, o ala foi fundamental para garantir o triunfo que fez o Flamengo largar na frente na série melhor de cinco dos playoffs. Foram 15 pontos no jogo, sendo oito apenas no último quarto, quando o Rubro-negro evitou uma reação do Alvinegro, no Wlamir Marques.

Gui Deodato aproveita estar no banco para analisar o adversário. Foto: Beto Miller/Corinthians
“Estou muito focado em fazer o que o time precisa. Essa é a grande chave do meu jogo. Desenvolvi meu jogo desde muito novo, principalmente vindo do banco. E poder entrar, seja lá para fazer uma bola decisiva, ou marcar o melhor jogador do adversário, ou só passar a bola, estou pronto. Esse é o grande lance e tenho tido sucesso. Estou muito feliz por ter conseguido ajudar”, resumiu Gui Deodato.
Copo meio cheio
Como naquela metáfora do copo meio cheio ou meio vazio, o ala vê o copo meio cheio. Para ele, há uma situação bastante positiva em começar o jogo no banco de reservas. É possível enxergar o que está dando certo ou errado na sua equipe e também qual é o ponto frágil do adversário para tentar explorá-lo.
“Tem muito do que eu já sei, mas é quase que uma informação privilegiada. Quando está de fora, você tem a oportunidade de ver o que o time adversário preparou para o jogo. É uma leitura de pick and roll, é onde está tendo um buraco, porque as jogadas se repetem. Tem um lado positivo de começar no banco. É a maneira que eu prefiro enxergar. Tento aproveitar da melhor maneira possível e é muito gratificante quando dá certo e o time vence”, explicou.
Diferencial
Gui Deodato vê esse entendimento do elenco como fundamental para o sucesso do Flamengo. Outros jogadores com carreiras vitoriosas, como Franco Balbi e Jhonatan Luz, o maior vencedor da história do NBB CAIXA com seis títulos, ao lado de Marquinhos e Olivinha, também começam no banco e têm essa mesma postura. Não à toa, o Rubro-Negro já conquistou dois títulos nesta temporada: Copa Super 8 e Basketball Champions League Americas.
Ver essa foto no Instagram
“Nosso time tem 12 jogadores de altíssima qualidade. Não tem o que falar. Nessa situação, tenho de estar pronto para jogar uma toalha para o companheiro ou para entrar no jogo e protagonizar. Todo mundo tem essa condição, saber disso nos faz um time e ser campeão. Esse tem sido o grande lance do nosso time, tanto na Super 8, nos momentos decisivos, quanto na BCLA, que fomos campeões recentemente. O que nos faz vitoriosos realmente é o coletivo, ter essa mentalidade de títulos”, afirmou.
“O individual pode ser legal, você se destacar durante toda uma temporada, mas acabar em 15º ou até com um vice. Para mim, o mais importante, independentemente do papel que você tem no time, é ser campeão. A minha mentalidade será sempre essa”, completou Gui Deodato.
Sequência da série
O ala exercerá mais uma vez sua função de sexto homem nesta terça-feira (13/05), quando o Flamengo recebe o Corinthians no Tijuca Tênis Clube, para o segundo jogo das quartas de final. A equipe rubro-negra quer conquistar o segundo triunfo na série melhor de cinco para ficar ainda mais próxima da semifinal. Gui Deodato sabe o que é necessário para alcançar o objetivo.
“Somos experientes o suficiente para saber que foi um jogo em que nós cometemos muitos erros em momentos cruciais, devemos nos apegar também às coisas que foram boas, porque é o que nos trouxe essa primeira vitória, mas temos de corrigir o erro de bola perdida, que foi o que eles usaram para tirar uma vantagem de seis pontos e botar quatro. Se diminuirmos toda essa situação, vamos ter mais chance ainda de ganhar um jogo em casa. Óbvio que o objetivo é querer fechar em casa, mas temos de pensar em jogar o jogo, ter essa leitura do que foi bom e do que foi ruim, não se animar muito com essa vitória, porque acaba sendo quem vence três”, finalizou.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete com patrocínio máster da Caixa Econômica e Governo Federal, parceria do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e patrocínios oficiais Penalty, Universidades Cruzeiro do Sul, UMP, Whirlpool e apoio oficial Infraero, IMG Arena, Genius Sports, EY e NBA.