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29-10-2020 | 08:38
Por Liga Nacional de Basquete

Com chancela de um médico infectologista, Protocolo de Covid-19 do NBB 2020/21 foi aprovado por unanimidade em reunião do Conselho da LNB

Protocolo Covid-19 do NBB foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração da LNB (Marcelo Cortes/Flamengo)

O Protocolo de Covid-19 do NBB 2020/2021 está definido. Em reunião do Conselho de Administração da Liga Nacional de Basquete realizada por videochamada, as medidas de prevenção à pandemia foram finalizadas e aprovadas pelos clubes que disputarão a 13ª edição do maior campeonato do basquete brasileiro, que começará no dia 10 de novembro, no Rio de Janeiro.

Para o desenvolvimento do protocolo, a LNB contratou o médico infectologista Max Igor Banks Ferreira Lopes, do Hospital das Clínicas da USP, para dar todo o suporte necessário durante o período de elaboração e, por fim, chancelar o mesmo. Durante o processo, o profissional tirou todas as dúvidas da LNB e dos clubes sobre os mais variados segmentos.

+ Confira a versão completa do Protocolo de Covid-19 do NBB 2020/2021

Junto ao Dr. Max, participaram da criação do protocolo os médicos Cláudio Cardone (Flamengo), Diogo Vilar (Unifacisa) e Diego Gadelha (Unifacisa), sob coordenação do Diretor Técnico-Operacional da LNB, Paulo Bassul, que buscou inúmeras referências de outras ligas ao redor do mundo para embasar ainda mais as medidas apresentadas ao Conselho de Administração da LNB.

“Estudamos protocolos de algumas entidades como a FIBA, NBA, NFL, Liga Argentina e da Liga ACB da Espanha, que inclusive nos brindou com uma palestra da médica que coordenou o trabalho lá, dentre outras. Além disso, os sites da Anvisa e do Ministério da Saúde ajudaram a nortear algumas definições. Organizamos todas essas informações adequando-as à nossa realidade, mas sempre buscando a menor exposição e risco possíveis para equipes e árbitros”, declarou Paulo Bassul.

Responsável por chancelar o protocolo, o Dr. Max Igor Banks também elogiou o processo do mesmo. “É claro que dei assessoria no desenvolvimento do protocolo, mas quem escreveu foi o Paulo Bassul e os outros médicos envolvidos. Foi um trabalho excelente, muito bem escrito. Não é fácil fazer um protocolo e definir regras de uma situação que não temos controle e nem conhecimento total. É necessário muito bom senso e tranquilidade. O protocolo ficou ótimo. Agora vamos ter certeza da eficácia na medida em que as coisas vão transcorrendo, mas esperamos que tudo ocorra da melhor forma possível”, declarou o médico.

Divisão por áreas

Entre os vários tópicos presentes no protocolo, o controle rigoroso de acesso aos ginásios de cada sede é um dos principais. Além dos portões fechados ao público, os locais de jogos serão divididos em três áreas (1, 2 e 3), com número restrito de profissionais em cada uma delas e não sendo permitido o trânsito de pessoas entre as mesmas.

A Área 1 refere-se ao espaço de jogo, em que será permitida apenas a presença de árbitros e membros das equipes, que estarão submetidos a um rigoroso processo de testagem, tanto antes quanto durante a competição. Esse local terá limite de 41 pessoas, considerando um máximo de 19 pessoas de cada equipe.

Já a Área 2 menciona os arredores da quadra, em que estarão os oficiais de mesa, rodoboys, câmeras, profissionais de comunicação das equipes, entre outros. As pessoas pertencentes a esse espaço não terão acesso à Área 1 e ainda passarão por um cuidado especial com máscaras e proteção de acrílico na mesa de controle. O limite de pessoas deste espaço é de 39 pessoas.

E por fim, a Área 3 trata-se das arquibancadas e tribunas, ou seja, fora do ambiente de jogo. Nela estarão profissionais de imprensa e dirigentes, que também serão obrigadas a fazer o uso da máscara, com limite máximo de 57 indivíduos. Vale reforçar que não é permitido transitar e acessar as demais áreas.

Medidas de jogo

Na Área 1, onde estarão somente árbitros, atletas e demais membros das equipes, também terão medidas especiais. Entre elas estão o distanciamento entre indivíduos nos bancos de reservas, que ainda terão cadeiras individuais e numeradas para cada atleta. Além disso, os jogadores terão toalhas e squeezes individuais para não haver intercâmbio desses materiais entre eles.

Os vestiários também terão acesso restrito. Os membros das equipes poderão usá-los somente no momento pré-jogo e no intervalo, com banhos proibidos tanto para atletas quanto para árbitros – os banhos serão tomados no hotel.

Fora isso, os bancos de reserva serão rigidamente higienizados ao final de cada partida. Portanto, para viabilizar essa limpeza nos períodos entre um jogo/treino e outro nas sedes, foi criada pela LNB um espaço chamado “Área Pré-Jogo”. Nela ficarão as equipes que jogarão a partida seguinte enquanto é feita a higienização dos locais. Essa área pré-jogo também será rigidamente higienizada logo após a passagem de cada equipe por lá.

Todos os profissionais presentes na Área 1 e alguns específicos da Área 2 ainda responderão a um questionário em todos os dias de jogos, com objetivo de mapear os sintomas das pessoas envolvidas e manter o controle de proteção entre eles. Além disso, também haverá um protocolo de resultados, ou seja, caso haja algum teste positivo, o indivíduo terá isolamento imediato e entrará em período quarentena.

Protocolo de testagem

Durante o primeiro turno do NBB 2020/2021, os atletas e membros das equipes passarão por testagens em três momentos distintos. O primeiro deles será no período de “isolamento relativo”, ou seja, o período de treinamento que antecede a competição – 10 dias antes do primeiro jogo da equipe.

Em seguida, depois do início do campeonato, todos serão testados antes da viagem e a cada sequência de jogos. O protocolo de testagem do NBB envolve os três tipos de teste para Covid-19: Antígeno, Sorológico e o RT-PCR.

Com isso, os atletas e profissionais dos clubes participantes farão um teste a cada três ou quatro dias – em períodos de jogos. Todas essas etapas serão supervisionadas por um profissional de cada clube, que será encarregado de fiscalizar os processos e assegurar a proteção dos integrantes de suas respectivas equipes.

Atletas farão pelo menos 1 teste a cada 3 dias em períodos de jogos do NBB (Divulgação/Mogi Basquete)

E por fim, a LNB criou também um outro item importante para preservação da saúde dos atletas: o protocolo cardíaco de retorno pós-Covid-19. Caso algum jogador seja diagnosticado com o vírus, ele será submetido a um protocolo específico de testes cardíacos e retorno às atividades, que será proporcional: quanto maior a gravidade dos sintomas, mais rigoroso e demorado será o protocolo de volta do atleta às atividades. Essa medida foi imposta para preservar ao máximo a saúde e a condição cardíaca dos atletas no retorno pós-Covid-19.

“Os pontos fundamentais focaram em criar um ambiente seguro para todo o ecossistema envolvido com a competição através de ampla testagem (quase um teste a cada 3,5 dias), medidas preventivas, restrições de acesso, distanciamento social, higienização, procedimentos claros de atuação em casos de contaminação e também a determinação do protocolo para um retorno seguro do atleta às quadras após um eventual contágio, dentre outros”, finalizou Paulo Bassul, Diretor Técnico-Operacional da LNB.

O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e em parceria com a NBA e o CBC, e conta com os patrocínios oficiais da Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos, EY, VivaGol, IMG Arena e Genius Sports.