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LIVE COMSHAMELL

02-04-2020 | 03:21
Por Liga Nacional de Basquete

Em bate-papo com Giovanna Terezzino, ala do São Paulo falou sobre sua rotina atual, planos para o futuro e mostrou sua bela coleção de tênis da Nike

Mesmo sem basquete, sempre é possível conhecer um pouco mais sobre a vida dos grandes astros do NBB. E na última quarta-feira (01/04), foi a vez de Shamell Stallworth falar um pouco mais sobre a sua vida e a carreira no Brasil. Na Live #BasqueteEmCasa, que acontece todas as segundas, quartas e sextas-feiras no Instagram do NBB, o ala do São Paulo falou sobre a sua rotina e os cuidados que vem tendo durante a paralisação do campeonato por conta do Covid-19.

“É difícil mas a gente entende. Assisto um filme, uma série, falo com os meus filhos via telefone, com a minha mãe e faço exercícios em casa, na escada do prédio, seguindo as orientações do preparador físico (do São Paulo). E falo bastante com a minha mãe, que esta no grupo de risco. eu fico enchendo o saco pra ela ficar em casa. Mas eu gosto de ficar um tempo comigo mesmo. Tenho muito tempo para pensar na vida, e a gente tem que aproveitar”, afirmou em conversa com a repórter Giovanna Terezzino.

Shamell com seus tênis preferidos

Sobre a mãe, que mora nos EUA ao lado do irmão, Shamell falou sobre como está sendo a realidade de uma pessoa que está no grupo de risco no estado da Califórnia.

“Pesa mais nas cidades grandes como São Paulo, Rio de Janeiro, Sacramento, Los Angeles e São Francisco. Agora as coisas estão mais controladas. Minha mãe por exemplo não entra no mercado. Ela passa uma lista, pegam as coisas para ela, mandam mensagem pelo celular, ela paga e entregam no carro. É difícil para quem sai muito, mas tem que ter paciência. Nos EUA, eles acreditam que vão controlar em até 3 semanas, mas está difícil”, explicou.

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Quer o título

Apesar de ser o maior cestinha do NBB, o norte-americano nunca foi campeão da competição. Mesmo assim, ele ressalta que seguirá trabalhando em busca de mais esse troféu em sua prateleira.

“Eu conquistei muito pelo meu trabalho. Meu dia vai chegar, ainda tenho fome para isso. Ainda jogo em alto nivel e vou seguir trabalhando para isso. Se não vier, ok, estou feliz pela minha carreira. Muita gente não chega onde eu cheguei, mas estou com fome. Temos um elenco com jovens e experientes e vamos brigar pelo título. É fácil ir para o time que é mais forte, mas eu prefiro jogar contra esses caras. Meu título vai valer muito. Se eu conseguir ele no São Paulo, sempre serei relembrado. Chegar à final por Mogi valeu a pena, mas agora eu quero mais”, afirmou.

E apesar de ter 39 anos, Shamell ainda acredita que pode fazer muito nas quadras do basquete brasileiro atuando com a camisa do São Paulo. “Por enquanto eu estou jogando em alto nível e consigo correr. Quando um dia eu não conseguir fazer isso, aí eu vou parar. Tudo depende do nosso corpo. Se você come bem, treina bem, faz fisioterapia, isso ajuda. Eu sou muito fã de futebol americano e vejo o Tom Brady com 42 anos fechando um contrato de 2 anos. Se você fisicamente está bem, segue jogando e faz o que você ama, trabalha com o que você gosta… Eu amo basquete. Eu quero ser técnico, quero abrir uma clínica, mas continuo amando jogar basquete e quero jogar.”

Futuro e filhos

Mesmo querendo permanecer atuando como atleta, o norte-americano possui outros projetos nos EUA e também na Holanda. À Gi Terezzino, o jogador falou que seu objetivo é revelar e apresentar o esporte da bola laranja a cada vez mais crianças e adolescentes.

“Nos EUA eu já tenho uma clínica de basquete. Não é alto nível, mas é para dar oportunidade para meninos e meninas jogarem vários esportes. Eu gosto de dar oportunidade igual me deram. Esses times foram criados até para meu sobrinho e meus filhos jogarem lá para entenderem as diferenças de jogarem aqui e nos EUA. Aqui no Brasil estamos tentando fazer intercâmbio. Na minha opinião o Basquete cresce na rua, na escola, chamando cada vez mais pessoas para jogarem. Muita gente quer jogar e não consegue porque não tem clube ou nem cesta”, falou.

Ainda sobre os filhos Shamell Júnior e Jordan, que moram com a mãe em Mogi das Cruzes (SP), Shamell falou sobre como é a relação deles com o basquete e contou uma história emocionante.

“Quando eu vou ver o jogo deles, eu não fico cornetando. A mãe deles filma, a gente vê e eles vão se corrigindo. Eu nunca xinguei eles e também não deixo o técnico xingar (risos). Eles estão na idade em que você tem que passar a informação para eles. Depois do jogo eu vou e converso com eles numa boa. Eu não forço eles para jogarem basquete, mas eles me viam quando eu ia jogar.”

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“Quando eu estava em Mogi, eles me ligaram dizendo que queriam treinar. Passei lá, peguei eles, eles estavam de chinelo, camisa, mas não roupa de treino. Eles prepararam a mala igual a mim para ir ao jogo. Eles foram se trocar igual eles viam me trocar, treinamos e depois foram banho igual a mim. Eu quase chorei vendo isso”, relembrou o jogador, que se emocionou durante a live.

Paixão pelos tênis

Além de falar sobre a vida e os filhos, Shamell também revelou outra grande paixão: os tênis da Nike. Durante o programa, o norte-americano mostrou sua coleção de tênis e explicou que há até uma ‘rivalidade’ entre os principais jogadores do NBB sobre quem possui os calçados mais estilosos.

 

“Eu sou muito fã do Jordan One, que são mais para usar na rua, tem o Air Force One, com o logo da NBA atrás, que era um tênis popular nos anos 1990. O Alex (Garcia) ama esse tênis. Tem um Air Force One Especial, tem um Jordan com ouro, tem 4 pares no Brasil e eu sou um dos únicos que tem. Tenho um Quai 54, que ganhei em um torneio disputado na França. O Fear God é exclusivo e muito caro. A Nike cuida muito bem de mim aqui, obrigado Diego Garcia e Fernando Fischer”, disse o ala de 39 anos, se referindo aos responsáveis pelo marketing na área de basquete da Nike no Brasil.

Dentre os seus tênis, um dos que mais chama a atenção do próprio atleta é um que ele ganhou da Nike ao participar de seu décimo Jogo das Estrelas do NBB, em 2018.

“Esse é especial. Tem homenagem ao Kobe Bryant, com os números dele e as cores dos times que eu joguei aqui no Brasil. Ele também tem o nome dos meus filhos. É um tênis muito especial, que nunca usei e vai ficar guardado para sempre aqui”, disse.

Shamell contou que não é o único jogador do NBB que dá show nas quadras e também nos pés. Ele contou quais jogadores também gostam de tênis e situações curiosas com ex-companheiros.

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“Eu tinha uma espécie de competição com o Tyrone, o Leandrinho e o Alex. Nos últimos anos eu competia com o Tyrone em Mogi. Um sempre chegava nos treinos com um tênis diferente. Esse ano é está sendo assim com o Holloway. Eu não sou mais tão viciado como era antes, mas ainda tenho um estoque bem eficiente. Tênis é igual comprar um carro quando você quer colocar uma roda bem bonita nele. Quem é viciado em tênis é assim”, brincou.

Shamell, do São Paulo.

Importante!

O momento agora é de proteção ao próximo. Por isso, a conscientização para que o COVID-19 não se espalhe ainda mais é extremamente importante.

Lave bem as mãos, higienize elas com álcool em gel e limpe o seu celular também. Não esqueça de cobrir a boca com o cotovelo se for espirrar ou tossir e evite contato físico com as pessoas, principalmente idosos. Além disso, tente sair de casa apenas para ir a locais essenciais como mercado, farmácia e hospital.

Fique em casa, mas não deixe o basquete parar. Vem com a gente na campanha #BasqueteEmCasa!