HOJE
Top 9 – Pivôs
Por Liga Nacional de Basquete
Currículos invejáveis, dominantes e até novos chutadores: confira a lista dos nove principais pivôs que disputarão a temporada 2016/2017 do NBB CAIXA
Chegou a hora da apresentação dos nove melhores pivôs. Os xerifes dos garrafões. Os que dominam as áreas pintadas. Nesta lista estão atletas de currículos invejáveis, de Seleção Brasileira, Europa e até NBA, e jogadores que agregaram o chute de fora aos seus arsenais ofensivos. Vale a pena conferir!
+Clique aqui e confira o Top 9 de Alas/Pivôs da temporada 2016/2017 do NBB CAIXA
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, o patrocínio da SKY e os apoios do Ministério do Esporte e da Avianca.
– Caio Torres (Mogi das Cruzes/Helbor)
Caio Torres é sinônimo de domínio. Desde que chegou ao NBB CAIXA, em 2011/2012, o pivô foi soberano por onde passou e se firmou como um dos maiores atletas de sua posição em toda a história da competição.
Com 2,10m de altura e muita força, Caio tem ótimo jogo de pés e muita técnica para finalizar. Para melhorar, acrescentou o chute de fora ao seu leque de recursos ofensivos, o que o deixou ainda mais difícil de ser marcado.
Depois de ótima passagem pelo basquete espanhol, o pivô desembarcou no NBB CAIXA para defender o Flamengo. Por lá, conquistou o título da edição 2012/2013 e ainda foi o MVP das Finais daquele ano, no qual ainda foi eleito o Melhor Pivô. Em 2014/2015, pelo São José, foi o reboteiro do campeonato, com 9,06 de média. Além disso, na temporada passada, foi o recordista de eficiência do NBB CAIXA (41).
O currículo de Caio Torres também se estende à Seleção Brasileira. Com a camisa verde-amarela, disputou três Copas Américas (2005, 2011 e 2013). Em 2011, aliás, esteve presente no Pré-Olímpico que levou o Brasil às Olimpíadas de Londres em 2012 e tirou o país da fila após 16 anos. Já em Londres, Caio também compareceu e disputou sua principal competição pela Seleção na história.
Depois de uma temporada no Paulistano, o pivô nascido em São Paulo (SP) migrou para o Mogi. Em sua nova equipe, foi o sexto cestinha e segundo maior reboteiro do Campeonato Paulista, com respectivas médias de 14,6 pontos e 7,0 rebotes. Já na primeira fase da Liga Sul-Americana, somou 13,3 pontos e 9,3 rebotes (reboteiro da equipe e sétimo da competição).
– Cipolini (Franca Basquete)
Lucas Cipolini é um exemplo de jogador que mudou seu estilo de jogo ao longo dos anos. Quando chegou ao NBB CAIXA, em 2010/2011 pelo Uberlândia, o pivô se destacava mais pela força interna e pelas potentes enterradas – coisa que faz até hoje. Não à tão, é o líder histórico nas cravadas, com 290.
No entanto, nos últimos anos, Cipolini agregou o arremesso longo ao seu jogo e se tornou praticamente um ala/pivô 4. Nas duas últimas temporadas em que atuou com a camisa do Brasília, o camisa 15 teve aproveitamento de 46 e 40%, respectivamente. Sendo que, nos dois primeiros NBB’s CAIXA que jogou (2010/2011 e 2011/2012), praticamente não chutava de fora.
Com novos recursos nas mangas, o jogador, de 2,03m de altura, agora veste a camisa do tradicional Franca Basquete na temporada 2016/2017. Atuando ao lado de um ala/pivô 4 de ofício, César, o garrafão francano fica mais leve e versátil, o que faz com que Cipolini possa apresentar todo seu leque de recursos ofensivos, tanto dentro quanto fora do garrafão.
– Fab Melo (UniCEUB/Cartão BRB/Brasília)
Aos 26 anos, Fab Melo tem um currículo internacional pra lá de respeitável e agora está em busca da afirmação no NBB CAIXA. Draftado no primeiro round (22ª escolha) pelo Boston Celtics em 2012, o pivô chegou à NBA após grande passagem pela renomada universidade de Syracuse, onde foi revelado Carmelo Anthony, e foi eleito o Melhor Defensor de sua conferência da NCAA.
Depois de algumas aparições no Celtics e passagens por equipes da D-League, Fabrício Paulino de Melo retornou ao Brasil em uma passagem relâmpago pelo Paulistano, em 2014. Em seguida, passou rapidamente por Porto Rico antes de voltar ao seu país natal, agora para jogar o NBB CAIXA pela Liga Sorocabana.
Na edição 2015/2016, o jogador teve médias de 11,3 pontos, 5,5 rebotes e 12,6 de eficiência por partida. Agora mais adaptado ao basquete brasileiro, Fab foi para uma das maiores potências do país e tem tudo para fazer um grande ano com a camisa do Brasília no NBB CAIXA.
– Rafael Hettsheimeir (Gocil/Bauru Basket)
Rafael Hettsheimeir é um pivô que dispensa qualquer comentário. Dominante e muito técnico, o pivô tem uma capacidade incrível de pontuar e pode fazer isso de todas as maneiras. O jogador, de 2,08m de altura, possui um arremesso que poucos têm. Nas duas temporadas do NBB CAIXA que disputou, teve aproveitamento em torno de 38% nas bolas de 3 – coisa rara quando se trata de um pivô 5.
E por falar nas duas edições anteriores do NBB CAIXA que disputou, Rafael chegou a nada menos que duas Finais e em ambos ficou com o prêmio de Melhor Pivô. Na última delas, inclusive, em que teve médias de 16,1 pontos e 5,7 rebotes, concorreu até ao prêmio de MVP (Jogador Mais Valioso) do campeonato, vencido por Marquinhos (FLA).
Nascido em Araçatuba (SP), Hettsheimeir deu seus primeiros passos como profissional com a camisa do extinto COC/Ribeirão Preto (SP), na época comandado por Lula Ferreira, ex-técnico e hoje da diretoria do Franca Basquete. Depois, rumou para a Espanha, onde ficou por nove temporadas e passou por clubes importantes como Zaragoza, Obraidoro, Unicaja Málaga e o poderoso Real Madrid.
Com a camisa da Seleção Brasileira, o pivô teve papel fundamental no Pré-Olímpico de Mar Del Plata em 2011, em que o Brasil ficou em segundo lugar e voltou a uma Olimpíada após 16 anos de jejum. Além disso, disputou a Copa do Mundo de 2014 na Espanha, os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 (ouro) e atuou nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
– JP Batista (Flamengo)
Diferentemente dos pivôs citados até o momento, JP Batista não tem o arremesso de fora no arsenal ofensivo, mas compensa com uma qualidade interna pouco vista por aqui. Com 2,06m de altura e uma força bruta, o pivô de 34 anos possui uma técnica e um jogo de pés impressionante, com diversos recursos de giros, fintas e ganchos, típicos dos pivôs do basquete europeu.
Outro atleta de Seleção no Top 9 do NBB CAIXA, JP chegou ao Flamengo na temporada passada e agora vai para seu segundo ano em solo brasileiro. Nascido em Recife (PE), o pivô, relevado pelo Náutico (PE), construiu sua carreira profissional inteira fora do país e tem um currículo internacional de respeito.
Primeiro, ficou quatro anos no basquete universitário norte-americano, com passagem por Western Nebraska College, Barton Country College e pela renomada Gonzaga University, que disputa a divisão de elite da NCAA. Depois disso, ainda disputou uma Summer League da NBA pelo Minnesota Timberwolves, mas rumou mesmo para a Europa. De 2006 a 2008, atuou pelo Lietuvos Rytas, segunda maior potência da Lituânia, e Barons Riga, da Letônia. Ainda em 2008, foi para a França, onde ficou por sete temporadas e conquistou uma série de títulos por Le Mans e Limoges, o que o deu o posto de ídolo do país.
Já no Flamengo, JP Batista chegou mostrando serviço. Silencioso, regular e muito eficiente, o experiente pivô ficou no banco de reservas durante boa parte da temporada, mas não deixou de ser essencial na campanha do pentacampeonato do rubro-negro carioca no NBB CAIXA. Com médias de 11,3 pontos e 4,8 rebotes, JP ainda registrou o recorde de bolas de 2 pontos convertidas em um jogo – 12 contra o Rio Claro.
Pela Seleção Brasileira, disputou cinco Copas Américas (2007, 2008, 2009, 2013 e 2015), a última delas com média de 10,0 pontos por jogo. Além disso, participou de dois Sul-Americanos (2010 e 2016), disputou a Copa do Mundo de 2014 na Espanha e ganhou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. Que currículo, amigos!
– Lucas Mariano (UniCEUB/Cartão BRB/Brasília)
Mais jovem desta lista, Lucas Mariano, de 23 anos, é um potencial bruto apresentado ao país pelo Franca Basquete e que hoje atua com camisa do Brasília. Nascido na própria Capital do Basquete, o jogador disputou seis temporadas do NBB CAIXA pela equipe de sua cidade natal e por lá se desenvolveu até se tornar um atleta digno de Top.
Com 2,07m de altura e uma força física assombrosa, Lucas atuou algumas temporadas como ala/pivô, por ter um bom arremesso de fora e uma boa infiltração. Porém agora, pela equipe candanga, o versátil jogador atua mais como atleta mais pesado dentro de quadra, mas não necessariamente como um “cincão”, pois não deixou de abrir a quadra e chutar de fora.
Um dos grandes frutos da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), competição nacional Sub-22, Lucas Mariano disputou três edições (2011, 2012 e 2013), todas pelo Franca, e conquistou um vice-campeonato em 2012. A experiência adquirida na LDB ajudou o atleta ganhasse mais confiança e bagagem para o NBB CAIXA, onde foi muito bem explorado pelo técnico Lula Ferreira nas quatro temporadas em que atuaram juntos.
Seu ciclo na Capital do Basquete chegou ao fim em 2015/2016, quando acertou com o Mogi das Cruzes/Helbor. Pela equipe mogiana, era um dos principais nomes do elenco que foi vice-campeão paulista em 2015 e foi o terceiro colocado no NBB CAIXA e na Liga das Américas. Agora, com a camisa do Brasília, Lucas terá mais uma oportunidade de estar entre os grandes atletas de sua posição no cenário nacional.
– Marcão (Banrisul/Caxias do Sul Basquete)
Com seis temporadas do NBB CAIXA no currículo, Marcão atingiu, na edição passada, as maiores médias de toda sua trajetória na competição (10,4 pontos, 5,2 rebotes e 11,1 de eficiência) e foi um dos grandes destaques da campanha do Caxias, que foi aos playoffs logo em sua temporada de estreia na elite do basquete nacional.
Com passagens por Araraquara, Palmeiras e Liga Sorocabana, o pivô, de 32 anos, tem tudo para aparecer muito bem com a camisa do clube gaúcho no NBB CAIXA novamente. Uma lesão o deixou de fora das partidas de pré-temporada da equipe (Campeonato Gaúcho e Copa Universo), mas nada que o atrapalhará para o maior campeonato do país.
Na temporada passada, ainda por cima, Marcão protagonizou diversos lances de ponte aérea com o armador Gustavinho, hoje do Solar Cearense, e finalizou o campeonato como quarto atleta que mais deu cravadas, com 26. A dupla, inclusive, concorreu ao prêmio da Ponte Aérea Avianca, que coroou com passagens para qualquer destino Avianca do Brasil os donos da melhor ponte aérea do NBB CAIXA – Tyrone e Larry (MOG).
– Murilo Becker (Vasco da Gama)
Murilo Becker é um atleta de currículo invejável dentro do NBB CAIXA. Aos 33 anos, o gaúcho de Farroupilha tem oito temporadas na competição (Minas, São José e Bauru), e nada menos que três Finais (11/12, 14/15 e 15/16), quatro troféus de Melhor Pivô (2008/2009, 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012), um de MVP da temporada, cestinha e reboteiro (2011/2012). Além disso, é dono dos recordes de bolas de 2 pontos (16 convertidos em 2009/2010 pelo Minas) e lances livres (19 convertidos em 2011/2012 pelo São José) de toda a história do NBB CAIXA.
Antes do NBB CAIXA, o pivô teve duas experiências na Europa, com passagens pelo PBK Academik EAD, da Bulgária, e pelo poderoso e tradicional Maccabi Tel-Aviv, de Israel, em 2006/2007. O gigante ainda entrou em quadra pela equipe israelense diante do New York Knicks, em amistoso realizado no Madson Square Garden, em 2007.
Durante muito tempo ao lado de grandes garçons, como Sucatzky, Fúlvio, Larry e Ricardo Fischer, o pivô, agora com a camisa do Vasco da Gama, terá ao seu lado ninguém menos que Nezinho, quarto atleta que mais deu assistências na história. Com o pick-and-roll e força noos rebotes como pontos fortes, Murilo pode voltar a ser um dos grandes nomes do NBB CAIXA. O que será que vem por aí?
– Paulão Prestes (Paulistano/Corpore)
Paulão Prestes irá para sua quinta temporada por seu quarto clube diferente do NBB CAIXA. Aos 28 anos, o gigante de 2,08m de altura, tem passagens por Brasília, Franca e Mogi, onde ficou nas duas últimas temporadas e foi vice-campeão da Liga Sul-Americana 2014 e do Campeonato Paulista 2015 com a equipe.
A fim de se livrar dos problemas físicos que o atrapalham ao longo dos anos, Paulão está em busca da regularidade e da saúde no Paulistano, para, quem sabe, repetir o desempenho que teve na temporada 2013/2014, quando atuou pelo Franca e foi eleito o Jogador Que Mais Evoluiu desta edição, na qual teve médias de 18,7 pontos, 9,4 rebotes e 21,8 de eficiência por partida (vice-líder da competição).
Natural de Monte Aprazível (SP), Paulão deu seus primeiros passos no basquete no extinto COC/Ribeirão Preto. Depois, foi para a Espanha e ficou por lá por oito temporadas, na qual passou por Unicaja Málaga, Clínicas Rincón, Múrcia, Granada e Gran Canária. No meio deste período, o pivô disputou uma Summer League da NBA pelo Minnesota Timberwolves.