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Trajetória do campeão

13-04-2013 | 12:49
Por Liga Nacional de Basquete

Foram três vice-campeonatos internacionais antes de alcançar o lugar mais alto do pódio, confira a trajetória do Pinheiros, a melhor equipe das Américas

 

Pela primeira vez em sua história, o Pinheiros conquista um título internacional (Samuel Vélez/FIBA Américas)

Aproveitando uma expressão famosa do futebol, a bola bateu na trave do Pinheiros/SKY três vezes antes de, finalmente, entrar no gol. O time da capital paulista amargurou três vice-campeonatos em competições internacionais nos últimos dois anos, antes de chegar ao tão sonhado título da Liga das Américas, a maior competição de basquete da América Latina, nesta sexta-feira.

As derrotas na Liga Sul-Americana (2012) e no Torneio Interligas (2011 e 2012), sem dúvida, fortaleceram o até então inexperiente time do Pinheiros, que antes de 2010 nunca havia participado sequer de uma competição internacional. Os comandados de Claudio Mortari foram a cada decisão ganhando a experiência necessária para atingir o ponto mais alto do cenário do basquete latino-americano.

Agora, antes de chegar a disputa de títulos continentais, o Pinheiros foi construindo sua história em território nacional. O clube de São Paulo faturou o título do Campeonato Paulista, em 2011, o primeiro de sua história, e no NBB, foi duas vezes consecutivas o terceiro colocado (edições 2010/2011 e 2011/2012).

Norte-americano Joe Smith foi um dos grandes reforços para a temporada (Divulgação/FIBA Americas)

No início da atual temporada, a equipe passou por uma grande reformulação no elenco. Jogadores importantes como o ala Marquinhos, o ala/pivô Olivinha e o armador argentino Juan Pablo Figueroa passaram a não fazer mais parte do grupo, que manteve peças importantes como Shamell, Paulinho Boracini, Rafael Mineiro, Morro e Bruno Fiorotto. Aos remanescentes, se uniram os novos reforços: o ala/armador norte-americano Joe Smith, o ala Marcio, o armador Fernando Penna e os pivôs Guillermo Araujo e André Bambu.

A classificação para a Liga das Américas foi no último segundo (Divulgação/FIBA Americas)

Com esse elenco, o Pinheiros foi trabalhando forte, sem fazer muito barulho, e os resultados foram aparecendo aos poucos. O primeiro deles foi na primeira fase da Liga Sul-Americana, quando o time paulista garantiu uma das vagas para a Liga das Américas com um arremesso milagroso do ala/armador Paulinho Boracini, no último segundo do jogo contra o Centauros (VEN), anfitriões do Grupo A.

Na Liga das Américas, o Pinheiros passou pela primeira fase na segunda posição do Grupo A e, em seguida, repetiu o feito no quadrangular semifinal, eliminando o rival brasileiro considerado favorito, o Flamengo.

Ao chegar ao Final Four da competição, a equipe de Claudio Mortari venceu o jogo de estreia diante dos donos da casa, o Capitanes de Arecibo (PUR) jogando um basquete envolvente e agressivo.

Na segunda rodada, o desafio era extremamente complicado, já que o Lanús (ARG) havia vencido o atual tricampeão do NBB, o Uniceub/BRB/Brasília, com uma larga vantagem. Esse confronto, praticamente, definiria o campeão do torneio.

Com vitória sobre o Lanús, o Pinheiros garantiu o título inédito (Divulgação/FIBA Americas)

Sem se intimidar com o que estava por vir, o time pinheirense foi para cima dos argentinos. O experiente ala Márcio Dornelles chamou a responsabilidade e foi um dos destaques da equipe, com 21 pontos, assim como o pivô Rafael Mineiro, que contribuiu com 20 pontos e nove rebotes. Com um último quarto impecável, os paulistas foram capazes de segurar a pressão da equipe rival para manter a vitória.

O Pinheiros precisava torcer apenas por um resultado positivo do Capitanes de Arecibo diante do Uniceub/BRB/Brasília para garantir, com antecedência, o titulo da Liga das Américas 2013. E a torcida funcionou, os portorriquenhos venceram e a equipe de SP pôde, finalmente, soltar o grito de campeão.

Parabéns aos atletas, comissão técnica e dirigentes do Pinheiros pela conquista que engrandece toda essa nação do basquete brasileiro.