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Seleção Brasileira

Voz da experiência

28-11-2017 | 03:29
Por Liga Nacional de Basquete

Mais velho da Seleção, Alex Garcia destaca importância de sua bagagem em grupo renovado e elogia técnico Petrovic: “conhece muito”

“This is my house”, o slogan da FIBA pode muito bem ser aplicado a Alex Garcia com a Seleção Brasileira (Divulgação/FIBA)

São quase 15 anos só de Seleção Brasileira Adulta. Duas Olimpíadas, quatro Copas do Mundo, cinco Copas Américas, dois ouros Pan-Americanos. Dá para ver que experiência é o que não falta para Alex Garcia. Aos 37 anos, o renomado atleta teve seu nome chamado na primeira lista de convocados técnico croata Aleksandar Petrovic, que deu início a uma era de renovação do basquete brasileiro.

A lista de Petrovic para os jogos contra Chile e Venezuela contou com nomes bastante conhecidos da nova geração do basquete brasileiro, como Lucas Dias, (22 anos), Yago Matheus (18 anos), Léo Meindl (24 anos), Lucas Mariano (24 anos), Antonio Elpídio (23 anos), Ricardo Fischer (26 anos) e Vitor Benite (26 anos). No grupo dos “velhos de guerra” na Seleção, estiveram somente Hettsheimeir (31 anos), Anderson Varejão (35 anos), Fúlvio (36 anos) e Alex (37 anos), o mais velho entre todos.

Depois das duas vitórias nos dois primeiros jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2019, Alex Garcia analisou seu papel nessa “nova” Seleção Brasileira, que tem média de idade de 27,6 anos. Para ele, para uma renovação ser considerada efetiva e completa, a nova geração precisa mesmo é de bagagem. E para isso se concretizar, a função dos veteranos é ajudar a garotada.

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“É claro que quando você fala de renovação tem que ter os atletas novos, como Yago, Léo Meindl, Benite, mas renovação não pode ser com todos. Temos que mesclar um pouco, tem que dar bagagem internacional para esses garotos que estão chegando para aí sim ser uma geração nova por completo. Nosso papel é de ajudar essa garotada. É claro, jogar também, ajudar em quadra, mas precisamos passar confiança a eles. O mais importante é fazer bem nosso trabalho como fizemos nesses dois primeiros jogos”, comentou o Brabo.

Titular nos dois primeiros compromissos da Seleção, contra Chile e Venezuela, Alex segue sendo referência dentro de quadra mesmo aos 37 anos. No primeiro jogo, em solo chileno, foi o cestinha na vitória fora de casa por 86 a 73, com 14 pontos. Já no segundo, na Arena Carioca 1, teve atuação bastante sólida, com nove pontos, sete assistências e seis rebotes.

Para se ter uma noção de sua importância nos resultados, o camisa 10 foi dono do maior índice +/- do Brasil nas duas partidas nas Eliminatórias até aqui. Na partida em Osorno (CHI), o saldo da equipe foi de +17 enquanto o Brabo esteve em quadra. Já diante dos venezuelanos em solo brasileiro, a marca foi de +24. Tudo isso arrancou elogios do técnico Aleksandar Petrovic, que usou o próprio Alex como exemplo no assunto renovação.

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“Penso que quando tenho que fazer uma convocação não existem os jovens e os veteranos, existe a melhor equipe. Me impressiona, por exemplo, a vontade de jogar e o tempo que pode render do Alex Garcia, que cada treinamento acrescenta demais ao grupo todo. Não podemos olhar quantos anos ele tem, são quase 20 a mais que o Yago. Penso que no final a lista terá os melhores e sairá uma mescla boa. Temos um largo caminho de dois anos até a Copa do Mundo e espero ter uma equipe brigando de igual para igual com todo mundo”, disse Petrovic.

Ao longo de seus 15 anos de Seleção Brasileira Adulta, Alex Garcia pegou nada menos que cinco técnicos diferentes: Hélio Rubens (2002), Lula Ferreira (2003 a 2007), o espanhol Moncho Monsalve (2007 a 2009), o argentino Rubén Magnano (2010 a 2016) e agora o croata Aleksandar Petrovic.

Alex foi titular nos dois jogos da Seleção e em ambos teve o maior índice +/- da equipe (Divulgação/CBB)

O novo comandante recebeu elogios do Brabo, que antes mesmo do duelo contra a Venezuela destacou a diferença de filosofia em relação ao treinador anterior ao site oficial da CBB: “O Petrovic é mais solto, tem mais jogo de cintura que o Rubén, é mais flexível em muitas coisas, mas quando chega dentro de quadra cobra duro, quer as coisas do jeito dele. […] O Rubén gostava muito que a gente tirasse a linha do passe e ele não, ele gosta que a gente feche o garrafão mesmo e se for dar alguma bola é o arremesso de fora”, disse Alex ao site da CBB.

Logo após o duelo contra a Venezuela, ao portal da LNB, o camisa 10 da Seleção voltou a elogiar o treinador croata. “É uma filosofia um pouco diferente do que estamos acostumados, que é a do Rubén. Ele (Petrovic) é um cara que apoia bastante, dá muita liberdade, mas cobra bastante, é muito sério na hora que precisa cobrar. Com certeza ele agregará muito ao nosso basquete. É um cara que conhece muito de basquete. Querendo ou não tivemos pouco tempo com ele, então ainda não deu para assimilar totalmente o que ele quer, mas vamos esperar para a próxima convocação para podermos tirar mais dele e seguir aprendendo”, concluiu Alex.

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A próxima janela da Seleção Brasileira nas Eliminatórias será somente em fevereiro de 2018, quando a equipe fará dois jogos em solo brasileiro, contra Colômbia no dia 22 e Chile no dia 25 – ambos sem local e horário definidos. Enquanto isso, Alex Garcia voltará suas atenções para o Sendi Bauru Basket, que entrará em quadra para um grande clássico no NBB CAIXA no sábado (02/12), diante do rival Sesi Franca Basquete, no Ginásio Pedrocão, às 14 horas, com transmissão ao vivo da Band.