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Os bordõesde Fuller

19-09-2019 | 04:32
Por Liga Nacional de Basquete

Em bate-papo exclusivo no Podcast Território NBB CAIXA, jogador explica origem de seus jargões mais famosos

Kyle Alejandro Fuller, do Corinthians, foi o primeiro entrevistado no quadro “X1” do Podcast Território NBB CAIXA, que estreou nesta segunda-feira (16/09). Nele, o peruano comentou sobre diversas curiosidades e explicou de onde vem dois jargões muito utilizados pelos torcedores e por seus fãs: o “Ya Tu Sabes” e o “Gringo da Favela”.

A história do “Ya Tu Sabes” começa lá atrás, ainda nas favelas do Peru em que Fuller viveu. Na época, com 11 anos, o jogador do alvinegro paulista já era apaixonado pelo esporte da bola laranja, só que, pela pouca idade, nunca era chamado para os jogos.

Teimoso, Fuller chegou a ficar duas semanas sem colocar o pé dentro de quadra para jogar, mas sempre se manteve à beira, na espera de uma oportunidade. Após um tempo, a tão sonhada chance apareceu.

“Já jogava bem, mas tinha apenas 11 anos. Com isso, um cara (Sussu) me chamou para jogar. No time tinha alguns amigos meus e meu pai, então fui lá. O jogo na rua é duro. Se bate no nariz, ninguém apita falta, mesmo se estiver sangrando. Você que deve apitar sua falta, mas comigo não funcionava. Não me respeitavam pela minha idade”, afirmou o ala/armador da equipe alvinegra.

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Jargão “Ya tu sabes” surgiu na infância do jogador, no Peru (João Pires/LNB)

Em meio a um jogo duro e repleto de pessoas mais velhas, Fuller viu essa situação como uma chance única e a agarrou com unhas e dentes. Logo em sua primeira jogada, o gringo do Corinthians foi ousado e converteu uma cesta após um crossover com fadeaway.

“Na hora que matei a bola, Sussu veio em mina direção e disse: ‘caramba! Tu sabes!’. Depois, fiz mais uma bola, dessa vez de três pontos, e ele veio e me disse a mesma coisa. Fez isso durante quase todo o jogo e gostei muito dessa palavra. A partida acabou e o agradeci pela oportunidade. Nessa hora ele me disse: ‘Ya tu sabes! Amanhã quero você de novo para jogar comigo’. Aquilo me marcou e quando falo isso significa confiança. Quando falo “Ya tu sabes” é por que sei que vou meter a bola. É uma forma de expressar toda minha confiança”, disse o jogador.

No Corinthians, Fuller se destacou não só pelas atuações dentro de quadra, mas também pela irreverência. Por isso, a torcida retribuiu a entrega e o carisma do jogador com um apelido para lá de especial: o de “Gringo da Favela”.

Para Fuller, a alcunha combina com o seu estilo e origem, que é de periferia.

“A torcida inventou o Gringo da Favela. Gostei muito. Sou muito favela, vim de lá. Não sou das favelas do Brasil, mas sou um gringo que veio da favela. Então juntou um com o outro e isso casou bem comigo. Quando vi, a torcida já gritava isso. Fiquei feliz e me identifiquei com o nome”, frisou.

Querido pela torcida corinthiana, Fuller foi apelidado de “Gringo da Favela” (João Pires/LNB)

Ainda no bate-papo no Território NBB CAIXA, Fuller falou sobre outros assuntos, como sua adaptação ao Brasil, o cotidiano difícil na infância em Compton, cidade próxima a Los Angeles considerada uma das mais perigosas do mundo, sobre seu status de “fominha” e muito mais.

E aí, quer conferir a entrevista na íntegra? Então dá uma conferida no nosso podcast! Estamos nas principais mídias da podosfera: Spotify, Itunes, Deezer, Whooshkaa YouTube.

O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com os patrocínios oficiais da CAIXA, Budweiser, INFRAERO, Nike e Penalty e os apoios de UNISAL, Açúcar Guarani e Pátria Amada Brasil – Governo Federal.