HOJE
A história doMVP da Final
Por Felipe Gomes
Capitão do Pinheiros na LDB 2019 e MVP da Final, Jonas Buffat passou grande parte de sua vida no vôlei de praia e tem história recente no basquete
No último domingo, o Pinheiros conquistou o tricampeonato da LDB e se tornou a equipe com mais conquistas na história da competição. Um personagem em especial chamou a atenção na partida decisiva: o ala/armador Jonas Buffat, que teve grande atuação (16 pontos, 13 rebotes, quatro assistências e 23 de eficiência) e foi eleito o MVP da Final.
Após a decisão, em meio às comemorações ainda em quadra, o jogador deu uma entrevista à equipe da LNB que deixou a todos com muita curiosidade. Ele falou sobre a felicidade de ganhar o prêmio na final e revelou alguns detalhes interessantes. Dá uma olhada na fala completa.
“Estou muito feliz, sinto que é um grande passo pra minha carreira. Comecei a jogar basquete só com 16 anos. Antes eu jogava vôlei de areia, fui até campeão e resolvi mudar. Meu pai foi jogador de basquete e sempre falou que eu tinha que trabalhar duro. Não tem segredo, antes do sucesso tem que ter um sacrifício. Fiquei bem feliz com o resultado do meu trabalho”, afirmou o jogador após o título.

Buffat recebeu o prêmio de MVP da Final das mãos de Ricardo Bulgarelli, comentarista do NBB CAIXA (João Pires/LNB)
Isso mesmo. Ele começou a jogar basquete com 16 anos, há apenas três anos, e antes disso era atleta de vôlei de praia, com direito a conquistas estaduais e um vice-campeonato brasileiro estudantil. Mas, calma, que essa história ainda pode ficar melhor!
Natural de Cumuruxatiba, distrito de Prado, uma cidadezinha pequena na Bahia, Jonas Buffat é filho de um pai suíço e uma mãe caribenha, de uma Ilha Francesa. O mais interessante é que ambos eram jogadores de basquete e se conheceram na Suíça, através da modalidade.
“Morava em uma cidade de 3 mil habitantes no sul da Bahia e tinha só uma rua principal, o resto era só praia. Meu pai veio da Suíça há um tempo atrás, com minha mãe e minha família. Ele é professor de esportes e tem certificado de treinador de vôlei, então fez uma quadra de vôlei de praia e começou a dar aula pra comunidade. Comecei a jogar vôlei com seis anos e fiquei até os 15 jogando”, contou.

Jonas Buffat, seu pai e o pôr do sol de Cumuruxatiba (Divulgação)
Nesse período de vôlei de praia, seus resultados foram bem expressivos, com direito a título baiano e vice no brasileiro sub-16, que rendeu vaga no Mundial da categoria. Seu parceiro de quadra, David Pedreira, inclusive chegou a defender o Brasil em algumas competições após o término da dupla.
“Em 2014, fui campeão baiano e vice-campeão brasileiro escolar, que é o único campeonato de base que realmente existe. Depois disso, em 2015 teria um Mundial e estava classificado para disputar, mas mudei de cidade e não consegui jogar por outras questões. Meu parceiro da época, o David (Pedreira), foi Seleção Brasileira sub-19 e 21, sempre esteve entre as duas melhores duplas do Brasil”, revelou.

Buffat, ao centro, com seu ex-parceiro de quadra David (à direita), e seu pai, Jef (à esquerda) com medalha no peito (Divulgação)
Atualmente, Buffat tem contato com o vôlei de praia apenas quando está de férias e viaja para a Bahia. Mas falou sobre como foi essa experiência e as motivações que o fizeram jogador de vôlei de praia por um bom tempo de sua vida.
“Gostava bastante, foi bem legal. Nunca joguei pensando em ser um jogador, jogava mais por prazer e por gostar muito de praticar esporte. Ainda jogo bastante vôlei quando estou de férias, principalmente no verão, e vou para a Bahia, onde é bem comum a prática”.
A mudança para o basquete também aconteceu de forma curiosa, graças a um campeonato em que disputou apenas por gostar de praticar o esporte e foi observado pelo atual treinador do Paulistano, Régis Marrelli, na época à frente do Vitória.
“Sempre assisti muito jogo de basquete com meu pai, via os jogos dele. Até que joguei um campeonato de basquete em Salvador só por prazer. O Régis Marrelli, que hoje está no Paulistano e na época era do Vitória, me viu jogando, me achou alto e com bom físico, e perguntou se eu não queria vir pra São Paulo jogar com o Paulo César Jaú (atual treinador do São José)”.
O resultado disso foi o melhor possível: Jonas Buffat se mudou para o estado de São Paulo e iniciou sua carreira nas categorias de base do Taubaté. Depois de um ano na equipe do interior paulista, mudou-se para o Palmeiras, clube em que atuou por uma temporada, até se transferir para o Pinheiros.
Em seu segundo ano no clube do Jardim Europa, o jogador de 19 anos passou por mudanças na equipe. No início, atuava nas posições 3 e 4 (ala e ala/pivô), mas com a saída de algumas peças da armação do time, pediu para ser testado como armador do time e agradou em quadra.
Atual capitão do clube, Buffat é mais do que um líder em quadra, em alguns momentos até um treinador, como revelou o treinador David Pelosini.
“Além dele ser meu capitão, os meninos o chamam de head coach, porque às vezes ele manda até em mim. Não vejo problema, pois penso que o bom treinador é o que faz o melhor para o grupo”, contou o comandante.
Sobre esse espírito de liderança, o atleta pinheirense falou da influência de seu pai, que foi jogador e treinador de basquete, e sempre cobrou um bom entendimento do jogo. Além da competitividade e vontade de ajudar seus companheiros de time em quadra.
“Acho que é de sangue (risos). Meu pai era jogador e virou treinador depois. Ele sempre tentava fazer a gente entender o jogo. Acho que tenho um caráter forte, sou bem competitivo e gosto de exigir bastante dos meus companheiros. Sempre tento ajudá-los o máximo possível, dando dicas e instruções, pra gente ficar melhor no jogo”, finalizou o MVP da Final da LDB 2019.
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