HOJE
O futuro do NBB:Mãozinha
Por Liga Nacional de Basquete
Conheça o ala/pivô Mãozinha, um dos principais talentos da base brasileira
Nos últimos anos, João Marcello Cardoso Pereira se firmou como uma das principais promessas do basquete brasileiro. Talvez, por esse nome, vocês não tenham se lembrado de quem estou falando, isso porque o jogador ficou conhecido pelo seu apelido dentro de quadra: Mãozinha.
Ala/pivô de 1,98m de altura, Mãozinha veste atualmente a camisa do Esporte Clube Pinheiros e, por lá, ja acumula conquistas importantes, como a conquista da LDB 2019.
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Na ocasião, Mãozinha foi peça fundamental do elenco comandado por David Pelosini, anotando médias de 13,5 pontos, 6,3 rebotes, 1,3 assistências e 17,9 de eficiência, demonstrando todo o seu seu potencial em um dos maiores clubes de base do país.
Mas a história de sucesso do jogador começa antes. Envolve, ainda, uma família de basqueteiros e uma inspiração de peso dentro de casa.
Filho do renomado ex-jogador Mãozão, o contato com o basquete veio de berço e com a grande influência do pai, até então atleta. Este fator, aliás, foi um dos determinantes para a iniciação do João Marcello no mundo da bola laranja.
Mas, além do esporte da bola laranja, Mãozinha também desenvolveu um apego por outros dois esportes culturalmente americanos: o baseball e o futebol americano.
“Eu conheço o basquete desde que nasci, já que meu pai foi um jogador profissional até os 44. Na minha infância eu dizia que ia ser jogador de futebol americano ou até mesmo baseball, que sempre acompanhávamos esses esportes, mas nunca de basquete. Apesar de jogar basquete, meu pai dizia que eu poderia jogar o que quiser e fazer o que eu quisesse, então nunca tive essa pressão pra jogar, sempre foi pelo amor natural ao esporte”, disse o jogador.
Só que a paixão pelo basquete de fato se aflorou quando Mãozinha tinha 7 anos. Nesta fase, o jogador mudou totalmente de ideia e se jogou de cabeça no mundo da bola laranja.
“Aos 7 anos, mudei totalmente de ideia e vi que queria mesmo jogar. Neste momento, me apaixonei de vez pelo esporte. Desde então, venho treinando para que eu possa viver desse esporte que eu amo tanto”, afirmou.
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História do apelido
Se você chegou até essa parte do texto já deve ter uma pequena noção, que seja, do motivo do apelido do ala/pivô ser “Mãozinha”. A história é antiga e surgiu, de certo modo, como um apelido carinhoso dado pelos companheiros de time do pai, que chamavam a então criança de Mãozinha, em alusão ao apelido de seu pai, o Mãozão.
“Desde pequeno eu era chamado de Mãozinha pelos colegas de time do meu pai, por ser o filho do Mãozão. Mas o apelido só pegou mesmo quando fui pela primeira vez servir a Seleção Paranaense, em 2015. Tinham outros quatro na seletiva que se chamavam João. Como ninguém me conhecia antes o apelido pegou bem rápido.
E se muitos não gostam dos apelidos ganhos durante a base, com Mãozinha o contrário aconteceu. Segundo o ala/pivô, o nome é uma forma de homenagear o pai, que para ele é um grande exemplo.
“Eu gosto demais do apelido e até tenho orgulho de me apresentar e explicar a história de me chamarem assim. Meu pai sempre foi um exemplo de pessoa e atleta pra mim, então ser reconhecido e associado como filho dele é um orgulho muito grande”, finalizou.
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De MVP a campeão da LDB
Hoje, consolidado como um dos grandes nomes da base brasileira, Mãozinha foi jogar a LDB, o principal campeonato das categorias de base do Brasil, que conta com o apoio do CBC (Comitê Brasileiro de Clubes) desde 2017, somente na edição 2018. Logo de cara, o ala/pivô levou o posto de MVP da competição, com médias de 17,7 pontos, 11,2 rebotes, 1,8 assistências e 24,3 de eficiência em 10 jogos.
Vale ressaltar que as médias expressivas foram anotadas ainda na fase classificatória, já que a equipe de Maringá não conseguiu ir longe na competição
“Nunca ter jogado uma LDB me deixou um pouco nervoso no início, mas depois que entrei na quadra eu simplesmente esqueci e fiz de tudo para o meu time ganhar. Infelizmente não fomos tão bem no campeonato, mas meu esforço foi reconhecido pelo David que me deu a oportunidade de jogar pelo Pinheiros no ano seguinte”, frisou.
Fruto da ótima atuação, a chance veio no Pinheiros, sob o comando de David Pelosini, considerado um dos principais técnicos de base do país nos últimos anos. O resultado foi um dos melhores possíveis, com um título de LDB logo em sua temporada de estreia no clube do Jardim Europa.
“Foi uma experiência única. Nunca tinha ido para as fases finais da LDB, muito menos invicto. Ter conquistado esse título e ter sido uma das peças de confiança do David foi simplesmente indescritível. Não tinha lugar melhor para estar. Com certeza é um título que vou carregar com orgulho pro resto da minha vida”, disse.
Projetando a próxima temporada, Mãozinha espera ter mais chances na elite do basquete nacional. A ideia é dar os primeiros passos no adulto visando a profissionalização, se firmando na elite do basquete brasileiro.
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O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e em parceria com a NBA e o CBC, e conta com os patrocínios oficiais da Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos, EY, VivaGol, IMG Arena e Genius Sports.