HOJE
O que mudar?
Por Liga Nacional de Basquete
Não encaixa? Mogi tem Paulistano como “pedra no sapato” e acumula 3 piores atuações defensivas na temporada contra o rival das Finais
Enfrentar o Paulistano/Corpore não foi tarefa fácil para nenhuma equipe da atual temporada do NBB CAIXA. Mogi das Cruzes/Helbor que o diga. Mesmo sendo a melhor defesa do campeonato (71,05 pontos sofridos por jogo), o time mogiano sofreu de seu rival nas Finais as três piores atuações defensivas na temporada.
+Veja como foi a derrota do Mogi no Jogo 1 para o Paulistano
Uma delas aconteceu no Jogo 1 da decisão, no último sábado (19/05), em pleno Hugo Ramos completamente lotado, por 99 a 82 – a pior na temporada. As outras duas aconteceram nos dois jogos da fase de classificação, ambos vencidos pelo CAP, pelos placares de 84 a 80 e 84 a 67.
Quando questionado sobre como parar o Paulistano, o técnico Guerrinha preferiu dar méritos ao time alvirrubro e destacar o incrível primeiro quarto que a equipe da capital fez no Hugão: 30 a 14 – o maior placar da história dos primeiros quartos de Finais de NBB CAIXA.
“O Paulistano é uma equipe muito difícil de ser parada. Todos atacam e todos tiveram excelentes aproveitamentos. No primeiro quarto eles foram muito dominantes e sentimos isso, jogando em casa, diante da torcida, com uma expectativa muito grande”, declarou Guerrinha.
+30 x 14: o incrível primeiro quarto do Paulistano
“Eles (Paulistano) tiveram um aproveitamento muito bom, até em arremessos marcados. Até passe de peito deles caiu na cesta. Mérito deles. Não conseguimos ser dominantes, apenas no terceiro quarto, mas mesmo assim não conseguimos defender. O ataque, por mérito, levou vantagem sobre a defesa”, completou o treinador.
O que mudar?
Definitivamente a atuação no Jogo 1 foi longe do que o Mogi apresentou ao longo da temporada. Na preparação para a segunda partida da série, o técnico Guerrinha destacou as melhorias trabalhadas para o duelo desta quinta-feira (24/05), no Ginásio Wlamir Marques (Corinthians), às 19h30, ao vivo no SporTV.
“Podemos acrescentar muitas coisas ao nosso jogo para sair com a vitória. Além da rotação, da velocidade de raciocínio e de ações, nosso grande problema começou no ataque, que foi muito previsível, parado e facilitou a defesa. Estávamos sem criatividade, inspiração e, principalmente, sem fazer o que havíamos treinado. Assim as coisas não aconteceram”, analisou o comandante do Mogi.
“Eles tiveram um jogo de transição muito forte em função do nosso ataque. Por isso a primeira coisa foi corrigir o ataque e depois a defesa. Sabemos que é importante ser rápido no raciocínio, porque é um time grande e que marca muito fechado”, acrescentou Guerrinha.
Pelo que foi colocado em práticas nos dois últimos dias de treinos – segunda-feira no Hugo Ramos e terça-feira já no Ginásio Wlamir Marques –, o experiente treinador do Mogi deu um feedback positivo sobre o que foi trabalhado.
“Precisamos fazer as coisas acontecerem mais rapidamente e não de forma previsível e lenta. Passamos isso para eles em vídeo, mostramos as bolas do primeiro quarto, de ataque e defesa, tentamos aplicar no treino e a resposta foi muito boa”, finalizou Guerrinha.
Rotação
A rotação de elenco também é algo que, de certa forma, dá ao Paulistano uma ligeira vantagem em relação ao Mogi. O time do técnico Gustavo De Conti promove um altíssimo revezamento entre quase todos os seus atletas disponíveis, o que mantém o ritmo do time sempre alto.
Na série semifinal contra o Bauru, por exemplo, De Conti usou em média 22,6 quintetos diferentes em quadra por jogo. No duelo do último sábado no Hugo Ramos, foram 21. Enquanto isso, na semi contra o Flamengo, Guerrinha usou em média 17 formações diferentes por jogo. Já no Jogo 1 das Finais, foram 15.
+Gustavo De Conti “contraria estatísticas” no Jogo 1 contra Mogi
“Uma das grandes vantagens do jogo foi no revezamento. Muitas vezes dizem que nossa equipe é muito mais experiente, mas só temos cinco jogadores mais experientes, e o time deles também tem cinco experientes, não é tudo novinho”, analisou Guerrinha.
Fator casa
Quando se trata de uma série de playoff entre duas grandes equipes, o fator casa acaba sendo um aspecto secundário. Na coletiva de imprensa antes do Jogo 1, por exemplo, ambos os técnicos falaram com naturalidade sobre a possibilidade de vitórias e derrotas na casa do adversário.
Historicamente, 20 das 30 partidas de Finais já realizadas na história do NBB CAIXA foram vencidas pela equipe que jogou como mandante (66,6% de aproveitamento) – já considerando o triunfo do Paulistano no último sábado no Hugo Ramos.
Já nos playoffs da atual temporada do NBB CAIXA, considerando oitavas, quartas, semis e também o Jogo 1 das Finais, o aproveitamento dos mandantes é de apenas 50% de aproveitamento: 40 jogos e somente 20 vitórias dos times que jogaram em casa.
“Acabamos sentindo o começo ruim e não souberam sair da pressão de um ginásio cheio. A torcida foi maravilhosa, incentivou do início ao fim do jogo, tentou ajudar o time, mas quem tem que ajudar é o jogador dentro de quadra. Jogador tem que produzir. Sem produção não há resultado”, disse Guerrinha.
“Precisamos lembrar que foi só o primeiro jogo da série. É claro que é uma grande vantagem para eles essa vitória na nossa casa, agora eles têm três jogos em casa, que na verdade não é a casa deles. Temos uma boa equipe e já ganhamos fora de casa em vários lugares”, acrescentou o experiente treinador do Mogi, que tem aproveitamento de 10 vitórias em 18 partidas fora de casa no NBB CAIXA.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.