HOJE
Clima de final
Por Liga Nacional de Basquete
Com rivalidade para lá de aflorada, Paulistano e Mogi fazem duelo direto pelas primeiras posições nesta sexta-feira, ao vivo no Twitter
Paulistano/Corpore e Mogi das Cruzes/Helbor entrarão em quadra carregando uma rivalidade enorme criada nos últimos anos. Mais do que isso, trata-se de um confronto direto pelas primeiras colocações do NBB CAIXA, o que apimenta ainda mais o clássico entre essas potências do basquete brasileiro atual.
O imperdível duelo entre o líder e o terceiro colocado da competição será nesta sexta-feira (09/02), no Ginásio Antonio Prado Jr, em São Paulo (SP), às 19h30, com transmissão ao vivo via Twitter. Quem não possuir conta no Twitter também pode assistir ao clássico, basta acessar o link live.twitter/nbb.
O NBB CAIXA é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), em parceria com a NBA, e conta com o patrocínio master da CAIXA, os patrocínios da SKY, INFRAERO, Avianca, Nike, Penalty e Wewi e os apoios do Açúcar Guarani e do Ministério do Esporte.
Rivalidade
Diversos capítulos formam a história desse “novo” clássico do basquete brasileiro. Confrontos emocionantes decididos nos segundos finais, séries de playoffs memoráveis e polêmicas. O mais recente deles foi na Liga das Américas 2018, em Talca (CHI), em que os mogianos venceram com bola de Shamell no último segundo e praticamente eliminaram o rival alvirrubro.
Além do episódio em solo chileno, as equipes fizeram duas semifinais consecutivas de Campeonato Paulista. Em 2016, melhor para os mogianos (2 a 0), que acabaram como campeões. Já em 2017, quem venceu foi o Paulistano (3 a 2) – com direito a virada épica na série após ver o adversário abrir 2 a 0 –, que também conquistou o título daquele ano.
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“A rivalidade que estamos criando com eles é muito grande. Viemos de uma semifinal de Paulista com eles, fomos eliminados por eles na Liga das Américas, então vamos jogar todas as cartas nesse jogo. Nos preparamos bem, ajustamos os erros que cometemos no último jogo. Sabemos da importância desse jogo, pois uma vitória contra Mogi nos deixará em uma condição ainda melhor na classificação”, comentou o ala Lucas Dias, do Paulistano.
“Não é de hoje que jogos entre Mogi e Paulistano são jogos nervosos e intensos. Mas cada jogo é uma história. Nós vínhamos de três derrotas consecutivas para eles e ganhamos na Liga das Américas. Sabemos que agora será uma outra história e precisamos estar 100% concentrados, porque é um jogo muito importante para nós”, disse Guilherme Filipin, ala do Mogi.
Briga por posições
Atualmente, o Paulistano é o líder do NBB CAIXA, com 16 vitórias e três derrotas (84,2% de aproveitamento). Com dois jogos a menos e campanha de 14 vitórias e também três derrotas está o Mogi, que ocupa o terceiro lugar (82,4% de aproveitamento). No meio deles está o Flamengo, que tem campanha idêntica a do CAP, mas perde no desempate por confronto direto.
A matemática é simples: se o Paulistano vencer, permanecerá firme na liderança do NBB CAIXA. Já em caso de triunfo do Mogi, a equipe alvirrubra não só deixará a ponta da tabela de classificação como ainda cairá para a terceira posição, posto que hoje é dos mogianos. Neste caso, o líder seria o Flamengo e o Mogi vice-líder.
+Tabela de classificação completa do NBB CAIXA 2017/2018
“Quem conseguir fazer melhor o que estudou e treinou, com mais confiança, levará o jogo. A gente está se preparando como o jogo mais difícil do campeonato. Eles estão em primeiro, mas têm o mesmo número de derrotas e, se ganharmos, ultrapassamos eles. Então é como se fosse uma final, o jogo mais importante do campeonato”, ressaltou o pivô Caio Torres, do Mogi.
Além da manutenção da liderança, o duelo tem ainda mais importância para o Paulistano no quesito vantagem em caso de desempate. Por ter vencido o confronto do primeiro turno (84 a 80), o time do técnico Gustavo De Conti garantiria uma vantagem sobre os mogianos em caso de um eventual empate de campanhas lá na frente, o que pode decidir o mando de quadra em uma semifinal ou final, por exemplo.
“Sem dúvidas é um jogo importantíssimo para praticamente bater o martelo para ficar no G-4 e brigar diretamente pelo primeiro lugar. Nós, Flamengo e Mogi estamos nessa briga, já ganhamos as duas do Flamengo e, se conseguirmos ganhar outra de Mogi, daremos um passo muito importante para pelo terminarmos a fase de classificação pelo menos entre os dois primeiros”, analisou o comandante do Paulistano.
Sequências
O Paulistano entrará em quadra defendendo a maior sequência da temporada, 14 vitórias seguidas. A marca é a maior já alcançada pelo clube em toda a história do NBB CAIXA. Aliás, somente três equipes na história conseguiram mais de 14 triunfos consecutivos na fase de classificação: Flamengo nas temporadas 2008/2009 (17) e 2012/2013 (20), Brasília em 2012/2013 (15) e Bauru em 2014/2015 (25).
Em sua primeira partida depois de assumir a liderança, o time de Gustavo De Conti conquistou uma vitória arrasadora sobre a lanterna LSB/Uniso, em casa, pelo placar de 84 a 59. O comandante do líder do NBB CAIXA destacou a força defensiva da equipe, que tem a sétima melhor defesa da competição (74,58 pontos sofridos por partida).
“Não é a mesma coisa defender LSB e Mogi. São duas equipes diferentes, a qualidade dos jogadores é diferente, então muda muito. Temos conseguido defender bem nos últimos jogos. Fomos bem contra o Flamengo, tirando o Marquinhos que foi acima da curva. Contra a LSB perdemos muitos rebotes defensivos e não estávamos conseguindo correr, mas a partir do momento que isso conseguimos correr e abrir uma boa vantagem”, disse Gustavinho, dono de dois troféus Ary Vidal de melhor técnico do NBB CAIXA.
Do outro lado, o Mogi está invicto há quatro partidas. Sua última derrota foi para o Flamengo, fora de casa, por 77 a 71. Depois disso, a equipe bateu Liga Sorocabana, Botafogo e Vasco, todos no Hugo Ramos, e Campo Mourão, na casa do adversário. Apesar da boa sequência no NBB CAIXA, o experiente técnico Guerrinha focou os estudos no duelo entre eles na Liga das Américas.
“Temos que continuar fazendo o que deu certo no último jogo. Principalmente, no terceiro e no último quarto, com alguns conceitos. Nem sempre o que dá certo em um jogo dá no outro. Eles também estão estudando o que não deu certo, como perderam a vantagem e não conseguiram marcar a última situação”, analisou o comandante do Mogi.
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“Vejo muito equilíbrio entre os times, mesmo com o plantel de Franca e do Flamengo. Existe um equilíbrio entre as cinco primeiras equipes, incluindo Bauru. Se o Vasco entrar mais na competição com o valor que eles têm, o Vitória, que é um time perigoso, e o Pinheiros, se não cair, qualquer uma dessas pode chegar na final”, concluiu Jorge Guerra.