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Futuro do NBB:Sérgio C.

17-09-2020 | 06:22
Por Rodrigo Bussula

Altura, velocidade e evolução meteórica: conheça o pivô Sérgio Conceição, uma das promessas da base brasileira

Sérgio Sillas Lucas da Conceição, nascido em 21 de maio de 2000, se tornou nos últimos anos umas das principais promessas da base na posição que atua, de pivô. Isso, claramente, se deve a estatura do atleta, que aos 20 anos mede 2.08m, e também ao seu potencial atlético que deve e, certamente, será lapidado nos próximos anos.

Recém contratado pelo Cerrado, o pivô deve enfrentar um de seus maiores desafios em sua curta carreira: se firmar no profissional em uma equipe do NBB, a elite do basquete brasileiro. O processo, em etapas, começou já na última temporada, atuando pelo São José, equipe que foi sua casa nos últimos dois antes de aceitar a proposta da equipe do Distrito Federal.

 

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O CARA DO GARRAFÃO 💪🏀 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Hoje é dia de divulgarmos mais uma promessa do basquete brasileiro no nosso quadro “O Futuro do NBB”. O cara da vez é o pivô Sérgio Conceição, recém contratado pelo @cerradobasquete! Nascido em 2000 e com 2.08m de altura, o pivô é um dos grandes nomes da posição na sua categoria 🤩🔥 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Prova disso é que na última temporada, após a experiência adquirida em duas #LDB’s com o São José, o jogador ganhou mais minutos de quadra na equipe profissional e mostrou um grande potencial de evolução. #OFuturoDoNBB @cbclubes @serjao21 🏀 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ #VcNuncaViuNadaIgual #NBB

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Início de tudo e ida para o Tijuca

Mas a história de Sérgio Conceição, que agora vive o sonho de se tornar jogador profissional de basquete, é longa e começa no Rio de Janeiro, mais especificamente na cidade de Duque de Caxias, onde morou dos nove aos 17 anos – antes vivia na zona oeste do Rio de Janeiro, capital.

Naquela época, o hoje pivô não queria saber muito de basquete, mas sim de futebol. O esporte com a bola nos pés era o que fazia seus olhos brilharem, até que com 14 anos, enquanto jogava bola, o basquete entrou na sua vida.

“Com 9, 10 anos, fui morar em Caxias, que é uma cidade praticamente dentro do Rio, mas é outro munícipio. Foi lá que eu tive contato com o basquete, porque até então eu era apaixonado por futebol. Cara, quando eu tinha uns 13, 14 anos eu comecei a crescer muito. Já era acima da média, mas até então não sabia que ficaria tão alto, então eu jogava (futebol) numa escolinha de Caxias mesmo, mas como era na Vila Olímpica da cidade, um técnico de basquete de lá me viu e me descobriu”, afirmou.

Sérgio começou a jogar basquete já mais velho, entre os 14 e 15 anos de idade (Newton Nogueira/Sesi Franca Basquete)

O nome do técnico responsável pela descoberta do pivô foi Felipe Porto, assistente técnico do Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro. Na época, além de já trabalhar no Tijuca, Felipe também dava aulas no projeto da Vila Olímpica de Caxias, onde conheceu um menino alto, de quase dois metros, com 14 anos de idade e muito potencial.

Tendo isto em mente, o técnico o colocou no Instituto Loide Martha, uma escola particular da região, com uma bolsa atleta, além de o levar para treinar no Tijuca Tênis Clube, um dos grandes clubes de base do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo Sérgio, o primeiro contato com o mundo da bola laranja foi difícil, afinal até aquele ponto da vida o até então menino só queria saber de futebol.

“Nunca tinha encostado em uma bola de basquete, mal sabia o que era, mas consegui evoluir mais do que eles estavam esperando. Logo no primeiro ano, me lembro de não saber jogar nada no início, mas já no fim do mesmo ano eu estava disputando praticamente no mesmo nível com os meninos que jogavam desde os 10 anos de idade”, disse o pivô.

São José é logo alí 

Após três anos trabalhando na base do Tijuca, melhorando e aperfeiçoando mais e mais os anos que não teve de base, Sérgio sentiu que precisava de novos desafios. Com isso em mente, o empresário do jogador conseguiu uma oportunidade para que ele passasse por um período de treinos em São José.

 

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#Repost @pedroaquim ・・・ Foi uma honra….🥇

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Cristiano Ahmed, técnico da base, gostou do jogador e o chamou para fazer parte do elenco, com oportunidade de também subir para o profissional e ter minutos de quadra no NBB. Pronto, a chance que o garoto de 18 anos tanto sonhava havia chegado e em “um tiro no escuro” o pivô se lançou em busca de seu sonho.

“Na época eu nem tinha sido chamado, o meu agente que me ofereceu. Fiz um período de testes, gostaram de mim e acabei ficando. Existia chance de treinar no adulto, então avisei a minha mãe, disse que deu certo e que estava indo. Foi uma aposta”, disse.

Na tentativa, o tiro acertou o alvo e, nesta caminhada, Sérgio jogou duas Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB 2018 e 2019), o principal campeonato das categorias de base do Brasil, que conta com o apoio do CBC (Comitê Brasileiro de Clubes) desde 2017, e ganhou minutos no profissional jogando o NBB.

Na última temporada, o esforço foi reconhecido e o jogador foi mais ativo na rotação do São José, tendo média de 14,1 minutos de quadra, inclusive compondo o quinteto titular em algumas oportunidades no decorrer da competição.

“O processo foi uma bola de neve, que começou no Paulista e se desenvolveu no NBB. Tive a oportunidade de até, em algumas ocasiões, iniciar partidas como titular”, disse.

Próxima temporada

Agora no Cerrado, o jogador irá encarar uma prova de fogo em sua carreira, enfrentando de frente a primeira temporada como um jogador profissional, não mais dividindo esse fardo com a base. Para o atleta, a expectativa é grande.

“A próxima temporada me gera muita expectativa. Será a primeira que realmente estou indo como jogador do adulto, não da base. Estou ansioso e sigo trabalhando, porque quero suprir as expectativas. Acredito que vou conseguir isso com muito trabalho, assim posso ajudar esse projeto do Cerrado que está se iniciando. Acredito estar preparado e que tudo dará certo”, afirmou.


Visando um melhor aproveitando no tempo de quadra para o próximo NBB, o jogador já vem fazendo um trabalho especial no que diz respeito a ganhar mais massa muscular. Com um potencial atlético a ser explorado, Sérgio sabe que precisa “crescer” e, buscando isso, fez um trabalho especial na offseason.

“Desde do começo eu escuto que preciso ganhar mais massa muscular. Nessa pré-temporada consegui fazer um plano bacana e, nesse período, ganhei dez quilos. Saí de 98 e pulei para 108. É tudo estudado, então planejo ganhar mais um pouco. Da última temporada para essa já vai dar para notar uma evolução e espero crescer ainda mais”, finalizou.

O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e em parceria com a NBA e o CBC, e conta com os patrocínios oficiais da Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos, EY, VivaGol, IMG Arena e Genius Sports.

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