HOJE
Live comFúlvio
Por Liga Nacional de Basquete
Em live no instagram do NBB, junto de Giovanna Terezzino, Fúlvio comentou sobre a rotina de quarentena, tempo com os filhos e temporada no Mogi das Cruzes
Como medida preventiva contra a pandemia instaurada pelo Covid-19, o NBB foi paralisado. Seguindo as orientações para entrar em quarentena, evitando assim a contaminação e disseminação do vírus, a competição não tem data para retorno. Mas ao contrário do que muitos pensam, o basquete segue ativo, só de outras formas.
Uma delas é através da campanha #BasqueteEmCasa, em que a Liga Nacional de Basquete estimula a prática de desafios relacionados ao esporte da bola laranja. Até aqui já tivemos vídeos narrados pelo Guilherme Maia do pessoal jogando basquete em casa, indicações de podcasts, filmes e documentários, além de Lives no instagram do NBB conduzidas por nossa repórter Giovanna Terezzino.
Sucesso desde a estreia, as Lives já contaram com dois participantes de peso: Guilherme Maia, narrador do NBB, e Lucas Dias, ala/pivô do Sesi Franca Basquete. Nesta sexta-feira (27/03), o terceiro entrevistado foi ninguém mais ninguém menos que o armador Fúlvio, do Mogi das Cruzes, que comentou sobre a rotina na quarentena, a temporada do Mogi e muito mais.
Rotina em casa
Respeitando as recomendações de entrar em quarentena, o jogador está em casa com a sua família e fazendo a sua durante toda esta situação difícil que passamos. Mas mesmo neste momento complicado, Fúlvio tenta tirar algo de positivo, que é poder ter mais tempo com seus dois filhos: Giovana, de 7 anos, e Gabriel, de 1 ano.
“Agora com essa rotina estou mais presente e, confesso, sentia falta disso. Ajudo a cuidar do Gabriel, dou banho, brinco, e faço o mesmo com a Gi. Estou me arriscando na cozinha e aproveitado cada minuto. Está sendo bastante divertido, mas também sinto saudade do basquete”, afirmou o armador.
E no que diz respeito a se divertir com os filhos, Fúlvio já está se tornando um craque, assim como nas quadras. Com indicações que vem de todos os lados, até do grupo do Whatsapp do Mogi, o armador tem feito a alegria da criançada dentro de casa.
“Todos temos um amigo em comum: o Google. Só precisamos de um Wi-Fi ou uma rede 4G no celular (risos). O Whatsapp está cheio de brincadeiras, desafios. O pessoal do time me manda, eu pesquiso algumas e vamos fazendo com o que temos. Agora estou ensinando a Giovana a jogar cacheta, uno. Jogo de cartas, sabe. A gente vai se virando, brinca de pega-pega, esconde-esconde. Um dia fizemos até uma guerra de maisena. Sujou tudo aqui”.
Neste período, o jogador tenta adaptar a sua rotina como atleta, só que agora com as limitações da quarentena. Para isso, o armador tem treinado e mantido uma dieta balanceada, mesmo com algumas escapadas, segundo ele, nas noites de hot-dog ou em dia de churrasco com a família.
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Para Fúlvio o tempo é de aproveitar muitas coisas que normalmente não se tem, principalmente pela rotina como jogador profissional de basquete treinos, viagens e jogos.
“Quero aproveitar o que normalmente não tenho. Quero aproveitar meus filhos. Essa situação reacendeu a chama de viver. Todos estamos sujeitos a esse vírus, não sabemos o dia de amanhã, então aproveito ao máximo meus filhos, minha família, os treinos. Tento aproveitar tudo ao máximo”, disse Fúlvio, que completou.
“Falo com bastante amigos, família. Temos que nos apegar a essas coisas positivas, as pequenas que fazem a diferença. Não tenho dúvida que sairemos muito mais fortes desse período, dando muito mais valor as pequenas coisas, a família e vendo que coisas materiais não valem tanto assim como pensamos”, afirmou.
Além disso, Fúlvio também comentou sobre sua principal alternativa de entretenimento: o BBB. Viciado no reality show, Fúlvio e sua família encontrou no programa uma opção de entretenimento. Perguntado, o jogador ainda revelou para quem vai a sua torcida.
“Sou viciado no BBB e ele virou meio que o nosso futebol de quarta-feira. É o único entretenimento que tem, então aproveito bastante e tenho até o pay per view. Nesta edição eu torço para o Prior e o Babu, que para mim tem que estar na final junto com a Thelma”, disse o jogador do Mogi.
Temporada no Mogi
Com uma temporada de números consistentes antes da parada devido a pandemia do Covid-19 (13,1 pontos, 3,5 rebotes, 6,1 assistência e 15,0 de eficiência), Fúlvio vinha em alta com as cores do Mogi.
Inserido no elenco quase um mês após a montagem, o jogador se adaptou rápido e conseguiu criar uma química incrível com o restante do grupo. Segundo o armador, esse fator é um dos mais importantes para a campanha que culminou na 5ª colocação do time mogiano na fase de classificação.
“É muito difícil criar essa química que temos. A equipe foi montada em cima, o time sofreu com a perda de patrocínios importantes, mas mesmo com isso montamos uma equipe forte. Jogadores que nunca tiveram protagonismo passaram a ter, outros ganharam espaço e muitos que não tinham espaço em outras equipes aqui tiveram”, salientou.
A campanha do Mogi nesta temporada na fase de classificação, ainda mais com tudo que se passou, define o time com uma palavra: superação. Com lesões de suas principais peças durante este período, a equipe sofreu com um elenco reduzido durante boa parte da competição, mesmo assim encerrou a primeira etapa da competição com 16 vitórias em 26 jogos.
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“Quando conseguimos uma guinada tivemos a sequência de lesões. Mas a cada momento que passávamos por dificuldades nós nos superávamos. Ganhamos uma, duas, três e fomos indo. O grupo criou corpo, uma amizade, uma química, e tudo isso é uma bola de neve positiva. Quando um errava o outro se doava ainda mais. Isso culminou nesta boa temporada. Lógico que deslizamos no finalzinho, as equipes entraram mais focadas, mais espertas conosco, analisando o nosso time com Scouts, já que representávamos um perigo. Mesmo assim, o quinto lugar foi uma colocação valiosa pelo que passamos nesta temporada”, finalizou.
Passado e presente
Entre diversos assuntos, uma das perguntas que surgiram durante a Live foi: afinal, Fúlvio, em quem você se inspira? Aos 39 anos, e com uma carreira sólida, diversos nomes de peso facilmente podem passar pela nossa cabeça, mas Fúlvio não titubeou em responder que foi Valtinho, uma das lendas do basquete brasileiro e que marcou época em Franca, Capital do Basquete no Brasil.
“O Valtinho nos últimos 20 anos, para mim, foi o melhor armador que já passou no solo brasileiro. Me inspirei bastante nele. Claro que as características eram diferentes, mas me inspirei muito no controle de bola, em quando atacar, quando defender. Joguei muito contra ele e, nestas ocasiões, sempre dava a vida, sempre. O admiro muito”, afirmou.
Agora, experiente, Fúlvio se encontra em outra posição: a de referência para os mais novos. Companheiro de posição do jovem Alexey, no Mogi, Fúlvio rasgou elogios ao garoto e a nova geração de armadores brasileiros, que segundo ele tem muito potencial.
“Estou trabalhando com esse menino aqui, o Alexey, e ele é hiper, mega competitivo. O garoto não aguenta perder em nada, além de ser muito bom de bola. Acredito muito no potencial dele e sei que ele terá um futuro brilhante, quem sabe ajudando a nossa Seleção. Tem outros também, como o Fischer, protagonista no Corinthians, o Deryk, do Flamengo, que hoje joga mais de 2, mas que também tem um controle de jogo e um arremesso bom. Temos o Yago que também está surgindo, o Davizinho (Davi Rosetto, do Minas)”, finalizou.
Ainda participaram da Live alguns nomes importantes do basquete brasileiro, como o pivô Felipe Ribeiro, do Basquete Cearense, o armador Alexey, do Mogi, o ala Gui Deodato, do Minas, o ala brasileiro Bruno Caboclo, que atua na NBA, e muitos outros que vem em Fúlvio uma referência pela carreira construída.
Importante!
O momento agora é de proteção ao próximo. Por isso, a conscientização para que o COVID-19 não se espalhe ainda mais é extremamente importante.
Lave bem as mãos, higienize elas com álcool em gel e limpe o seu celular também. Não esqueça de cobrir a boca com o cotovelo se for espirrar ou tossir e evite contato físico com as pessoas, principalmente idosos. Além disso, tente sair de casa apenas para ir a locais essenciais como mercado, farmácia e hospital.
Fique em casa, mas não deixe o basquete parar. Vem com a gente na campanha #BasqueteEmCasa!