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Live comOlivinha

30-03-2020 | 11:16
Por Liga Nacional de Basquete

Em conversa com a repórter Giovanna Terezzino, ala/pivô do Flamengo falou sobre adaptação da rotina na quarentena, tempo com a filha e inspirações no NBB

Em respeito às orientações da Organização Mundial da Saúde e como medida preventiva ao avanço do surto de COVID-19 no Brasil, a temporada 2019/2020 do NBB está paralisada sem data de retorno estabelecida. Apesar disto, o basquete brasileiro não parou.

A campanha #BasqueteEmCasa, lançada pela Liga Nacional de Basquete, é uma iniciativa que promove a atividade do esporte durante este período de isolamento social. Além de desafios propostos aos atletas e fãs, repercutidos em nossas redes sociais, a ação também dispõe de indicações de filmes, documentários e podcasts para cobrir o tempo ocioso nesta quarentena.

Um outro braço da campanha é nossa Live no Instagram, conduzida pela repórter Giovanna Terezino. Já participaram dela Guilherme Maia, narrador do NBB; Lucas Dias, ala/pivô do Sesi Franca Basquete; e Fúlvio, armador do Mogi das Cruzes. Nesta segunda-feira (30/03), o quarto convidado foi Olivinha, que comentou sobre a sua rotina durante o isolamento, as adaptações que teve de fazer devido à quarentena, suas inspirações no NBB e muito mais.

Em casa

Em respeito às orientações dos órgãos de saúde, Olivinha passa esse tempo de paralisação do NBB em casa. Apesar da saudade dos jogos e dos companheiros de time, o jogador encontrou um lado positivo na quarentena: aproveitar o tempo com a família.

“Perdemos aquela rotina que temos normalmente, mas é por uma boa causa. A gente sabe do coronavírus e está obedecendo tudo o que pedem para a gente fazer. E esse tempo aqui eu estou curtindo a minha família. Eu fico muito tempo com a minha filha – praticamente o dia todo. Coloco para dormir, troco a fralda, ajudo minha esposa… Se a temporada estivesse rolando, eu não teria esses momentos de forma alguma”, disse.

Apesar disso, o foco no retorno da temporada permanece, ainda que exija algumas adaptações da rotina.

“O nosso preparador físico, Bruno Nicolaci, passou uma série de exercícios para a gente poder fazer dentro de casa. Consigo fazer algumas coisas na minha própria rua. Em 40, 50 minutos, saio para dar uma corridinha, por que a gente não pode ficar parado esse tempo todo. Já vamos voltar nos playoffs, então a gente tenta fazer o melhor possível dentro de casa para voltar bem”, explicou.

+ Davi Rossetto analisa temporada do Minas e paralisação do NBB

Entre os treinos e os cuidados com a filha, o atleta do Flamengo encontra um tempo para praticar uma antiga paixão: jogar videogames. “Quando coloco minha filha para dormir à tarde e à noite, corro pra sala e começo a jogar. É um vício que eu tenho. Jogo FIFA e Call of Duty. Tem uma galerinha que gosta de jogar comigo então fico naquela resenha durante o jogo”, contou.

Dentre outros, Olivinha se referiu a Humberto, ala do Corinthians, que não só estava acompanhando a Live como confessou: “é verdade mesmo!”. Além dele, Olivinha lembrou também de quando venceu o argentino Franco Balbi no FIFA. “Deu Brasil. Não dá para brincar não”, disse, rindo.

 

 

Carreira no Flamengo

Esta é a oitava temporada do atleta pelo Flamengo. No clube carioca, Olivinha é considerado ídolo pela torcida rubro-negra e o carinho lhe rendeu um apelido para lá de especial: “Deus da raça”.

A admiração não vem à toa. Com uma ótima temporada antes da paralisação do COVID-19 (11,3 pontos, 6,3 rebotes e 13,2 de eficiência), o jogador ajudou a conduzir sua equipe à liderança da tabela no NBB 2019/2020 e à final da Basketball Champions League Américas.

“Fico muito feliz com a carreira que estou tendo no Flamengo. Sempre tento dar o meu máximo dentro da quadra e tento colocar o nosso torcedor para dentro dela também. Sempre que eu faço uma cesta ou salvo uma bola praticamente impossível, eu busco comemorar e peço para o torcedor chegar mais junto da gente. Aqui, nunca vai faltar raça e disposição com o Olivinha nem com o time do Flamengo”, disse.

Ele ainda comentou sobre a sua amizade com o ala Marquinhos, que se iniciou quando ambos jogaram pelo Pinheiros, em 2008. “Ele é um cara incrível, simples demais e meu companheiro de quarto nas viagens. Tem muita resenha aqui. A gente está junto o dia todo e conversa bastante sobre tudo. Vou levar essa amizade para vida inteira”, contou.

A conversa com Gi Terezzino abordou, também, um grande medo da torcida flamenguista: a aposentadoria de Olivinha. “Ainda estou bem. Graças a Deus, eu sou um cara que nunca tive uma lesão séria e nunca operei nada. O máximo foi uma torção de tornozelo, que é normal de acontecer. Ainda tenho bastante saúde e pretendo me manter dentro das quadras por um bom tempo”, tranquilizou.

Inspirações

Para finalizar o bate-papo, o ala/pivô foi questionado em quem mais se inspira no basquete. E a resposta veio de dentro de casa. “Antes de mais nada, a minha principal inspiração foi o meu irmão, o Olívia, porque eu o tinha dentro de casa, sempre falando comigo e me motivando”, revelou.

Mas a lista não para por aí. “Após ele, tem muita gente. Eu joguei com o Oscar, no último ano da carreira dele. Foram dois anos treinando no juvenil do time e, em 2002-2003, eu pude jogar ao seu lado como titular com a camisa  do Flamengo. Foi o último título dele e o meu primeiro como profissional. Também tem o Josuel, Pipoka, Ratto… Eu tive o privilégio de jogar com todos esses cascas grossas”, contou, rindo.

Olivinha ainda montou o seu quinteto dos sonhos. “Na armação, eu colocaria o Davi Rossetto. Marcelinho Machado na posição 2. Do outro lado é o Marcola (Marquinhos), sem dúvidas. Como pivozão, eu colocaria o Meyinsse”, disse.

Através dos comentários, participaram da Live outras figuras do basquete brasileiro, como Bruno Caboclo, que agora joga pela NBA, o técnico Léo Figueiró, o pivô João Vitor, da Unifacisa, e Bruno Fiorotto, do Universo/Brasília.

Importante!

O momento agora é de proteção ao próximo. Por isso, a conscientização para que o COVID-19 não se espalhe ainda mais é extremamente importante.

Lave bem as mãos, higienize elas com álcool em gel e limpe o seu celular também. Não esqueça de cobrir a boca com o cotovelo se for espirrar ou tossir e evite contato físico com as pessoas, principalmente idosos. Além disso, tente sair de casa apenas para ir a locais essenciais como mercado, farmácia e hospital.

Fique em casa, mas não deixe o basquete parar. Vem com a gente na campanha #BasqueteEmCasa!