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Brasília:história e tradição

03-11-2020 | 07:13
Por Liga Nacional de Basquete

Com uma grande tradição no basquete em sua história, Brasília Basquete vem com tudo para o NBB 2020/21; conheça melhor a equipe da capital federal

Com tradição no basquete brasileiro, Brasília vem com novidades para o NBB 2020/2021 (Matheus Maranhao/BSB Sports)

A cidade de Brasília carrega uma história linda no universo da bola laranja, com grandes conquistas e uma trajetória maravilhosa na modalidade, contando com ídolos e grandes personalidades que representaram a camisa do time da capital federal brasileira ao longo dos anos.

Nesta temporada, a cidade vem para mais uma temporada do NBB. Esta, um pouco atípica devido à pandemia causada pela Covid-19, mas com muita expectativa em cima da equipe da capital federal, que nesta edição vem com um elenco reformulado.

Fundado ainda no início dos anos 2000, o time de Brasília acumulou conquistas no cenário nacional, tendo vencido : 3 Ligas Sul-Americanas, 1 Liga das Américas, 4 Campeonatos Brasileiros (sendo 3 NBB’s), 2 SuperCopas do Brasil, 2 Copa Brasil Centro Oeste, 1 Copa Sudeste, 11 Ligas Braba’s  (Liga Adulta de Basquete do Distrito Federal).

Vale destacar os três títulos do NBB (2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012), que foram conquistados no início da história da competição, onde se desenvolveu uma rivalidade fortíssima com o Flamengo, o primeiro campeão da história do NBB – o tricampeonato do Brasília veio logo após isso.

Dentro dessa história, diversos jogadores marcaram época em Brasília; com nomes como Guilherme Giovannoni, Rossi, Alex, Márcio Cipriano, Valtinho, Estevam, Arthur e Nezinho – estes dois últimos ainda presentes na equipe.

Um novo time

Na última temporada do NBB, cancelada devido à pandemia causada pela Covid-19, o Brasília encerrou sua participação na 13ª colocação, com campanha oito vitórias em 26 jogos. Para esta temporada, a equipe veio com uma forte reformulação no elenco, trazendo caras novas para o time da capital federal que quer brigar por mais na competição.

Entre os que chegaram estão os alas/pivôs Gemerson Barbosa, Diego Conceição e Felipe Esteves, o ala/armador Jefferson Campos e o pivô Caio Torres. Além deles, a equipe também contou com a chegada de Sammy Yeager, ala norte-americano de 31 anos de idade.

Sammy construiu uma bela carreira internacional ao longo dos anos, tendo passagem pelo Texas Legends na G-League (2013/2014), que é filiado ao Dallas Mavericks, além de aparições na Liga francesa de basquete (French NM1), mexicana (LNBP) e Liga Sul-Americana, este ainda na última temporada pelo Piratas de Los Lagos, do Equador – médias de 26,0 pontos, 4,7 rebotes e 2,5 de assistências.

 

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Gringo em Brasília? Teremos! 31 anos, 1.94m, 87kg, ala e com passagem pela Liga de desenvolvimento da NBA, @ssa_yeager3 é o novo jogador do @bsbbkt. Em todas as temporadas que atuou no CIBACOPA, o Circuito de Basquete da Costa do Pacífico, o estadunidense esteve entre os 3 melhores da Liga. Sammy passou por Israel, Chile, França, México e Estados Unidos, antes de desembarcar na capital federal! Na sua última jornada anotou uma média de 25.3 pontos e 6.3 assistências. Formado em comunicações e estudos africanos, o ala usará a camisa #21 no nosso Brasília Basquete! Welcome, Sammy Yeager #21! 🇺🇸 #eusouBRASÍLIA #retratosdebrasilia ✍🏻: @luizfelipeart

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Ainda em tempo, o Brasília também manteve boa parte do elenco da última temporada. Entre os remanescentes, o experiente armador Nezinho e o ala Arthur tiveram sua manutenção no elenco desta temporada garantida, além de outros nomes como o dos armadores Gabrielzinho e Pedrinho Rava, o ala/armador Gui Santos, o ala Danilo Monteiro e o pivô Marcelão.

Para Nezinho, um dos principais nomes do time na última edição do NBB, a última temporada foi muito interessante individualmente falando.

“Foi uma temporada muito legal em relação aos números individuais, estatísticas. Fui decisivo em algumas partidas, mas acredito que o mais importante, mesmo com a idade avançada, é estar jogando com felicidade e prazer. Estar fazendo o que gosta. Faço isso (jogar basquete) desde os meus 12 anos de idade, quando comecei minha carreira, e eu tenho muita alegria em estar fazendo parte de todo um processo”, afirmou o jogador.

Nezinho reforçou a felicidade em jogar basquete (William Oliveira/Paulistano)

Outro que também permaneceu no elenco é o ala Arthur, que já vai para sua 13ª temporada vestindo a camisa do Brasília. Para o jogador é um privilégio vestir a camisa da equipe da capital federal.

“Conseguimos títulos expressivos dentro e fora do Brasil. Para mim, é um privilégio enorme vestir essa camisa e representar em quadra um time com o tamanho de Brasília, além de já ser da cidade”, frisou.

O comandante

Com o elenco reformulado,  o nome escolhido para dirigir o elenco foi o de Ricardo Oliveira, que já estava na equipe na temporada passada. Tendo trabalhado em projetos de base em Brasília, como o Lance Livre Esporte e o Vizinhança Brasília, além de já ter dirigido Seleção Brasileira de base, o comandante terá a missão de moldar um Brasília mais competitivo durante a temporada.

Segundo o treinador, a montagem do elenco, que citamos acima, foi construído em conjunto com a diretoria.

“Nossa montagem de equipe é feita em conjunto entre comissão e diretoria, avaliando a parte técnica/tática e condições financeiras. Nosso grupo está mesclado entre experiência e juventude”, afirmou o comandante, que completou:

“Com o decorrer dos treinos estamos nos conhecendo melhor (comissão e atletas). Acredito que encontraremos uma linha de trabalho que possa aproveitar o potencial de cada atleta respeitando as características de cada um. Desta maneira, estamos montando nossas estratégias e táticas.  Mantivemos uma base boa com os atletas da temporada passada e isso facilita o entrosamento dos novos que estão chegando”, finalizou.

Gestão de recursos

Com um modelo diferente de gerência, o Brasília segue uma onda que a cada dia mais está mais forte no esporte: gerenciar a equipe como uma empresa. Para Bernardo Bessa, Diretor da Brasília, a equipe hoje funciona como uma empresa comum.

“Gestão é como uma gestão de empresa. Gerimos o time como deve-se gerir uma empresa. O objetivo final é o lucro. Tem que ser uma operação superavitária. A gestão do projeto é capitaneada por mim e a gente tem alguns departamentos com seus respectivos gestores. Comunicação, marketing, jurídico, técnico e todos respondem a mim. Cada um tem seu objetivo traçado, todos com contrato de longo prazo. Ou seja, é uma empresa comum. E muito diferente dos demais times, os quais são sem fins lucrativos”, disse.

O NBB é uma competição organizada pela Liga Nacional de Basquete (LNB), com chancela da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e em parceria com a NBA e o CBC, e conta com os patrocínios oficiais da Budweiser, Unisal, Nike, Penalty, Plastubos, EY, VivaGol, IMG Arena e Genius Sports.

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